domingo, 2 de setembro de 2007

Vasco e Fluminense conseguem um indigesto empate no clássico carioca

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Por Gabriel Seixas

Em jogo de muitas emoções, Vasco e Fluminense empatam no Maraca, resultado que não favoreceu nenhuma das equipes. O Vasco, que manteve a terceira posição com 39, vê o Cruzeiro se distanciar e isolar-se na vice-liderança, com 42 pontos. Já o Fluminense permanece em 12º, com a derrota de seus concorrentes diretos na parte intermediária da tabela.

Análise tática

Renato Gaúcho, que não pôde ficar a beira do campo comandando da equipe, já que obedece uma punição imposta pelo STJD por 60 dias, foi substituído pelo auxiliar, Alexandre. O Fluminense atuou no 4-3-1-2, com David alternando entre defesa e ataque no meio-campo. A dupla Somália e Rodrigo Tiuí, que já não surte efeito há várias rodadas, foi mantida.

Já Celso Roth inovou na escalação e implantou um 3-4-2-1, com Darío Conca e Marcelinho apoiando constantemente, e servindo o artilheiro Leandro Amaral. Sem Andrade, expulso contra o Náutico, Roth contou com a volta do volante Perdigão, que também cumpriu suspensão por cartão vermelho recebido na rodada retrasada, contra o Sport.

O jogo

As duas equipes, apesar de buscarem constantemente o ataque, não criavam chances claras de gol. A melhor delas foi aos 31, quando Leandro Amaral, de falta, acertou uma pancada no travessão. Sempre parando no gostinho de ‘quase’, Conca mudou o retrato da partida: Aos 37, ele tabelou com Leandro Amaral e chutou fraco. A bola fez uma curva e enganou Fernando Henrique, que engoliu um frango sensacional: Vasco 1 a 0.

O Fluminense não mostrava uma reação imediata, e só veio chegar ao gol do Vasco aos 44 minutos, quando Thiago Neves arriscou da intermediária e Sílvio Luiz fez ótima defesa: Fim do primeiro tempo.

Na volta do intervalo, Renato Gaúcho, das cabines, ordenou que Alex Dias entrasse no lugar de Rodrigo Tiuí. A alteração surtiu efeito, e Alex Dias perdeu a chance de empatar, quando chutou pra fora.

Porém, aos 28 minutos, Renato lançou Cícero e Soares nas vagas de Rafael e David. As alterações deram certo, e no desespero, Cícero marcou de cabeça, fechando o placar em 1 a 1.

Destaques

Darío Conca, após realizando partidas como coadjuvante, foi o principal destaque do clássico pelo lado do Vasco. Sempre muito objetivo e, de quebra, ainda marcou gol. Pelo lado do Flu, destaco Thiago Silva, sempre seguro no setor defensivo, e mostrando que merece, enfim, uma vaga na seleção brasileira.

Próximos jogos

Vasco e Fluminense jogam fora de casa, contra Grêmio e Sport, respectivamente.

Grêmio, com três gols de Tuta, vence o Botafogo e respira

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Por Gabriel Seixas


Nem Dodô, nem Marcel. O atacante Tuta, em guerra com a torcida, se redimiu e marcou os três gols da vitória do Grêmio contra o Botafogo, por 3 a 0. Com a vitória, o tricolor gaúcho, mesmo com a vitória, não passou do sétimo lugar, porém encostou no G-4, agora com 35 pontos. Já o Botafogo, 4º colocado, tem os mesmos 38 e, mesmo com a derrota, não deixou o grupo dos quatro melhores, por causa das derrotas de Palmeiras e Santos.

Análise tática

Mano Menezes inovou na escalação gremista. Mesmo não tendo a unanimidade de torcedores e cronistas, o técnico escalou Tuta e Marcel no ataque, dois centroavantes. Tcheco e Diego Souza foram os encarregados de municiar os dois atacantes.

Já o técnico Cuca não tinha cinco titulares a disposição: Juninho, Túlio, Leandro Guerreiro, Luciano Almeida e Zé Roberto. Com isso, jogadores como Jouglê e Moreno ganharam oportunidades. Alessandro, Diguinho e Renato Silva também figuraram na equipe titular.

O jogo

O Grêmio, buscando aproveitar o ponto fraco do Botafogo e ao mesmo tempo o seu ponto forte, buscava fazer jogadas pelas pontas, explorando bastante o jogo aéreo. Em dois deles, Marcel e William exigiram duas ótimas defesas de Max. O Bota, com um time cheio de improvisações e novidades, pouco chegou ao gol de Saja (foram apenas dois chutes a gol em toda a partida). Em um deles, Renato Silva cabeceou e o goleiro argentino fez um milagre, espalmando a bola.

Na volta para o segundo tempo, o Grêmio voltou mais ligado e aproveitando bastante o lado direito do setor defensivo do Botafogo, composto por Joilson e Alessandro. Diego Souza, pra variar de cabeça, parou na muralha chamada Max. Porém, em 12 minutos, o artilheiro gremista Tuta marca três gols: Aos 21, ele aproveita escanteio cobrado por Tcheco e abre o placar. No segundo, Tcheco chuta e Max espalma para o ar. Na volta, Tuta cabeceia e faz o segundo. O terceiro veio num lançamento curto de Diego Souza, fazendo o atacante entrar em profundidade e marcar o gol da vitória gremista. Tuta marcara seu sétimo gol no Campeonato Brasileiro.


Destaques

Como não poderia deixar de ser, Tuta foi o destaque gremista na partida. Em quesitos técnicos, Tcheco foi o melhor do Grêmio. Pelo Botafogo, um time apático, que teve como destaque o goleiro Max, sem dúvida alguma, mostrando que está numa fase esplendora, apesar dos três gols sofridos.

Próximos jogos

O Grêmio recebe o Vasco, no Olímpico, enquanto o Botafogo, na Quinta-Feira, joga no Maraca contra o Palmeiras, num duelo de 'seis pontos.'

Com recorde de público, Flamengo tropeça no Sport e volta a zona do rebaixamento

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Por Gabriel Seixas

Com mais de 60.000 rubro-negros (51.000 pagantes) nas arquibancadas apoiando o time, o Flamengo esbarrou nas suas próprias deficiências e ficou apenas no empate com o Sport em 1 a 1. Com o resultado, o Flamengo volta para a temida Zona do rebaixamento com 26 pontos, já que o Atlético Paranaense venceu o ‘clássico’ dos atléticos. O Sport manteve a 9ª posição, com 32 pontos.

Análise tática

Joel Santana, sem contar com o zagueiro Ronaldo Angelim (vetado minutos antes do jogo), Maxi Biancucchi, machucado, e Souza suspenso, montou a equipe do Flamengo no 3-4-2-1 da partida anterior, porém com outras peças no time: Thiago Salles, garoto das categorias de base, ganhou vaga e atuou pelo lado esquerdo da defesa. Roger e Renato Augusto foram os encarregados de fazer as jogadas pelos flancos e servir o único centroavante, Obina.

Já Geninho, preocupado com o poderio ofensivo rubro-negro, montou um ferrolho e armou o Sport no 3-4-1-2. Diogo e Dutra, que deveriam ser alas, pouco apoiaram. Everton e Júnior Maranhão ficaram presos no meio, raramente liberando o homem de ligação, Romerito. Da Silva e Carlinhos Bala foram os únicos jogadores ofensivos de ofício da equipe.

O jogo

O primeiro tempo das duas equipes foi muito acuado, com as duas equipes órfãs de um homem de ligação. Romerito pouco apoiava pelo Sport, enquanto Roger e Renato Augusto eram nulos pela equipe rubro-negra. Se com a bola no pé não deu jeito, na bola parada o Mengão resolveu: Juan cobrou falta e o garoto Thiago Salles desviou de cabeça, marcando o primeiro do Flamengo. O garoto mostrou muita personalidade e simplicidade no fim da partida, arrancando elogios de Joel.

No início do segundo tempo, o Flamengo, um tanto afobado, partiu para o ataque. Obina, no início da partida, cabeceou a queima-roupa e Magrão operou um milagre. Com uma atuação abaixo da média, o Flamengo cedeu espaços ao Sport, que jogava única e exclusivamente no contra-ataque. Em um deles, Da Silva arrancou pela esquerda e foi derrubado por Rômulo na área: Pênalti. O próprio Da Silva bateu e, com categorias, empatou a partida.

Joel Santana, visivelmente abatido, colocou os garotos Kayke e Paulo Sérgio no desespero. Obina deu lugar ao jovem de 17 anos que fazia seu segundo jogo como profissional, e Renato Augusto, simultaneamente, saía vaiado. As alterações não surtiram efeito e o placar ficou nisso.

Destaques

Na falta de um jogador que fizesse a diferença, o destaque da partida ficou por conta de Thiago Salles, que não comprometeu, e fez uma ótima estréia no grupo profissional. Pelo Sport, o atacante Da Silva, que fez o gol da sua equipe e se movimentou pelos dois lados.

Próximos jogos

O Flamengo recebe o Figueirense, no seu quinto jogo seguido no Maraca, enquanto o Sport recebe o Fluminense, na Ilha do Retiro.

Náutico e Inter empatam no Recife

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Por Leonardo Martins


Náutico e Internacional fecharam, na noite de domingo no Estádio dos Aflitos, a 23ª rodada do Campeonato Brasileiro. Em jogo muito truncado e emocionante, as duas equipes empataram por 1 a 1, atrapalhando-as no andamento do campeonato.

O jogo começou morno e muito truncado. As equipes preocuparam-se com a defesa e com a marcação. Os goleiros não trabalharam no 1º tempo. Aos 26 minutos, o volante Radamés foi expulso e a expulsão animou o Inter, que chegou ao gol com Adriano aos 44 minutos. Foram poucas chances criadas nesta 1ª etapa.

O 2º tempo, o jogo ganhou em emoção, o Náutico mesmo com a desvantagem em campo se lançou a frente mas quem dominava eram os gaúchos. O Técnico Roberto Fernandes, do Náutico avançou o time mas quem teve a chance de ampliar foi o Inter. Aos 20 minutos, Acosta bota a mão na bola na área e o juiz marcou pênalti, na cobrança, Christian chutou para fora. O pênalti desperdiçado animou os donos da casa que logo empataram, Sidny fez fila na defesa colorada e marcou um golaço. A partir daí, o jogo se tornou aberto, com as duas equipes querendo a vitória mas o placar não se alterou.

O resultado foi ruim para as duas equipes. O Timbu continua na 18ª posição e com 21 pontos, na zona de rebaixamento e na próxima rodada enfrenta o Paraná em Curitiba. O Inter continua na 10ª posição com 32 pontos e na próxima rodada vai a baixada santista enfrentar o Santos.

Cruzeiro goleia Palmeiras e segue na busca pela liderança

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Por Leonardo Martins


Na tarde deste domingo, em Belo Horizonte, Cruzeiro e Palmeiras jogaram pela 23ª rodada do Campeonato Brasileiro. O Cruzeiro goleou o Palmeiras por 5 a 0 e segue na busca pelo líder São Paulo.

Desde o 1º minuto se viu o domínio do time da casa. Nos 10 primeiros minutos foram de pressão total do Cruzeiro, com muitas chances desperdiçadas e o Palmeiras muito acuado e assustado. Aos poucos, os paulistas equilibraram o jogo e até meteu uma bola na trave com Gustavo. Mas aos 22 minutos, um lance mudaria a história do jogo, o volante Pierre do Palmeiras deu um carrinho perigoso em Ramires e, como já tinha levado amarelo antes, foi expulso de campo. O Cruzeiro aproveitou a vantagem em campo e logo depois abriu o placar. Aos 25 minutos, Marcelo Moreno recebeu um lançamento de Alecsandro e colocou por cima de Diego Cavalieri. Após o gol, o técnico Caio Júnior fez uma substituição que atrapalhou o andamento do Palmeiras em campo, tirando o atacante Edmundo e colocou o volante Francis, com essa substituição, o Palmeiras ficou sem poder de ataque e chamou o Cruzeiro para o campo de ataque. Aos 40 minutos, Alecsandro fez outra assistência que resultou em gol, desta vez, ele lançou Wagner que chutou na saída de Cavalieri e fez o 2º do Cruzeiro.

No 2º tempo, o jogo não se alterou muito. O Cruzeiro continuava dominando o jogo, criando muitas chances e jogando no campo palmeirense, que tentava poucos ataques. O Cruzeiro fez o 3º aos 10 minutos, novamente com Marcelo Moreno, que recebeu passe de Ramires e chutou rasteiro. Nada poderia parar o ataque do Cruzeiro, com passes envolventes e alegres que animava a torcida que encheu o Mineirão. O Palmeiras tentava alguma coisa, mas esbarrava na ótima partida da defesa mineira. Jogando fácil, o Cruzeiro fez o 4º gol, Wagner cobrou escanteio e o zagueiro Tiago subiu mais que a zaga palmeirense e testou para o fundo das redes, isso aos 24 minutos. O Cruzeiro, a partir daí, passou a administrar o jogo tocando a bola, mas fez mais um gol. Aos 39 minutos, o criticado Maicossuel acertou um chutaço que foi no ângulo, fechando o placar na goleada azul.

Com a goleada, o Cruzeiro ampliou sua posição de vice-lider isolado e seguiu a 8 pontos do líder São Paulo com 42 pontos e na próxima rodada vai a Caxias do Sul enfrentar o empolgado Juventude. O Palmeiras continuou como entrou na rodada, na 6ª posição com 36 pontos, mas viu o grêmio se aproximar e na próxima rodada, o porco vai ao Maracanã enfrentar o Botafogo em uma disputa direta pela vaga na Libertadores.