domingo, 14 de outubro de 2007

Paraná é derrotado pelo Flamengo e vê o rebaixamento inevitável

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Por outro lado, rubro-negro carioca soma sua segunda vitória fora de casa e se aproxima da zona da Libertadores

Por Gabriel Seixas

- Não foi dessa vez que o Paraná conseguiu respirar na competição. Contando com o apoio da torcida e enfrentando um adversário -até então – direto na briga contra o rebaixamento, o tricolor paranaense foi derrotado por 1 a 0, após uma seqüência de erros do árbitro Alicio Pena Júnior, que favoreceu o tricolor. O calvário da equipe da Vila Capanema, que parece não ter fim, se estendeu ainda mais, e após este revés, parece inevitável o rebaixamento pelos ares da equipe. Do outro lado, a equipe do Flamengo, que somou sua segunda vitória fora de casa na competição – a primeira sob o comando de Joel -, pode voltar a sonhar com a Copa Libertadores, caso vença o Vasco no meio de semana, no único jogo adiado restante da competição.

- O técnico do Paraná, Saulo de Freitas, apostava no ferrolho defensivo e no seu ponto de equilíbrio (ou desequilíbrio) para sair com a vitória: o meio-campo. Goiano era o encarregado a ser o cabeça de área da equipe, enquanto Batista e Adriano flutuavam um pouco mais a frente, e Everton era o encarregado de municiar os dois atacantes – o veloz Vinicius Pacheco, e o artilheiro Josiel. Já o técnico Joel Santana veio com uma proposta totalmente defensiva para o confronto. Com a efetivação de Rômulo como um terceiro zagueiro, e o trio de volantes formado por Cristian, Toró e Ibson, os alas da equipe – Leonardo Moura e Juan – eram os encarregados de auxiliar Maxi Biancucchi na criação da equipe, municiando o único centroavante, o limitadíssimo Souza (que teve uma péssima atuação na tarde de ontem).

- O jogo começou morno, com a Paraná atuando na base do “abafa”, e o Flamengo explorando os contra-ataques, principalmente pelo lado esquerdo, com Juan e Maxi. Quem começou assustando foi o tricolor paranaense, após uma cabeçada fraca de Josiel, que passou rente ao gol de Bruno. A resposta veio com Souza, que completou cruzamento de Juan e exigiu boa defesa de Flávio. Esbarrando em suas limitações, as duas equipes não passaram do zero na primeira etapa.

- Tudo o que não aconteceu no primeiro tempo, ocorreu no segundo. As duas equipes vieram dispostas como nunca em busca do gol, e o Paraná teve a chance de o fazer primeiro: Paulo Rodrigues avançou pela esquerda e cruzou para Adriano, que perdeu na dividida com Léo Medeiros e se jogou. O árbitro Alicio Pena Júnior, equivocadamente, marcou pênalti. Já que em pênalti mal marcado a bola não entra, Josiel bateu muito mal e Bruno fez a defesa, para alívio dos rubro-negros e desespero dos tricolores. Para piorar a situação, o mesmo Adriano que havia sofrido o pênalti, trocou “gentilezas” com Cristian e acabou sendo expulso.

- O Flamengo começou a ter o controle da partida, em todos os sentidos. A superioridade rubro-negra foi comprovada aos 18 minutos, quando Juan cruzou, Flávio saiu mal da sua meta e Fábio Luciano desviou de cabeça, abrindo o placar para o Flamengo. Saulo de Freitas lançou sua equipe a frente, colocando dois homens de referência no ataque (Giuliano e Lima), sacando o meia armador da equipe – Everton, e o apagado Vinicius Pacheco. Do outro lado, Joel Santana, que já havia colocado Léo Medeiros na vaga de Maxi (reforçando o meio-campo), também sacou Luizinho para a entrada de Ibson, passando Léo Moura para o meio-campo e recolocando-o no jogo. Joel também aproveitou para lançar o garoto Thiago Sales na partida, já que Fábio Luciano está suspenso para o jogo contra o Vasco, na próxima quinta-feira.

Empate deixa São Paulo mais perto do título

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Por Saimon Nouh


O jovem goleiro Fabiano substituiu o machucado Rogério Ceni e evitou a quarta derrota consecutiva do São Paulo. Na tarde deste sábado, no estádio do Maracanã no Rio de Janeiro, o jogador titular pela primeira vez no ano defendeu um pênalti mal marcado em cima de Gabriel. Ele mesmo cobrou e Fabiano defendeu o que deixou Rogério Ceni muito feliz. Com este resultado, a equipe do Morumbi chega a 64 pontos e mantém 11 pontos de diferença para o Cruzeiro. O Fluminense, por sua vez, vai a 48 pontos e segue logo abaixo da zona da Libertadores, para a qual já tem vaga, pois venceu a Copa do Brasil.

O Fluminense aproveitou que o São Paulo estava desfigurado em virtude de desfalques por suspensão e contusão e dominou a equipe paulista no primeiro tempo. Sem dar chance de o adversário chegar ao ataque com perigo, os donos da casa pressionaram com chutes de longa distância de Gabriel e tabelas entre Alex Dias e Somália. Em uma delas, aos 16min, Gabriel recebeu de Ivan na esquerda da grande área e chutou colocado. Atento, o goleiro Fabiano, substituto de Rogério Ceni, machucado, fez excelente defesa. O jogador, porém, não teve a mesma sorte aos 34min, quando fez pênalti em Adriano Magrão. Na cobrança, aos 35min, Thiago Neves fez 1x0 para o Fluminense. O São Paulo foi tão dominado na etapa inicial que o primeiro chute a gol da equipe saiu apenas aos 18min, com Jorge Wagner. Depois foi levar perigo a Fernando Henrique aos 43min, quando Diego Tardelli cruzou da direita e Leandro apareceu livre para cabecear e ver o goleiro o goleiro Fernando Henrique fazer brilhante defesa.

A equipe do técnico Muricy Ramalho, no entanto, mudou de postura no segundo tempo e partiu para o ataque em busca do empate, que não demorou a acontecer. Aos 6min, após cobrança de escanteio da esquerda, Breno desviou de cabeça, Fernando Henrique deu rebote e André Dias chutou da pequena área: 1 a 1. Aos 20min, no entanto, o Fluminense teve a chance de voltar a ficar em vantagem. O árbitro marcou pênalti inexistente de Hernanes em Gabriel que caiu sozinho. O próprio lateral-direito foi para a cobrança, mas o goleiro Fabiano saltou bem para fazer boa defesa. O São Paulo, que no segundo tempo vinha melhor que o Fluminense na partida, se complicou aos 30min, quando Aloísio foi expulso por ter cometido falta em Arouca. Ele levou o segundo amarelo e o juiz o expulsou. Depois disso, o time carioca pressionou, mas não conseguiu chegar ao segundo gol. A nota triste do jogo é que o atacante Somália ficará fora dos gramados por 6 meses e só deve voltar na Libertadores de 2008.

Na próxima rodada do Campeonato Brasileiro, o Fluminense encara o Goiás, fora de casa, no sábado, às 18h10. No dia seguinte, às 16h, o líder São Paulo enfrenta o segundo colocado Cruzeiro, no estádio do Morumbi.

FLUMINENSE
Fernando Henrique; Gabriel, Thiago Silva, Luiz Alberto e Ivan; Fabinho (Cícero), Arouca, Romeu (Soares) e Thiago Neves; Alex Dias e Somália (Adriano Magrão)
Técnico: Renato Gaúcho

SÃO PAULO
Fabiano; Breno, André Dias e Miranda; Jackson (Fernando), Hernanes, Jorge Wagner, Leandro e Júnior; Aloísio e Diego Tardelli (Thiago)
Técnico: Muricy Ramalho

Clássico termina empatado e Palmeiras deixa o G-4

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Por Saimon Nouh


Santos e Palmeiras repetiram neste sábado na Vila Belmiro o placar que é mais comum na história do clássico paulista. Pela 50ª vez em 284 confrontos, os rivais empataram por
1 a 1. O terceiro empate entre eles no ano deixa o Santos em terceiro e tira o Palmeiras do G-4. O time da capital caiu para o quinto lugar com a vitória do Grêmio sobre o Goiás. Já o Santos perdeu a oportunidade de assumir pela primeira vez a vice-liderança do Campeonato Brasileiro. Se ganhasse, ultrapassaria o Cruzeiro, que só empatou com o Náutico na sexta-feira e agora soma 53 pontos. Além disso, o clube alvinegro completou sete partidas sem perder para o rival. A última vez que o Palmeiras triunfou sobre o rival foi em 2005, no primeiro turno do Brasileiro (2 a 1, no Parque Antarctica). Na Vila Belmiro, o Santos não perde desde 2004.

As duas equipes tiveram desempenhos distintos nos dois tempos do clássico. Na etapa inicial, o Palmeiras foi muito superior e chegou ao gol com Caio. Na etapa final, as substituições do técnico Vanderlei Luxemburgo surtiram efeito, os donos da casa cresceram e igualaram o marcador com Renatinho, que entrou na partida durante o intervalo.

O primeiro tempo do clássico foi de um time só. O Palmeiras dominou o jogo e como sempre criou boas chances de gol, mas como sempre o time errou a maioria delas. O meia Caio assustou duas vezes Fabio Costa. Na terceira ele cobrou um escanteio sem pretensão alguma e conseguiu um gol olímpico. Segundo o próprio meia foi o primeiro dele. O goleiro Fabio Costa tentou se justificar, mas é só olhar o lance e ver que ele foi muito infeliz na jogada.

Com uma nova postura após o intervalo, o Santos empatou aos 13min do segundo tempo. Alessandro cruzou pela direita, Kléber Pereira cabeceou, Diego Cavalieri espalmou e o Renatinho balançou as redes no rebote. Diego Cavalieri teve que trabalhar em mais dois lances de perigo do Santos no segundo tempo: em um chute de Pedrinho e em outro de Renatinho. O Palmeiras assustou Fábio Costa com Luís e Valdivia.

SANTOS
Fábio Costa; Baiano, Domingos, Marcelo e Thiago; Adoniran, Rodrigo Souto, Petkovic (Rodrigo Tabata) e Vítor Júnior (Pedrinho); Kléber Pereira e Moraes (Renatinho)
Técnico: Vanderlei Luxemburgo

PALMEIRAS
Diego Cavallieri, Paulo Sérgio, Gustavo, Dininho e Valmir (Leandro); Pierre, Makelele, Valdivia e Caio (Luís); Luiz Henrique e Rodrigão (Francis)
Técnico: Caio Júnior

Sport e Figueirense empatam sem gols na Ilha do Retiro

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Por Gabriel Seixas


- Desta vez, nem a mística da torcida leonina prevaleceu em campo. Esbarrando no bom sistema defensivo do Figueirense – e nas boas defesas de Wilson -, o Sport não soube superar as suas limitações e empatou sem gols com o Figueira, jogando na Ilha do Retiro, nesta Sexta-Feira. Os gols perdidos podem fazer diferença na reta final da competição, já que, com este empate, o Sport ficou ainda mais longe de uma das quatro vagas para a Libertadores da América, em 2008. Para o Figueirense, o resultado não foi tão desesperador, já que a equipe manteve a nona posição, com 42 pontos – quatro pontos a mais que o Corinthians, primeira equipe da zona de rebaixamento -, enquanto o Leão da Ilha é sétimo, com um ponto a mais.

- Visando uma aproximação ao grupo dos quatro melhores no Brasileirão, o Sport entrou em campo com uma postura, e uma escalação bem ofensiva. Geninho surpreendeu a todos e escalou o Leão no 4-2-2-2, com Romerito e Adriano Gabirú no setor de criação, e apenas dois zagueiros (César e Durval). Sem Da Silva e Carlinhos Bala, o técnico também modificou a dupla de ataque, escalando o jovem Anderson Aquino e o centroavante Fabiano, ex-Santos.

- Do outro lado, o técnico Alexandre Gallo manteve o estilo de jogo do Figueirense, e escalou a equipe catarinense no 3-4-1-2. Ruy e André Santos, antes escalados como meias, agora jogam como alas, enquanto Thiago Gentil ganhou vaga cativa no ataque, desbancando Frontini e fazendo companhia a Jean Carlos no setor de frente (a escalação do veterano também foi forçada devido a suspensão automática de Otacílio Neto). Fernandes era o responsável pela ligação entre a defesa e o ataque, enquanto a principal esperança de gols estava lá atrás: O zagueiro Chicão, que surpreendentemente, marcou oito vezes na competição e é o artilheiro do Figueira no torneio.

- O Sport começou o jogo avassalador, e teve boa chance de marcar com Adriano Gabirú, que tentou encobrir o goleiro Wilson, mas mandou pra fora. No fim do primeiro tempo, Anderson Aquino teve nova chance de marcar, mas o goleiro do Figueira estava atento e fez boa defesa. Mesmo com o desfalque de sua dupla de ataque titular, o Sport criava mais chances, porém esbarrava na falta de pontaria. O Figueirense, jogando nos contra-ataques, levou perigo em um chute forte de Thiago Gentil, que passou perto do gol de Magrão.

- No início do segundo tempo, os dois técnicos voltaram com propostas diferentes para a partida. Geninho, pelo lado rubro-negro, lançou o meia Rosembrick e o atacante Jéferson Madeira (estreante) nas vagas de Adriano Gabirú e Fabiano. Já o técnico Alexandre Gallo sacou a dupla de ataque titular (Jean Carlos e Thiago Gentil), e lançou o também atacante Frontini, além do lateral César Prates, deslocando Ruy para o meio.

- O jogo começou quente, e o Sport reclamou de dois lances bastante polêmicos: O primeiro foi o “escorão” de Felipe Santana em Romerito, que na ótica dos torcedores no estádio, viu pênalti – menos o juiz. Dois minutos depois, o assistente Márcio Eistáquio Santiago anulou um gol de Jéferson Madeira (depois do jogo, ficou claro que o atacante estava em impedimento). Não se abalando com os lances polêmicos, o Leão foi pra cima e Anderson Aquino só não marcou o gol da vitória porque Chicão salvou em cima da linha, de cabeça. No fim da partida, em uma das raras chances do Figueira, Frontini recebeu livre na área, porém Magrão salvou a pátria rubro-negra. O empate foi ruim para as pretensões das duas equipes, que devem brigar por uma vaga na Copa Sul-Americana do ano que vem.