domingo, 21 de outubro de 2007

Flamengo vence Grêmio e se aproxima cada vez mais do G-4

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Por Gabriel Seixas


O que parecia um sonho, definitivamente, se transformou em realidade. Com direito a quebra de recorde de público (mais de 73 mil pessoas presentes no Maracanã - sendo 64 mil pagantes), o Flamengo derrotou o Grêmio por 2 a 0 e avançou uma posição na tabela, superando o Fluminense. Agora, o rubro-negro é 6º com 49 pontos, enquanto o tricolor gaúcho vem uma posição a frente, com 51.

É inegável que grande parte desse crescimento do Flamengo dos últimos jogos pra cá se deve ao apoio da torcida. Além de embalar os jogadores com o já famoso “tema da vitória”, também quebra recordes de público jogo a jogo, e assim deve ser até o fim do campeonato. Porém, na próxima rodada, o apoio da torcida não será tão maciço assim. O rubro-negro visita o já rebaixado América-RN, enquanto o Grêmio recebe o embalado Náutico, os mesmos times que protagonizaram a “Batalha dos Aflitos”.

O técnico Joel Santana teve três desfalques importantes para o duelo de hoje. Além do volante Rômulo, que está fora da temporada, o meio-campo Colace (expulso contra o Vasco) e o lateral Juan (suspenso pelo 3º cartão amarelo) também desfalcaram a equipe. Jaílton, que se recuperou de lesão, e o jovem Egídio os substituíram, respectivamente. A única notícia boa ficou por conta da volta do capitão Fábio Luciano, que cumpriu suspensão contra o Vasco.

Pelo lado do Grêmio, Mano Menezes também quebrou a cabeça para montar a equipe. Sem o lateral-esquerdo Hidalgo e o volante Eduardo Costa, Mano repetiu a escalação de Anderson Pico na lateral (que deve manter a titularidade), e inovou ao lançar Nunes na cabeça-de-área. Outra novidade ficou por conta da entrada de Patrício na lateral-direita, no lugar do barrado Bustos.

O jogo começou a todo vapor, e que ganhou uma atração especial devido ao show da torcida rubro-negra. Porém, quem começou assustando foi o Grêmio, após um chute de Anderson Pico da entrada da área, que passou longe do gol de Bruno. O Flamengo, intimidado em campo, só veio responder aos 25 minutos. E que resposta! Leonardo Moura lançou Cristian na ponta direita. O volante rubro-negro avançou e cruzou a bola na área. O zagueiro Léo e o lateral Patrício se enrolaram na área, e a bola sobrou limpa para Souza, que girou o corpo e abriu o placar, para delírio da torcida presente. O Grêmio ainda esboçou uma reação nos minutos finais, mas não foi tão efetivo nas conclusões a gol.

Na volta para o intervalo, Mano Menezes mexeu: Tirou o incansável Diego Souza para a entrada do jovem Danilo Rios. O meio-campo gremista ganhou mais qualidade, e o mesmo Danilo começou assustando, quando chutou de fora da área, exigindo boa defesa de Bruno. Um pouco depois, o apagado Tcheco levantou na área e Jonas cabeceou, exigindo reflexo de Bruno. Jonas, que por sinal, havia sido o pior jogador do primeiro tempo, errando passes e atrapalhando contra-ataques tricolores.

O Flamengo voltou a ter o controle da partida aos 15 minutos. Ibson avançou até a pequena área e fez tabela com Maxi. O volante recebeu boa devolução do argentino e tocou na saída de Saja, ampliando o placar. Indo no embalo da torcida, o Flamengo teve boa chance de fazer o terceiro, mas Souza cabeceou na trave. Antes disso, Tcheco havia exigido ótima defesa de Bruno, que operou um milagre no Maraca.

Poucos minutos depois, Souza deu lugar a Obina, que completava seu centésimo jogo pelo Flamengo. Ele teve a chance de coroar o número histórico quando recebeu livre na área, mas Saja defendeu. O goleiro argentino voltou a trabalhar três minutos depois, quando Renato Augusto perdeu um gol inacreditável, chutando nos pés do arqueiro. No fim das contas, tudo isso virou festa, e o Flamengo continua a sua caminhada rumo a Libertadores da América, o que seria um fato inesquecível para os rubro-negros. O Grêmio tem o mesmo objetivo, e com vantagens sobre o rubro-negro. Ambas as equipes não estão no G-4 da competição.

São Paulo coloca a mão na taça

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Por Leonardo Martins

O São Paulo deu o maior passo rumo ao título brasileiro ao vencer o Cruzeiro por 1 a 0, na tarde deste domingo com 60 mil pagantes no Morumbi. O resultado foi importante, pois, o tricolor pode garantir o título no próximo jogo contra o Sport.

O jogo começou com as equipes se respeitando em campo e truncado. O líder não apresentava uma contundência em seu ataque, não conseguindo assustar o gol de Fábio. O Cruzeiro repetia os mesmos erros das partidas anteriores, errava muitos passes e não criava chances. As ótimas marcações de ambas equipes se sobressaíram sobre os ataques. O Cruzeiro criou 2 ótimas chances de marcar com Leandro Domingues no 1º tempo, mas a pontaria estava longe de ser a ideal. O São Paulo não criou chances perigosas no 1º tempo.

O Cruzeiro voltou para o 2º tempo com uma alteração na lateral direita, saiu Ângelo e entrou Mariano. Ângelo fez um péssimo primeiro tempo e deu lugar a Mariano, que fez uma partida esforçada. O jogo não se alterou no 2º tempo, o Cruzeiro estava um pouco melhor em campo e via em Leandro Domingues, a criação das melhores chances de gol mas não aproveitadas. O São Paulo passou a melhorar seu ataque mas continuava sem assustar o gol de Fábio.

No meio da etapa final, o técnico são-paulino resolveu dar mais objetividade ao seu ataque tirando Souza e colocando o atacante Diego Tardelli e a substituição deu certo logo em seguida. Aos 24 minutos, no primeiro lance de Tardelli no jogo, ele fez ótima jogada pela esquerda e cruzou para Jorge Wagner abrir o placar e explodir a torcida que lotou o Morumbi. Após o gol, a torcida são-paulina começou a festejar o título. O Cruzeiro sentiu o gol e não apresentou mais nada em campo, o técnico cruzeirense colocou Marcinho e Guilherme, mas os mineiros apresentaram um abatimento em campo e sem forças para a reação na partida. O São Paulo administrou o resultado até o final.

O São Paulo pode ser campeão na próxima partida contra o Sport na Ilha do Retiro, já que abriu 13 pontos de vantagem para o vice-líder Palmeiras. O Cruzeiro perdeu a 2ª posição para o próprio Palmeiras e espera recuperar na próxima partida contra o Atlético-PR em Belo Horizonte.

Figueira vence e se distancia da zona vermelha

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Por Leonardo Martins

Em mais um jogo válido pela 32ª rodada do Campeonato Brasileiro, Figueirense e Santos se enfrentaram na tarde deste domingo em Florianópolis. Em um jogo movimentado, os catarinenses venceram pelo placar mínimo e se distanciaram da zona de rebaixamento.

O jogo começou com os donos da casa melhor em campo, explorando a subidas do lateral André Santos, que criava as melhores chances. O Santos encontrou muita dificuldade perante a ótima marcação exercida pelos catarinenses, assustando pouco o gol de Wilson. O Figueira era melhor em campo mas a pontaria não estava afiada, pois o time não acertava o gol de Fábio Costa. O destaque negativo do 1º tempo foram as atuações de Renatinho e Vítor Júnior, ambos do Santos, apagados em campo e não ajudavam a equipe. O Figueira conseguiu o gol da vitória pelo lado onde jogava melhor, o esquerdo. Aos 45 minutos, André Santos foi a linha de fundo e cruzou para Ramón, que dividindo a bola com Kleber, colocou no fundo das redes do Santos.

O técnico santista no intervalo tirou os apagados Renatinho e Vítor Júnior para as entradas de Marcos Aurélio e Rodrigo Tabata, o Santos passou a arriscar mais em campo, principalmente em chutes de longa distancia. O Figueira tirou Ramón para a entrada de outro atacante, Frontini, e também passou a arriscar chutes de longa distancia e a jogar no contra-ataque. Com essa atitude dos catarinenses, o jogo se tornou muito aberto e o Figueira teve as melhores chances de ampliar, enquanto o Santos ficava preso a marcação catarinense. O resultado foi justo.

O resultado colocou o Figueira na 8ª posição com 45 pontos, na próxima rodada, o time catarinense enfrenta o desesperado Corinthians em São Paulo. O Santos caiu para o 4º lugar com 52 pontos e na próxima rodada pega o Goiás na Vila Belmiro.

Atlético-MG vence com Mineirão lotado e se distancia da zona do rebaixamento

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Por Gabriel Seixas


Empurrado por mais de 48.000 pessoas no Mineirão, o Atlético-MG recebeu o abalado Vasco e venceu pelo placar mínimo, com gol do zagueiro Marcos. Com um jogador a mais em todo o segundo tempo, o Galo manteve-se soberano do início ao fim e garantiu a vitória que lhe distancia da zona do rebaixamento. Agora, a equipe ocupa a 13ª posição com 43 pontos, enquanto o Vasco, que também soma 43, está em 12º.

Para manter o embalo na competição, o Atlético terá a dura missão de encarar o Fluminense, no Maracanã, jogo que será realizado no domingo. O Vasco também enfrenta uma equipe que está na parte de cima da tabela: O Palmeiras, no “caldeirão” de São Januário.

Visando conquistar a terceira vitória seguida na competição, o técnico Emerson Leão armou uma equipe bastante ousada para o duelo. Montou um 4-2-2-2 à lá brasileira, com Marcinho e Danilinho abertos pelas pontas, servindo o centroavante Vanderlei. Eder Luis, outro atacante da equipe, ora caía pela direita, ora pela esquerda, confundindo a zaga adversária. Outra novidade ficou por conta da improvisação de Gérson na lateral-direita, já que Coelho ainda cumpre suspensão imposta pelo STJD, após o polêmico lance da “foca”. O volante soube cumprir bem o seu papel, e quase não teve trabalhos em termos defensivos, já que Eduardo, lateral-esquerdo (também improvisado) do Vasco, pouco assustava.

Do outro lado, Celso Roth também fez várias mudanças em relação a equipe que foi derrotada pelo Flamengo, a começar pelo esquema tático: O técnico trocou o 3-4-1-2 pelo 4-3-1-2. Sem o zagueiro Júlio Santos e o atacante Marcelinho, Roth lançou Amaral no meio-campo – formando a trinca de volantes com Perdigão e Andrade – e colocou o veloz Enílton no ataque, fazendo companhia ao artilheiro Leandro Amaral. Na lateral-esquerda, Rubens Júnior, que teve péssima atuação contra o Flamengo foi barrado, e substituído por Eduardo, que é lateral-direito de origem (sendo que Celso tinha Guilherme no banco de reservas).

A partida começou em ritmo lento, e a jogada de ambas as equipes eram bastante previsíveis. Enquanto o Vasco concentrava as suas ações ofensivas pelo meio, o Atlético criava boas chances pelos flancos, usando e abusando dos “chuveirinhos”. Porém, quem acabou demonstrando superioridade foi a equipe visitante, que desperdiçou dois gols com Leandro Amaral e Eduardo, da entrada da área. Com o maior número de posse de bola e explorando os contra-ataques, o Vasco teve seu predomínio quebrado após a infantil expulsão de Eduardo, que recebeu o segundo amarelo após falta dura em Danilinho. Porém, o árbitro Wilson Souza de Mendonça não usou o mesmo critério em outros lances parecidíssimos, fazendo com que a expulsão, no fim das contas, fosse injusta.

O Atlético só veio tirar proveito da superioridade territorial na volta do intervalo, quando Leão trocou o apagado Vanderlei pelo xodó da torcida, Marinho – que teve seu nome gritado por boa parte do segundo tempo. O Vasco também voltou com uma mudança: Recompondo o setor esquerdo defensivo, Celso Roth colocou o lateral Guilherme na vaga de Darío Conca, deixando a equipe sem uma meia de criação de ofício.

O Galo abriu vantagem logo aos dois minutos da segunda etapa. Marcinho cobrou escanteio da ponta direita e Leandro Almeida cabeceou para linda defesa de Sílvio Luiz, que espalmou pra frente. Danilinho pegou a sobra e tentou o chute – que saiu fraco -, porém, Marcos pegou a sobra e, desajeitado, fez 1 a 0 Atlético.

O jogo começou a cair de produção, por parte das duas equipes. O Vasco já não era tão efetivo nos contra-ataques, enquanto o Atlético sofria com a inoperância dos seus dois armadores. Percebendo este detalhe, Leão trocou Marcinho e Danilinho pelos descansados Lúcio e Marquinhos. Do outro lado, Celso Roth corrigiu a alteração equivocada no intervalo, e lançou o meia Rafael na vaga do atacante Enílton, reforçando o meio-campo. Mesmo assim, a alteração foi tarde demais para que o Vasco se mantivesse vivo na partida, deixando o Atlético cozinhar o jogo, e conduzir a vitória até o minuto final.