sábado, 31 de outubro de 2009

São Paulo vence e dorme na liderança

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Por Leonardo Martins


Na abertura da 33ª rodada do Campeonato Brasileiro, com grande público no Morumbi, o São Paulo recebeu o Barueri de olho na liderança provisória do Campeonato, assim como na quarta-feira. O mesmo futebol pragmático e o mesmo resultado da última rodada aconteceram, vitória do tricolor por 1 a 0 e liderança até amanhã.


Sem Richarlyson, machucado, Jean foi para o meio campo no São Paulo e Jorge Wagner formou a dupla de volantes. Adrian González perdeu a posição para Zé Luis. Já do lado do Baruba, os envolvidos na polêmica da “Mala-Branca”, René e Val Baiano, foram afastados, em seus lugares entraram, respectivamente, Márcio e William José.


Querendo estragar mais uma vez a festa de um dos líderes, o time da Grande SP começou indo ao ataque. Aos três, André Luis exigiu um milagre de Rogério Ceni. Mas a resposta do Anfitrião foi fatal. Aos quatro, Hernanes cobrou falta e bateu na zaga, a bola acabou sobrando limpa para Jorge Wagner completar. 1 a 0 e festa no Morumbi.


Era tudo que o São Paulo queria, um gol no inicio que lhe daria a tranqüilidade e ela veio. O Tricolor colocou a bola no chão e criou algumas boas chances. Aos 11, Washington desceu pela direita e cruzou, mas a bola foi bem interceptada por Márcio. Aos 21, o mesmo Washington recebeu de Hernanes e chutou em cima do goleiro do Barueri, perdendo boa chance de ampliar.


O Barueri foi gostando aos poucos do jogo e se aproveitou da extrema tranqüilidade são-paulina no jogo para atacar. Aos 31, João Vitor surpreendeu a meta tricolor com um chute de longe, mas Rogério Ceni voltou a trabalhar e salvou o gol de empate. Aos 36, Ceni voltou a ser exigido em um chute de longe de Márcio Careca. No fim do 1º tempo, William José cabeceou por cima e Dagoberto parou em Márcio.


No segundo tempo, o Barueri voltou com uma alteração ofensiva. Otacílio Neto entrou no lugar de Bruno Ribeiro. Mas quem voltou melhor foi o Tricolor. Aos dois, Adrian Gonzalez cruzou, mas Márcio salvou antes que a bola chegasse em Washington. Em seguida, Dagoberto fez fila e chutou na trave, seria um belo gol.


No Baruba, a força para empatar era tão grande que Otacílio Neto chutou a bola no rosto de Renato Silva, que nocauteou o zagueiro parcialmente. Dois minutos antes, os dois haviam disputado lance polemico em que o zagueiro derrubou o atacante na área, o juiz não marcou a penalidade.


A partida perdeu em emoção, as marcações ganhavam dos ataques, o Barueri tentava o empate e o São Paulo ampliar o marcador. Hernanes saiu cansado e deu lugar a Arouca, mas pouco acrescentou. Emoção mesmo só aos 43, quando Borges, que havia entrado no lugar de Washington, recebeu de Dagoberto e chutou para a ótima defesa de Màrcio. A esta altura, o São Paulo já comemorava a volta à liderança, mesmo que de maneira provisória.


Para que a liderança vire permanente, o São Paulo tem que torcer para uma vitória do Corinthians no clássico contra o Palmeiras em Presidente Prudente, neste domingo. O tricolor volta a campo na quarta-feira quando enfrenta o Grêmio no sul. O Barueri recebe a outra equipe gaúcha, o Inter, no outro fim de semana.


- Curtinha


Em Florianópolis, o Avaí derrotou o Atlético-PR por 2 a 0 e deu um bom passo rumo a Sul-Americana. No primeiro tempo, Rogelio fez aproveitando cruzamento da esquerda. Mas a pintura do jogo foi o segundo dos catarinenses, na etapa final. Luis Ricardo cruzou e William emendou uma linda bicicleta, um golaço pra fechar o jogo na Ressacada.

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Xô inhaca!! Palmeiras reencontra com a vitória em grande estilo

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Por Leonardo Martins


O jogo entre Palmeiras e Goiás no Palestra representava muito para as duas equipes. Elas vinham de péssimas seqüências de derrotas e queriam se recuperar com uma vitória. O jogo foi um show palmeirense que voltou a reencontrar a vitória para reassumir a liderança com uma goleada por 4 a 0.


Os problemas palmeirenses não terminavam, Cleiton Xavier se machucou e o técnico Muricy Ramalho teve que mudar o esquema para esta partida, Marcão formou o trio de zaga com Maurício e Danilo. Outro desfalque foi de Vagner Love e Obina entrou e decidiu o jogo, mas isto vamos ver mais adiante. Primeiro vamos ao 1º tempo.


O jogo começou com o Goiás surpreendendo o Palmeiras. Aos cinco, Iarley pegou uma meia-bicicleta e Marcos fez grande defesa. A resposta palmeirense veio com Diego Souza que passou por dois e chutou na rede pelo lado de fora. Iarley voltou a assustar Marcos aos 20, mas o atacante chutou por cima.

Este foi o último lance de equilíbrio na partida, pois depois, só deu Palmeiras e o show de Obina começou. Aos 25, o atacante cabeceou para a defesa de Harlei. Logo depois, Figueroa cobrou falta perto do gol. O que seria um problema a mais, virou uma solução. Edmilson, que vinha mal, saiu machucado para a entrada de Sandro Silva e cresceu o time em campo. O gol quase veio em outra cobrança de falta, desta vez com Diego Souza que acertou o travessão.


O gol do alivio só veio na segunda etapa. Aos cinco minutos, Souza acertou lindo passe para Obina que tocou na saída de Harlei. 1 a 0 e a liderança, perdida na noite interior, voltava a equipe palmeirense.


O gol tranqüilizou os palmeirenses que passaram a tocar a bola e os esmeraldinos desanimaram completamente após o gol. Até tentaram alguma coisa, mas esbarravam na ótima marcação palmeirense. Do outro lado, os gols começaram a aparecer com enorme facilidade e Obina continuava dando seu show. Aos 30, Rafael Toloi derrubou Ortigoza na área e o juiz marcou pênalti. Na cobrança, Obina marcou o segundo dele e do Palmeiras.


O jovem Deyvid Sacconi entrou no lugar de Ortigoza e marcou o terceiro. Aos 38. ele recebeu maravilhoso passe de Obina e fez. Um pouco antes, Toloi havia sido expulso de campo após receber o segundo amarelo. A goleada foi encerrada com mais um de Obina, aos 42. Fim de jogo no Palestra e volta de sorrisos a torcida palmeirense após jejum de 4 jogos e a manutenção da liderança.


O Porco tem no próximo domingo o clássico contra o Corinthians, em que espera voltar de vez aos trilhos e seguir rumo ao penta brasileiro. Já o Goiás recebe outra equipe do G-4, o Atlético-MG.


Classificação após 32 rodadas


1° Palmeiras – 57pts

2° São Paulo – 55pts

3° Atlético-MG – 53pts

4° Internacional – 52pts

5° Cruzeiro – 51pts (15V)

6° Flamengo – 51pts (14V)

7° Grêmio – 47pts (20SG)

8° Goiás – 47pts (-2SG)

9° Corinthians – 45pts

10° Vitória – 44pts (12V)

11° Barueri – 44pts (11V e 8SG)

12° Avaí – 44pts (11V e 5SG)

13° Santos – 42pts

14° Atlético-PR – 40pts

15° Coritiba – 38pts

16° Botafogo – 35pts

17° Santo André – 32pts (-14SG)

18° Náutico – 32pts (-18SG)

19° Sport – 30pts (7V)

20° Fluminense


Próximos jogos


31/10 – 18h30

Avaí x Atlético-PR

Flamengo x Santos

São Paulo x Barueri


01/11 – 16h

Goiás x Atlético-MG

Palmeiras x Corinthians

Internacional x Botafogo

Coritiba x Vitória


18h30

Náutico x Sport

Cruzeiro x Fluminense

Santo André x Grêmio

Fluminense supera as dificuldades e vence o Atlético-MG

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Por Gabriel Seixas

Mesmo com objetivos tão diferentes, Fluminense e Atlético-MG tinham um propósito em comum no jogo de hoje: a vitória. O Fluminense, para se aproximar dos times que estão fora da zona de rebaixamento. O Atlético-MG para não só permanecer no G-4, como para continuar firme e forte na briga pelo título. A chuva dificultou um pouco, mas a partida enriqueceu em emoção, e no fim das contas, quem se deu melhor foi o Flu. A superação dos cariocas valeu a pena no final, com uma vitória por 2 a 1. Fred, de pênalti, e Conca marcaram para o tricolor. Diego Tardelli, artilheiro isolado da Série A, descontou. Mesmo vencendo, o Fluminense segue na última posição com 30 pontos, a cinco do Botafogo, o primeiro time fora da zona de rebaixamento. O Galo caiu pro 3º lugar com 53 pontos, e a desvantagem para o líder Palmeiras aumentou para 4 pontos, mas ainda assim, o objetivo de estar no G-4 vem sendo alcançado até o momento.

O técnico Cuca decidiu mudar o esquema tático para o confronto contra o Atlético: saiu o zagueiro Digão, e entrou o argentino Ezequiel González, que marcou um gol no jogo anterior, contra o Goiás. O ex-capitão Luiz Alberto continuou fora da equipe titular. Do outro lado, Eder Luís e Correa foram as novidades, voltando ao time. Em compensação, Carlos Alberto teve de atuar improvisado na lateral-direita.

O início do jogo foi razoavelmente favorável ao Fluminense, que tinha maior posse de bola, mas não criava oportunidades claras, assim como o adversário. A primeira surgiu aos 21, quando Diguinho arriscou da intermediária, mas mandou pra fora. No minuto seguinte, Maicon fez boa jogada, tentou o chute, mas Jonílson, cão-de-guarda do time interceptou e mandou pra escanteio.

Aos 31 minutos, o lance do primeiro gol: Maicon cruzou da esquerda, a bola desviou na mão de Jorge Luiz e o árbitro marcou pênalti. Na cobrança, o artilheiro Fred, com direito a paradinha (no lance específico foi paradona), abriu o placar. O resultado foi justo, mas nenhuma das duas equipes apresentou um futebol convincente. A torcida fazia festa, e não era pra menos: o quinto jogo sem derrota estava muito próximo.

Ao contrário da primeira etapa, o segundo tempo foi eletrizante. Tanto que, no primeiro minuto, o Fluminense ampliou em um gol relâmpago: Ezequiel González aproveitou bobeira da zaga atleticana e rolou para Conca, que bateu cruzado para ampliar a vantagem.

Sem alternativas, o Atlético se lançou pra frente. Aos cinco minutos, Ricardinho cobrou falta com maestria, mas Rafael voou para defender. Porém, dois minutos depois, o goleiro acabou com a sua cota positiva, e “permitiu” o primeiro gol dos visitantes. Na cobrança de escanteio do Galo, Rafael não conseguiu afastar a bola com um soco, e Diego Tardelli, livre, diminuiu o placar. Foi o 17º gol do artilheiro isolado da Série A.

A partir daí, o jogo ficou aberto. O Galo teve boa chance de empatar com Eder Luís, que tirou tinta da trave de Rafael num bom chute da intermediária. Pouco depois, o Flu respondeu à altura: Fred rolou para Mariano na direita, e o lateral soltou uma bomba, mas pra fora.

Com Tartá no lugar de Equi González, que não manteve uma regularidade na partida, o Flu teve ótima chance de ampliar aos 28 minutos, em nova trama de Mariano e Fred. O primeiro cruzou na cabeça do segundo, que só não marcou porque Carini fez excelente defesa. E o goleiro uruguaio interceptou novamente aos 33, quando Fred aproveitou cobrança de escanteio e soltou a bomba, e por pouco não fez o terceiro.

Celso Roth estava nervoso, e teve mais motivos para se preocupar: o zagueiro Jorge Luiz foi expulso aos 36 minutos, quando foi no corpo de Roni, que havia substituído Maicon. Para recompor a defesa, Benítez substituiu o artilheiro Diego Tardelli. Sem seu principal jogador, a melhor chance veio aos 43 minutos. E que chance! Eder Luís recebeu cruzamento, e de frente pro gol, chutou torto. Isso custou caro ao Atlético, que perdeu a vice-liderança para o São Paulo. A vitória foi justa, pela demonstração de força de vontade e superação do Fluminense.

Curtinha:

- Outro time que vive situação semelhante a do Fluminense é o Sport. Mesmo jogando em casa contra o Coritiba, os pernambucanos só empataram em 1 a 1. Fabiano, que não marcava pelo Sport há várias rodadas, quebrou o jejum abrindo o placar aos 37 minutos. Ainda no primeiro tempo, o argentino Ariel empatou para o Coxa. O gol foi fundamental para o Coritiba abrir uma diferença de seis pontos para o Santo André, primeiro time da zona de rebaixamento. O Sport divide a lanterna com o Fluminense, somando os mesmos 30 pontos, e levando vantagem no número de vitórias.

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Tricolor assume a liderança com vitória sobre rival

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Por Leonardo Martina


O mais esperado duelo da rodada aconteceu no Morumbi. O São Paulo recebeu o Inter em confronto direto que valia a liderança provisória ou permanente (dependendo dos resultados de hoje). O jogo foi bom e a maior sorte dos mandantes foi o fator preponderante no resultado da partida, vitória são-paulina por 1 a 0 e pela 1ª vez liderando o Campeonato.

O clássico começou com muita marcação e jogo truncado no meio-campo, o Inter surpreendeu os paulistas com a marcação avançada e dominou as ações. Aos 8, Fabiano Eller cruzou direto e obrigou Bosco (substituto de Rogério Ceni) a espalmar. Aos 18, o goleiro voltou a salvar o São Paulo ao defender cobrança de falta de D’Alessandro.

O Tricolor tinha dificuldades de furar o bloqueio colorado, que era eficiente. O Colorado tinha na velocidade a melhor alternativa de chegar ao gol. Aos 34, um torcedor do time paulista invadiu o gramado pedindo uma chance nas categorias de base do clube. O torcedor foi detido pelos seguranças, mas o clube poderá perder mando de campo por conta deste ato.

Voltando ao jogo. Bosco se transformava no grande herói da partida. Aos 36, o argentino do Inter invadiu a área e chutou para mais uma grande defesa do goleiro. O volante são-paulino Richarlyson saiu com uma contusão no púbis e deu lugar a Jùnior César. Jorge Wagner voltou para o meio para a entrada do lateral.

Se os gaúchos dominaram e não fizeram, os Paulistas foram eficientes na tentativa que tiveram e marcaram o gol. Aos 47, Hernanes cobrou escanteio, André Dias desviou para a área e o artilheiro Washington completou para o gol. Era o gol que colocava o Tricolor do Morumbi na liderança.

No segundo tempo, o São Paulo equilibrou o jogo. Aos três, Dagoberto fez fila, mas tropeçou em Lauro antes de finalizar. O Inter foi para frente, tirou Fabiano Eller e Taison para colocar dois atacantes, Alan Kardec e Marquinhos e a dupla já entrou dando trabalho. Aos 13, Miranda e Bosco atrapalharam-se com a bola e ela foi para o gol, mas antes de entrar, o zagueiro salvou o gol de empate. Aos 16, Índio perdeu ótima chance de marcar, mas o cabeceio foi para longe.

O São Paulo tentava segurar o ímpeto dos colorados e para isto, colocou Zé Luis, mas D’Alessandro continuava infernizando a zaga paulista e levava perigo ao gol. Do outro lado, Washington chutou em cima da zaga gaúcha.

Se a liderança são-paulina está garantida, a torcida tem que agradecer ao goleiro Bosco. Aos 36, o camisa 22 fez milagre. Alan Kardec chutou forte, Bosco defendeu para o lado, a bola sobrou para Giuliano que voltou a chutar e exigiu outro milagre do goleiro. Uma chance sensacional salva por Bosco. Após a defesa, a torcida voltou a cantar que o campeão voltou. Mas isto só saberemos no fim do campeonato.

A permanência tricolor na liderança depende dos jogos de hoje de Palmeiras e Atlético-MG. Na próxima rodada, o Tricolor volta ao Morumbi para enfrentar o Barueri e o Inter espera uma recuperação contra o Botafogo no Beira-Rio.

Cruzeiro vence no final e aproxima-se do G-4

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Por Leonardo Martins

Na reta final do Brasileirão, um jogo da 32ª rodada mexeu com as duas partes da tabela, o Cruzeiro, 6º colocado, recebeu o Santo André, 16º, no Mineirão. Com objetivos distintos, as duas equipes realizaram uma partida boa. Com um gol nos acréscimos, o time azul venceu por 3 a 2 e encostou no G-4. Já o Ramalhão voltou a zona vermelha.

O primeiro tempo foi só de um time, o Cruzeiro. A equipe mineira sufocou a equipe paulista em seu campo e criou inúmeras chances. Vamos a elas. Aos oito, Diego Renan cruzou, mas ninguém apareceu para completar. Aos 18, Gilberto recebeu na área e mandou no travessão.

Aos 26, a melhor chance da etapa. Guerrón recebeu livre de marcação e tentou colocar, mas a bola passou ao lado. O equatoriano perdeu outra chance ao cabecear fraco e para fora. Aos 34, foi a vez de Diego Renan assustar o gol de Neneca em chute de longe.

O Santo André só assustou no primeiro tempo aos 43. Marcelinho Carioca cruzou para Nunes, mas cabeceou para fora. A Raposa explorava a cabeça de seus atacantes, mesmo sem ter um centro-avante fixo na área, e Thiago Ribeiro cabeceou novamente para fora. Se o 1° tempo faltou gols, eles sobraram no segundo tempo.

A equipe do ABC começou assustando a etapa. Pablo Escobar apareceu livre e chutou pela rede do lado de fora. Mas os gols perdidos dos azuis continuavam. Gilberto acertou, novamente, a trave de Neneca.

Depois de muitos erros, a torcida celeste ficou aliviada. Aos 13, Jonathan deu ótimo passe para Guerrón e o equatoriano tocou por baixo de Neneca, fazendo o gol de abertura do placar. 1 a 0.

Porém, o Santo André aproveitou dois vacilos da zaga azul e chegou a virada. Aos 17, Nunes driblou Caçapa e soltou a bomba para empatar o jogo. Aos 26, Ávine desceu livre e cruzou para Júnior Dutra completar para o gol. 2 a 1 Ramalhão.

Adilson Batista colocou o time para frente. Tirou Guerrón e Caçapa para a entrada do garoto Eliandro e Leandro Lima. A pressão azul aumentou e o garoto que fazia a sua estréia no profissional fez por merecer a entrada. Aos 36, Gilberto cruzou com perfeição para Eliandro empatar novamente a partida. Eram 10 minutos para se conseguir a virada e o sonho da Libertadores continuar.

O maestro Gilberto, o melhor em campo, saiu cansado para a entrada de Bernardo. E novamente, a alteração deu certo. Pois o meia que começou a jogada que passou por Jonathan e terminou na cabeçada de Thiago Ribeiro para virar o marcador, nos acréscimos da partida. Era o gol do alívio azul e o Mineirão explodiu em alegria. O gol foi contestado pelo time paulista, mas os três pontos eram do Cruzeiro.

O Resultado deixou a Raposa a um ponto da zona da Libertadores e poderá entrar nela no próximo domingo quando enfrenta o Fluminense, novamente, no Mineirão. Já o Ramalhão voltou a Zona de Rebaixamento e espera sair no domingo quando enfrenta o Grêmio no ABC.

Barueri quebra a invencibilidade do Flamengo com autoridade

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Por Gabriel Seixas

Dizem que tudo o que é bom, dura pouco. Mas a boa fase do Flamengo durou, e muito. Foram dez jogos sem derrota, mas esta série, mais cedo ou mais tarde, teria um fim. E o encarregado de quebrar essa invencibilidade foi o modesto Barueri, sem maiores pretensões no campeonato. O time paulista jogou de forma pragmática, aproveitando os erros do adversário, teve as melhores chances e, com justiça, venceu por 2 a 0. Por outro lado, o Flamengo sentiu muito a ausência de Petkovic, o principal jogador da equipe. Sem sua maior referência, o time ficou perdido em boa parte do jogo, e sucumbiu diante dos paulistas. E, com a derrota, o time não só continua fora do G-4, como cai para o 6º lugar na tabela, já que o Cruzeiro venceu e ultrapassou o rubro-negro. O Barueri soma 44 pontos e está em 11º, dentro da meta do time para o ano, que é se classificar para a Copa Sul-Americana. Os gols da vitória foram do artilheiro Val Baiano, que mandou pra longe a má fase e marcou seu 12º gol no torneio, e o meio-campo Everton.

O início do jogo foi bastante truncado, mas o Flamengo aproveitou-se de sua superioridade técnica e jogava melhor. Porém, o Barueri começou assustando aos 4 minutos, quando Thiago Humberto avançou pela esquerda, cortou pro meio e arriscou para o gol de Bruno, que fez a defesa. A resposta d time rubro-negro veio com Willians, que jogou mais avançado devida a ausência de Petkovic. Da intermediária, ele chutou forte, mas René espalmou.

Pouco depois, Airton marcou o primeiro gol do Flamengo, mas este foi anulado corretamente pelo auxiliar. Com o 0 a 0 novamente no marcador, a partida ficou muito fraca, com muitas faltas e jogadas concentradas pelo meio. A melhor chance só veio aos 35 minutos, e foi novamente de Thiago Humberto, do Barueri. De muito longe, ele obrigou Bruno a fazer uma linda defesa. Aliás, os chutes de fora da área foram muito explorados pelo time paulista, que tem o 4º melhor ataque do campeonato.

O Fla teve boa chance aos 44, quando Fierro avançou pela direita, e mesmo tendo duas opções na área, arriscou sem ângulo e obrigou René a fazer uma defesa não tão complicada assim. Héber Roberto Lopes determinou que o jogo fosse até aos 48 minutos, e foi justamente no minuto final do primeiro tempo que o Barueri abriu o placar. Thiago Humberto, impedido, aproveitou lançamento longo da intermediária. Ele dominou, chapelou Álvaro, e de cabeça, deu assistência para Val Baiano, que de primeira, tirou as chances de defesa de Bruno. Resultado justo, mesmo porque o Flamengo não fez muita coisa para merecer a vitória, ou mesmo o empate.

Pro segundo tempo, Andrade resolveu trocar o meia Fierro, inoperante durante todo o primeiro tempo – pra variar – para colocar o atacante Denis Marques. O time conseguiu ficar pior, mas mesmo assim, levou perigo aos 4 minutos, numa cabeçada de Adriano que René evitou o gol.

A partir daí, o Barueri começou a explorar o lado direito defensivo do Flamengo, com Márcio Careca e Thiago Humberto pelo setor. Os dois ameaçaram, respectivamente, aos 16 e 21 minutos, mas o lance teve o mesmo fim: ótima defesa de Bruno.

Em busca do empate, Andrade decidiu trocar o volante Maldonado, um dos poucos que ainda sustentava a defesa, para colocar o armador Erick Flores. Então, o time desandou de vez, e dois minutos depois, tomou o segundo gol. Everton tabelou com Thiago Humberto, e cara a cara com Bruno, tocou na saída do goleiro.

Os rubro-negros pareciam sem reação. Não buscaram o resultado, e pior, deram muita sorte por não terem tomado uma goleada. Bruno interceptou por várias vezes, numa delas aos 32 minutos, num chute violento de João Vitor que o goleiro mandou pra longe. Então, o técnico Luiz Carlos Goiano decidiu fechar o time, colocando o volante Márcio Hahn na vaga de Everton. Andrade respondeu com Toró no lugar de Juan, e o lateral deixou o campo irritadíssimo com o técnico, proferindo até mesmo palavrões.

A última chance veio com o melhor jogador do Barueri, Thiago Humberto. Na sua jogada clássica, ele avançou livre pela esquerda, e chutou cruzado rente ao gol de Bruno. Pelo que fez, principalmente no segundo tempo, o time paulista conseguiu uma vitória mais do que justa. O Flamengo, por sua vez, provou ser um time comum sem Petkovic, que sem dúvida, pode ter “decidido” a partida. Mas há de destacar o mérito dos donos da casa, que foram melhores durante boa parte do jogo.

Curtinhas:

- No confronto de desesperados, o Botafogo recebeu o Náutico, e no sufoco, conseguiu uma vitória pelo placar mínimo. O gol único foi do zagueiro Juninho, cobrando pênalti contestadíssimo pelos pernambucanos. No fim das contas, o time carioca saiu do Z-4, e pulou para o 16º lugar com 35 pontos somados. O Náutico, com três pontos a menos, é o 18º e continua cavando sua vaguinha na segunda divisão do ano que vem.

- Atlético-PR e Santos protagonizaram um jogo de dois times que não tem pretensão alguma no campeonato. Então, nada mais justo que um empate, em 1 a 1. Kleber Pereira marcou primeiro para os santistas, convertendo outro pênalti, que também foi duvidoso. Três minutos depois, o Furacão respondeu com o zagueiro Bruno Costa, e ficou nisso.

- Quem continua sonhando com a Libertadores é o Grêmio, que confirmou a campanha irretocável em casa com um 3 a 1 sobre o Avaí. Mesmo jogando com um a menos em boa parte do jogo, os gremistas marcaram com Tcheco, cobrando pênalti, Maxi López e Souza. Emerson diminuiu para os catarinenses, mas a diferença de gols e o tempo de jogo não permitiam uma reação. Os gremistas pularam para 7º, com 47 pontos, cinco a menos que o Internacional, 4º colocado.

- Por fim, o Vitória deu adeus a briga pela Libertadores com a derrota em casa para o Corinthians, por 1 a 0. Os paulistas, que já estão na maior competição continental, marcaram seu gol com o argentino Defederico, que fez seu primeiro gol com a camisa alvinegra. O time agora ocupa o 9º lugar, uma posição a frente do Vitória.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Cruzeiro vence e continua na briga

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Por Leonardo Martins


No fechamento da 31ª Rodada do Brasileirão, o Cruzeiro enfrentou o desmotivado Corinthians em São Paulo. A Raposa manteve o bom futebol ao vencer pelo placar mínimo e continua na briga pelo g-4.


O Cruzeiro contava com a volta de seu camisa 10, Gilberto, que estava suspenso. O Corinthians contava com a volta de Ronaldo ao comando de ataque.


Sem um meia de origem, o Corinthians apostou na movimentação de seus jogadores para passar pela barreira mineira formada pelos volantes Fabrício, Henrique e Marquinhos Paraná. Ronaldo, de volta após duas semanas de treinamentos, mostrou mais disposição e quase fez um golaço. Logo aos dois minutos, ele entortou Gil na área, driblou Cláudio Caçapa, mas foi travado no chute, e a bola saiu para escanteio. Aos oito, o Fenômeno marcou ao receber cruzamento de Edu pela esquerda, mas em impedimento, bem marcado pela arbitragem.


Preocupado mais com a defesa, o Cruzeiro deu pouco trabalho a Felipe. A primeira tentativa surgiu apenas aos 15 minutos, em chute de longa distância de Guerrón, que o goleiro alvinegro segurou. O equatoriano, aliás, teve pouco espaço para trabalhar, já que atuou centralizado na área, sempre acompanhado por Chicão ou William. Thiago Ribeiro e Gilberto eram as opções para os contra-ataques, porém, sempre com um número elevado de passes errados.


O marasmo só foi quebrado a partir dos 34 minutos. Diego Renan, uma das revelações da equipe mineira, fez boa jogada pelo lado esquerdo, avançou para o meio e chutou. Felipe pegou bem. O Corinthians respondeu pouco depois, aos 36, com uma grande oportunidade para Jorge Henrique. Dentinho cruzou da direita, a bola atravessou toda a área e sobrou para o atacante. Ele tentou pegar de primeira, mas a bola tocou no gramado antes e subiu muito, por cima da meta.


Quando conseguiu encaixar uma boa troca de passes, o Cruzeiro chegou ao gol, aos 40. Pelo lado esquerdo, Thiago Ribeiro passou para Marquinhos Paraná, que deu excelente passe para Fabrício. O volante cruzou para a área e Gilberto, atrás da linha da bola, apenas desviou para o gol. Os corintianos reclamaram impedimento, mas o gol foi legal.


No segundo tempo, o Corinthians reapareceu mais disposto, quase marcando nos primeiros minutos. Aos dois, Ronaldo recebeu de Alessandro e serviu Edu, que bateu à direita. Logo em seguida, aos quatro, Jucilei subiu de cabeça após cobrança de falta pela esquerda e assustou Fábio.


Com Fernandinho no lugar de Guerrón, o técnico Adilson Batista tentou dar mais velocidade ao Cruzeiro nos contra-ataques. Apesar do bom espaço dado pela defesa paulista, os mineiros não conseguiram encaixar uma saída rápida. Melhor para o Corinthians. Na chance mais perigosa, Ronaldo, aos dez, recebeu lançamento na área e desviou de cabeça para Jorge Henrique. De frente para Fábio, o baixinho cabeceou, mas o goleiro defendeu espetacularmente.


Mano Menezes também optou por trocar sua equipe em busca do empate. Dentinho, machucado, deu lugar ao argentino Defederico, enquanto Boquita substituiu Edu. As trocas, porém, não tiveram muito resultado. O Cruzeiro continuou dominando o meio de campo e dificultando a produção alvinegra no setor.


Mas, aos 28, o Cruzeiro ficou com um jogador a menos. Marquinhos Paraná e Fernandinho reclamaram de uma falta de Elias, e o clima esquentou. Vários jogadores trocaram empurrões, mas apenas Fernandinho, que já tinha cartão amarelo, recebeu o vermelho.


A vantagem fez o Corinthians se animar. Boquita, aos 37, recebeu passe de Jorge Henrique e chutou da entrada da área, quase acertando o ângulo esquerdo de Fábio. Mano Menezes tratou de reforçar o ataque, com Edno no lugar do volante Jucilei. Mesmo assim, o Corinthians teve problemas para criar. Ronaldo ainda lutou, mas já era tarde para buscar o empate. E O Time azul entra na briga pelo título brasileiro.

O Corinthians volta a campo na quarta-feira quando enfrenta o Vitória em Salvador. Já a Raposa recebe o perigado Santo André no Mineirão.


Curtinha


- O Avaí deu adeus a qualquer chance de Libertadores ao empatar em casa com o desesperado Sport por 2 a 2. Os pernambucanos continuam em situação perigosa na penúltima posição. O Leão poderia ter saído da ressacada com um excelente resultado, já que fez dois gols com Wilson e Luciano Henrique, no inicio de jogo. Ainda no primeiro tempo, Marquinhos diminuiu o placar. Na segunda etapa, Luis Ricardo empatou a partida para os mandantes.


Classificação

1° Palmeiras – 54pts

2° Atlético-MG – 53pts

3° Internacional – 52pts (15V)

4° São Paulo – 52pts (14V)

5° Flamengo – 51pts

6° Cruzeiro – 48pts

7° Goiás – 47pts

8° Grêmio – 44pts (12V e 18SG)

9° Vitória – 44pts (12V e 2SG)

10° Avaí – 44pts (11V)

11° Corinthians – 42pts

12° Barueri – 41pts (6SG)

13° Santos – 41pts (-2SG)

14° Atlético-PR – 39pts

15° Coritiba – 37pts

16° Santo André – 32pts (8V e -13SG)

17° Náutico – 32pts (8V e -17SG)

18° Botafogo – 32pts (6V)

19° Sport – 29pts

20° Fluminense – 27pts

domingo, 25 de outubro de 2009

Flamengo vence Botafogo, mas continua fora do G-4; Alvinegros amargam a “ZR”

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Por Gabriel Seixas

O clássico carioca que vem causando mais polêmica nos últimos anos teve capítulos importantes no estádio Engenhão, neste domingo. Botafogo e Flamengo se enfrentaram com objetivos distintos: o Bota precisava vencer para fugir da zona de rebaixamento, e vinha pressionado com as vitórias de seus concorrentes, Náutico e Santo André. Enquanto isso, o Flamengo entrava em campo sabendo que não tinha possibilidades de entrar na zona da Libertadores, mas uma vitória significava uma aproximação importante para o grupo dos quatro melhores. O momento distinto dos times ficou evidenciado: mesmo jogando “fora de casa”, o Flamengo venceu por 1 a 0. O gol do jogo foi do artilheiro do campeonato, Adriano. Com o resultado, os rubro-negros somam 51 pontos, em 5º lugar, e só dependem de si na próxima rodada para alcançar o G-4. Já o Botafogo despencou de 16º para 18º, e precisa não só vencer, como torcer por tropeços de adversários, se quiser deixar a zona.

Pelo lado alvinegro, Estevam Soares fez mistério, e parece que surpreendeu a todos. Ameaçou escalar apenas dois atacantes, mas foi com Jóbson, Reinaldo e André Lima para o confronto. Do lado rubro-negro, Andrade não tinha a disposição sua dupla de zaga titular, Ronaldo Angelim, suspenso, e Álvaro, contundido. Airton jogou mais uma vez no setor, e teve a companhia de Fabrício, que voltou da seleção sub-20. Na dúvida entre Lenon e Fierro no meio campo, melhor para o chileno.

O jogo foi tenso desde os bastidores. A escolha do estádio Engenhão para receber o clássico causou polêmica – foi a primeira vez que o estádio protagonizou este confronto -, sem contar o confronto da torcida do Flamengo com a Polícia do lado de fora, além do número do público presente ter sido menor do que o número de ingressos vendidos.

Aproveitando a superioridade técnica, o Flamengo se lançou à frente no início do jogo. Criou uma boa chance aos cinco minutos, quando Juan invadiu pela esquerda e cruzou para Fierro, que de primeira, mandou pra fora. Por sinal, os dois jogadores foram muito contestados pela torcida durante o jogo. Voltando ao jogo, no lance seguinte, Zé Roberto acertou um bom chute rente a trave de Jefferson, quando aproveitou rebote da defesa.

O jogo estava quente. Não demorou muito para Reinaldo dar o troco, em bom chute de longe que o goleiro Bruno mandou pra escanteio. O Fogão passou a se lançar mais ao ataque, e ameaçou num chute de Batista, que não levou tanto perigo. Em uma boa trama de Fierro – uma das poucas que o chileno acertou no jogo -, aos 24 minutos, ele lançou Zé Roberto, que cabeceou muito mal, por cima do gol.

Melhor em campo, o Flamengo se aproveitou de um erro defensivo botafoguense para abrir o marcador. Adriano aproveitou vacilo de Wellington, e no corpo, ganhou de Juninho e do próprio Wellington, para dominar e chutar sem chances para Jefferson. O público flamenguista, que esteve em pequeno número comparado a outros jogos, vibrou bastante com o artilheiro do campeonato, que tem 16 gols, e divide a artilharia com Diego Tardelli, do Atlético-MG.

E o Fla só não ampliou ainda no primeiro tempo porque Fierro perdeu outra grande oportunidade. Ele recebeu lançamento magistral de Petkovic, tabelou com Zé Roberto, e cara-a-cara com Jefferson, perdeu uma chance impressionante.

O Botafogo aproveitou o intervalo para modificar sua postura, e voltou melhor no segundo tempo. A primeira grande chance veio aos 6 minutos, num chute de André Lima que Bruno espalmou. Estevam Soares aproveitou para colocar o 4º atacante do Bota em campo, Victor Simões, no lugar do volante Batista. E ele teve boa chance aos 19 minutos, quando chutou forte para outra boa defesa de Bruno.

Até o momento, o Flamengo estava sabendo administrar com tranquilidade o jogo. Mas no momento em que Gil substituiu Petkovic, o time desandou. Ficou sem criatividade no meio-campo e deu espaço para o adversário jogar. Pior: ainda perdeu Pet para o próximo jogo, contra o Barueri, já que ele recebeu o terceiro cartão amarelo.

Aos 22 minutos, polêmica. O árbitro Antônio Silva Santos viu pênalti de Airton em André Lima, que não aconteceu. Polêmicas à parte, Lúcio Flávio foi para a cobrança, mas Bruno, em noite inspirada, evitou o gol. Fez-se justiça no Engenhão.

O desespero alvinegro ficou evidente, e o time parou de criar oportunidades. Jônatas e Renato entraram para mudar a postura do time, e conseguiram dar um novo gás. O Fla se fechava como podia, com Lenon e Wellinton nas vagas de Fierro e Juan. Apesar da retranca, o rubro-negro criou uma grande oportunidade em um contra-ataque, nos acréscimos. Zé Roberto desceu pelo flanco, chutou cruzado, mas Jefferson fez grande defesa. No rebote, Gil, sem goleiro, conseguiu a proeza de mandar pra fora. Por sorte, seu time ainda assim saiu com a vitória.

Jogaço na Vila e São Paulo encosta no líder

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Por Leonardo Martins


Foi um verdadeiro jogaço o clássico paulista entre Santos e São Paulo, na Vila Belmiro. Com muitos gols, emoção e polemicas, os são-paulinos se recuperaram da derrota para o Atlético-MG com uma espetacular vitória por 4 a 3 e voltaram a briga pelo título brasileiro.

O São Paulo não tinha o volante Richarlyson em seu lugar entrou o chileno Gonzalez, com isto Jean, que vinha jogando na ala direita, voltou para o meio campo. No lado santista tinha a volta de Paulo Henrique Ganso depois de um mês na seleção sub-20.

Os visitantes começaram o jogo em cima, mas encontraram um Santos também ofensivo, que aproveitou primeiro a falha da zaga adversária. Aos seis, Madson cobrou escanteio, Rodrigo Souto desviou para dentro da área e o substituto de Kleber Pereira, suspenso, André completou para o gol, abrindo o placar. 1 a 0 Santos.

O Tricolor não sentiu o gol e foi para cima dos santistas, com uma resposta mortal, conseguiu o empate. Aos 12, Hernanes sofreu falta na entrada da área e, na cobrança, o próprio camisa 10 bateu no ângulo de Felipe, marcando um belo gol de empate. 1 a 1.

As falhas da zaga continuavam no jogo de ambas equipes. Aos 26, foi a vez da são paulina falhar novamente. Madson cobrou escanteio e Rodrigo Souto, sozinho, testar para o fundo das redes. 2 a 1 e um grande jogo se estabelecia.

Hernanes quase empatou novamente, mas Felipe salvou com uma grande defesa o chute do meia. O jogo era muito corrido, os dois times atacavam o tempo todo. Aos 39, nova falha das defesas, agora a vez foi da defensiva santista. Hernanes, sempre ele, cruzou e o artilheiro Washington completou para o gol. Novo empate e prenuncio de um grande segundo tempo.

E ele veio, com muita disposição e velocidade de ambas equipes. Os gols também não faltaram, com mais qualidade, o São Paulo chegou a virada aos 14. Adrian Gonzalez cruzou e Jorge Wagner se antecipou à zaga e completou para o gol. Os tricolores, agora sim, viam o líder Palmeiras mais perto. 3 a 2.

Luxemburgo, ofensivo como é, colocou Robson e Jean no time peixeiro e o resultado logo veio. Aos 21, Triguinho cruzou com perfeição para Robson testar firme para o gol e empatar o jogo. 3 a 3.

Mas no minuto seguinte, o São Paulo passou, novamente, à frente do placar. Nova falta na área e o Capitão Rogério Ceni abandonou o gol e se apresentou para a cobrança. Foi competente na cobrança o goleiro, batendo a falta sem chances de Felipe. 4 a 3 Tricolor

O Santos partiu em busca do empate e teve a sua situação facilitada quando Jean foi derrubado por Rogério Ceni fora da área. Como era o último homem, o árbitro Carlos Eugenio Simon expulsou o camisa 1, que acusou o árbitro de perseguição contra ele. Perseguição contra Rogério ou não, o fato é que o São Paulo jogou com um a menos nos últimos minutos, levou pressão, mas o reencontro com a vitória após 3 jogos sem ela veio e a aproximação ao líder Palmeiras é um fato consumado.

O São Paulo, na próxima rodada, tem confronto direto dentro do G-4 contra o Inter, no Morumbi. Já o Santos vai a Arena da Baixada enfrentar o Atlético-PR.

Curtinhas (por Gabriel Seixas)

- No maior clássico do futebol do Sul, e um dos principais do futebol brasileiro, o Internacional venceu o Grêmio por 1 a 0, com um gol relâmpago de D'Alessandro aos dois minutos. Com o triunfo, o Inter permanece no G-4, em 3º com 52 pontos. O Grêmio soma apenas 44 pontos, e praticamente deu adeus a briga pela Libertadores.

- O Goiás desperdiçou uma grande oportunidade de encostar nos times do G-4 ao empatar, em casa, com o Fluminense por 2 a 2. No início do jogo, o time goiano mostrou não tomar conhecimento do lanterna do campeonato, e marcou dois gols em 18 minutos, com Iarley e Romerito. No finzinho da primeira etapa, Mariano marcou um gol importantíssimo para o Flu. No segundo tempo, com algumas alterações no time, os cariocas empataram. O argentino Ezequiel González saiu do banco de reservas para cobrar uma falta no ângulo de Harlei, empatando o jogo. O Goiás está agora a cinco pontos do G-4, somando 47 pontos, enquanto o Fluminense segue na lanterna, com 27 pontos.


- No estádio Couto Pereira, outro clássico sulista: Coritiba e Atlético-PR, vulgo "Atletiba". Os donos da casa, Coritiba, venceram por 3 a 2. O atacante argentino Ariel, do Coritiba, foi o nome do primeiro tempo: ele marcou um gol contra, aos 16, e dois minutos depois, fez um a favor. Na etapa final, o zagueiro Jeci virou para o Coxa aos 24. Pouco depois, Marcinho deixou tudo igual para o Atlético. Nos acréscimos, Marcos Aurélio (ex-Atlético-PR) acertou um belo chute e deu a vitória ao Coritiba, que sendo assim, se distancia da zona do rebaixamento, em 15º com 37 pontos. O Furacão está uma posição à frente, com 39 p

Série B – 32ª rodada – Indefinição? Talvez só na parte de baixo da tabela

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Por Gabriel Seixas

Parece clichê, mas a cada rodada que passa, a Série B do Campeonato Brasileiro fica mais emocionante. É bem verdade que esta rodada foi determinante para que quatro times praticamente assegurassem vaga na primeira divisão: Além de Vasco, Guarani e Ceará, que já estão folgados a algum tempo, quem disparou foi o Atlético-GO, que venceu e contou com tropeço dos adversários para se firmar no 4º lugar. Na parte de baixo, nota triste para Bahia e Fortaleza, dois times de tradição no cenário nacional, e que hoje vivem o drama de poder disputar a terceira divisão do ano que vem. Confira o tradicional resumo de todos os jogos desta rodada, que deixam a competição a seis jogos do final.

Atlético-GO 5x1 Brasiliense

Um inspiradíssimo Atlético Goianiense acabou com as esperanças do Brasiliense em 21 minutos (na verdade apenas seis, considerando o intervalo do 1º para o 4º gol). Bastou apenas isso para o time abrir 4 a 0 no placar, e só administrar para, no fim, golear por 5 a 1 e se firmar no G-4. O primeiro gol do Atlético saiu aos 15 minutos, com Wesley. No minuto seguinte, o zagueiro Antônio Carlos fez o segundo, de cabeça. Aos 19, quem apareceu foi Elias, em bela cobrança de falta de longa distância. Marcão, aos 21, roubou bola de Moacri no flanco direito, e mesmo sem ângulo, marcou o quarto gol na saída do goleiro Guto. Com o jogo na mão, os goianos ainda marcaram o quinto, no segundo tempo com Anaílson, que passou pelo goleiro antes de concluir. Fábio Júnior diminuiu para os candangos, mas era muito tarde. O Atlético se isolou em 4º lugar, com 56 pontos, dois a mais que o 5º colocado Figueirense. O Brasiliense tem 41 pontos, com uma diferença razoável para a zona de rebaixamento.

América-RN 4x0 Portuguesa

No Machadão, surpresa no placar. A Portuguesa, mesmo jogando fora de casa, era favorita, mesmo porque está brigando pelas primeiras posições. Porém, o América, que precisava do resultado para fugir da zona, foi eficiente e goleou surpreendentemente por 4 a 0. Com três minutos, Júlio Terceiro marcou o primeiro gol dos potiguares. O gol relâmpago permitiu ao time administrar no primeiro, para que na segunda etapa, o artilheiro Lúcio ampliasse a vantagem. Vagner Benazzi colocou a Lusa pra frente, mas quando o zagueiro Bruno Rodrigo foi expulso, o time desandou. Geovane, de peixinho e Berg, cobrando falta por cima da barreira, fizeram os últimos gols. O resultado permitiu ao América sair da zona de rebaixamento, em 16º com 32 pontos, enquanto a Portuguesa ficou mais longe do G-4, em 6º com 51 pontos, cinco a menos que o Atlético Goianiense, o último da zona de classificação para a Série A.

Ceará 1x0 Duque de Caxias

O Ceará jogou de forma pragmática, e sustentou sua posição no G-4 ao vencer o Duque de Caxias, em casa, por 1 a 0. Os cearenses forçaram o jogo no início, mas depois só administraram – mas passaram sufoco. O gol da vitória saiu logo aos 12 minutos: Preto cruzou da direita, e o craque do time, Geraldo, cabeceou para as redes. O jogo poderia ter sido mais tranquilo, não fosse a expulsão do volante Careca aos 6 minutos da etapa final, deixando o Ceará com um a menos. Com isso, os visitantes cresceram no jogo, mas não conseguiram o empate. O resultado não foi trágico para o Duque, afinal, o time permanece com uma boa vantagem para o Z-4. O Ceará é 3º colocado com 59 pontos, e não vai demorar a garantir uma vaga na Série A do ano que vem. Pelo menos é o que tudo indica.

Bragantino 4x1 Fortaleza

O Fortaleza sonhava com um resultado positivo jogando fora de casa, afinal, enfrentaria um time que tem poucas pretensões na competição. Mas o Bragantino fez o serviço de casa, e mesmo sem riscos de ser rebaixado, e com pouquíssimas chances de acesso, goleou o time cearense por 4 a 1. O primeiro tempo teve poucas chances de gol: então, os times apelaram para as bolas paradas, e nessa o Braga se deu melhor. Sérgio Manoel abriu o placar. Mas o que mais chamou atenção foi o desmaio do atacante Frontini, que dividiu a bola com o adversário e levou a pior. Ficou inconsciente por alguns minutos, e encaminhado a um hospital. No segundo tempo, Lúcio ampliou para o Bragantino. Quase imediatamente o Fortaleza respondeu, em cobrança de pênalti convertida por Marcelo Nicácio, artilheiro do time que teve de começar o jogo na reserva por ter poucas condições físicas. Precisando do empate, o Fortaleza deu espaços. O Braga aproveitou para marcar com Léo Jaime, e no finalzinho com Paulinho, quando os cearenses já tinham um jogador a menos. O Fortaleza aumenta ainda mais seu calvário, e já é o penúltimo, com 32 pontos. O Bragantino tem 46 pontos, dez a menos que o Atlético-GO, último do G-4, e 11 a mais que o Bahia, primeiro da zona do rebaixamento. Nem pra lá, nem pra cá.

Vasco 2x1 Bahia

A matemática ainda discorda, mas o Vasco já está praticamente de volta a Série A. Hoje venceu o Bahia por 2 a 1, jogando no Maracanã, chegou a 66 pontos e abriu 15 pontos para o 5º colocado. Caso o Vasco vença na próxima rodada, e Figueirense e Portuguesa tropecem, já está matematicamente na primeira divisão. Fagner marcou o primeiro gol no primeiro tempo, quando recebeu passe de Élton, e de canhota, completou pro gol. Na etapa final, melhor em campo, o Vasco ampliou com o artilheiro da Série B, Élton, que dominou e pegou de primeira, marcando um golaço. Pouco depois, Paulo Isidoro diminuiu o placar, mas não o drama do Bahia, que está na zona do rebaixamento em 17º com 35 pontos.

Guarani 1x0 ABC

Bem como o Vasco, outro time muito próximo de garantir matematicamente na Série A do ano que vem é o Guarani. Os bugrinos se isolaram ainda mais na vice-liderança com uma vitória pelo placar mínimo sobre o ABC, que por sua vez, é o vice-lanterna da segundona. O Guarani jogou melhor no primeiro tempo, mas também passou aperto com os contra-ataques dos potiguares. Porém, no segundo tempo, a bola finalmente entrou. E foi com o artilheiro Ricardo Xavier, que recebeu passe de Caíque e tocou pro gol, de cabeça. A partir daí, foi só administrar a boa vitória, que deixa o time ainda mais confortável na tabela. O ABC continua passando apuros, agora a cinco pontos do 16º colocado, posição que deixaria o time fora do Z-4.

Figueirense 1x2 Ponte Preta

Deu zebra no Orlando Scarpelli. O Figueirense precisava da vitória para encostar no 4º colocado, Atlético Goianiense, mas deu bobeira e saiu derrotado por 2 a 1. Quanto aos paulistas, devem mesmo apenas cumprir tabela até o final, pois o acesso continua sendo muito improvável. A Ponte jogava mal, passava sufoco, mas foi eficiente e na sua primeira grande chance, marcou com Evando, no finzinho do primeiro tempo. O Figueira foi pra cima no segundo tempo, mas abusou de perder oportunidades, e não segurou o contra-ataque que terminou com conclusão certeira de Lins. Fernandes só descontou para o Figueirense aos 41 minutos, e foi só. A diferença dos catarinenses para o G-4 é de cinco pontos, mas tem a seu favor confrontos relativamente fáceis até o fim do campeonato. Mas ficou difícil almejar a primeirona do ano que vem.

Campinense 2x3 Vila Nova

O palco perfeito e uma vantagem razoável obtida ainda no primeiro tempo tinha tudo para deixar o Campinense com esperanças de enxergar os times de fora da zona de rebaixamento mais perto. Mas uma virada espetacular no segundo tempo deu a vitória ao Vila Nova, por 3 a 2, que praticamente rebaixou os donos da casa. O Campinense abriu o placar no primeiro minuto, com Fábio Santana, e ampliou no finzinho da etapa inicial com o goleador Edmundo, cobrando pênalti. Na hora de administrar o placar, um desastre: Willian e Ednaldo, dois jogadores que entraram durante o jogo, empataram a partida. E o inspirado Willian ainda tratou de marcar o gol da vitória aos 36 minutos Com 30 pontos, na última posição da Série B, o Campinense está praticamente rebaixado. Uma estreia desastrosa na segunda divisão, e vai ter que ralar muito se quiser voltar no ano que vem.

São Caetano 1x2 Paraná

Um jogo com cara de amistoso. Assim conferimos São Caetano e Paraná, no Anacleto Campanella. Duas equipes praticamente sem aspirações no campeonato, e na base do “seja o que Deus quiser”, o Paraná se deu melhor e venceu por 2 a 1. O primeiro tempo foi equilibrado, com leve vantagem para os visitantes, mas os gols só saíram mesmo na etapa final. Xuxa recebeu cruzamento de Cascata e abriu o placar para o São Caetano, que naquele momento, ficava a oito pontos do G-4 – acesso improvável, mas possível. Mas o Paraná estragou a festa da torcida azul, e virou o jogo com Marcelo Toscano e Davi. As duas equipes somam 45 pontos, dez a mais que o Bahia, primeiro da zona do rebaixamento, e onze a menos que o Atlético-GO, último do G-4.

Ipatinga 0x1 Juventude

Quem conseguiu assistir aos 90 minutos do confronto entre Ipatinga e Juventude merece uma placa no estádio Ipatingão. No jogo da noite, pouco futebol e muito sono e deficiências técnicas dos dois times. O menos pior, Juventude, venceu por 1 a 0. Walker marcou o gol, aos 24 da segunda etapa. O Ipatinga sofreu com diversos problemas durante essa semana, dentre eles a demissão inexplicável do técnico Emerson Ávila. Sem contar a irritação da torcida com o atacante Marcelo Ramos, que não marca há oito jogos, foi substituído e xingou o treinador. Os dois times somam 40 pontos – além do Duque de Caxias, que tem a mesma pontuação -, mas os gaúchos levam vantagem por ter 11 vitórias, contra 10 do Ipatinga. Então, o Juventude é 13º, e o Ipatinga, 15º.

Classificação (após 32 rodadas):

1º Vasco – 66
2º Guarani – 62
3º Ceará – 59
4º Atlético/GO – 56

5º Figueirense – 51 (16 vitórias)
6º Portuguesa – 51 (15 vitórias)
7º Ponte Preta – 49
8º Bragantino – 46
9º São Caetano – 45 (13 vitórias, saldo 13)
10º Paraná – 45 (13 vitórias, saldo -8)
11º Vila Nova – 42
12º Brasiliense – 41
13º Juventude – 40 (11 vitórias, saldo 0)
14º Duque de Caxias – 40 (11 vitórias, saldo -9)
15º Ipatinga – 40 (10 vitórias)
16º América-RN – 36
17º Bahia – 35
18º Fortaleza – 32
19º ABC – 31
20º Campinense – 30

sábado, 24 de outubro de 2009

Atlético-MG bate o Vitória e cola no líder Palmeiras

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Por Gabriel Seixas

O Atlético não fez uma partida brilhante, mas como o que vale é a vitória, o objetivo foi alcançado. Pragmático, venceu o Vitória, no Mineirão, por 1 a 0. O gol foi do artilheiro Diego Tardelli, aos 27 minutos do primeiro tempo. O mesmo Tardelli ainda perdeu um pênalti na etapa final, mas no fim das contas, não foi motivo para lamentação. O Vitória pareceu ter sentido os desfalques, pouco saiu pro jogo, esbarrando nas próprias limitações técnicas. Resultado: deu adeus a briga pela Libertadores, em 9º lugar com 44 pontos, podendo cair mais duas posições. O Galo é vice-líder com 53 pontos, um a menos que o Palmeiras, que já jogou nesta rodada – perdeu na quarta-feira para o Santo André.

Celso Roth montou uma equipe muito defensiva para quem precisava do resultado para sustentar a vice-liderança – e, consequentemente, encostar no líder. Jonílson, Serginho e Márcio Araújo fizeram uma trinca de volantes, e o terceiro, que destes é o que mais sai pro jogo, não estava inspirado. A esperança ficou por conta da dupla de ataque formada pelo artilheiro Diego Tardelli, e pelo colombiano Rentería, que ganhou mais uma chance como titular.

Enquanto isso, Vagner Mancini sofria para escalar o time do Vitória. Os armadores Ramon e Leandro Domingues desfalcaram novamente a equipe, que ainda jogou sem o volante Vanderson e o lateral Apodi, um dos destaques da equipe. Sem contar que a fase do artilheiro Roger não é das melhores. Um empate já era bom negócio.

O jogo começou muito ruim, com muitos passes errados e concentração de jogadas pelo meio. O Vitória, que tem como característica a jogada pelos flancos, sentiu a falta de Apodi, válvula de escape do time. No Atlético, o problema era fazer a bola chegar a Diego Tardelli. O encarregado de armar jogadas, Ricardinho, não deu conta de tudo sozinho.

Mas quando o time finalmente acertou uma jogada, conseguiu marcar o gol. Diego Tardelli recebeu na meia-lua e bateu cruzado, de perna esquerda, sem chances para o goleiro Viáfara. O gol foi importante não só para impedir uma zebra no Mineirão, mas também para colocar a própria torcida a seu favor, já que a mesma se mostrava impaciente. Além de ter sido importante para o próprio Tardelli, que se isolou na artilharia do Campeonato Brasileiro com 16 gols.

Com o gol marcado, o Atlético começou a sair com mais tranquilidade pro jogo, e teve uma boa chance de sair pro intervalo com um placar mais elástico. Serginho recebeu bom passe de Ricardinho e chutou forte para o gol de Viáfara, que por sua vez, fez grande defesa. No fim das contas, a massa atleticana, que lotou o Mineirão, esperava o intervalo mais tranquila.

No segundo tempo, Vagner Mancini fez duas substituições: trocou o lateral Nino pelo atacante Neto Berola, e outro atacante, Leandrão, substituiu o criticado Roger. Era uma promessa de nova postura do time baiano, pra sair com pontos do Mineirão. Uélinton, aos 4 minutos, arriscou de fora da área mas errou o alvo.

Sempre eficiente, Diego Tardelli teve ótima chance de ampliar sua vantagem na artilharia. Ele recebeu lançamento de Coelho e bateu de virada, tirando tinta da trave de Viáfara.

Vaiado pela própria torcida, o Atlético começou a sentir a pressão. Mesmo assim, continuava criando chances. Aos 17, Thiago Feltri avançou e bateu na saída de Viáfara, que fez outra defesa. Roth decidiu colocar Renan e Marques (que voltava ao time depois de um longo tempo parado) em campo, nos lugares de Coelho e Rentería.

A melhor chance do empate do Vitória surgiu aos 24 minutos. Leandrão chutou forte e obrigou Carini a fazer boa defesa. No rebote, Gláucio acertou a trave, e provavelmente, se lamentou pela chance perdida durante todo o jogo. O castigo veio cinco minutos depois, quando Diego Tardelli foi derrubado na área, e o pênalti foi marcado.

O Galo tinha mais uma chance de amenizar a pressão da torcida sobre o time. E as esperanças estavam depositadas nos pés de Diego Tardelli. Mas o artilheiro mandou pra fora. Desespero dos mais de 57.000 torcedores, que estavam em consenso de que o jogo poderia ter acabado já naquele lance. Tardelli desperdiçou grande chance de se isolar ainda mais na artilharia.

Por sorte, o Vitória não fez nada. Aliás, fez. O lateral Leandro, inconformado com a arbitragem, reclamou e foi expulso. O jogo ficou ainda mais fácil para o Atlético, que no último minuto, perdeu uma chance incrível de ampliar: Marques driblou o goleiro e rolou para Evandro, que embaixo da trave, chutou por cima do gol. A vitória veio, mas a torcida saiu inconformada. Poderia ser uma goleada, não fosse a falta de inspiração dos jogadores atleticanos.

Curtinha:

- No outro jogo do sábado, o Náutico venceu o Barueri em casa por 2 a 1, mas não conseguiu sair da zona de rebaixamento. Pelo menos igualou o número de pontos do Santo André, primeiro time fora da zona. O Timbu abriu o placar com Bruno Mineiro, que em seis jogos pelo clube, marcou seu sexto gol. Márcio Careca empatou para os paulistas no início da segunda etapa, mas Patrick selou a vitória do Náutico. A vantagem poderia ter sido maior, não fosse o pênalti desperdiçado por Carlinhos Bala no fim do jogo. Os pernambucanos estão agora em 17º, e contam com um tropeço do Botafogo para permanecer nesta posição.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Liga Europa – 3ª rodada – Muitos gols e show de brasileiros na Europa

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Por Gabriel Seixas

A Liga Europa, como de costume, teve rodada cheia na quinta-feira. Pra variar, os brasileiros atacaram mais uma vez. O principal jogo que foi pintado de verde amarelo, pra variar, foi em uma vitória do Shakhtar Donetsk, ucraniano que é o atual campeão. Nada menos que três dos quatro gols do time foram marcados por brazucas, na goleada sobre o Toulouse por 4 a 0. No mais, destaque para a má fase de times grandes como Roma e Villarreal, que pra variar, não venceram. Confira um resumo especial dos 12 grupos que formam esta fase, com o melhor de tudo que aconteceu em todas as partidas.

Grupo A

Passadas três rodadas, o Ajax finalmente venceu sua primeira partida na Liga Europa. O time venceu o Dinamo Zagreb por 2 a 1 e agora figura na zona de classificação da competição. O atual chuteira de ouro da Europa, Luis Suárez, abriu o placar cobrando pênalti sofrido por ele mesmo. Rommedahl aumentou aos 35 do segundo tempo, aproveitando assistência de Suárez. E quando Tomecak, em bela jogada individual, diminuiu para o Zagreb no último minuto da etapa final, já era tarde pra uma reação.

No outro jogo, o Anderlecht segurou um empate fora de casa contra o FC Timisoara e manteve a liderança do grupo. Pior para os romenos, que tem apenas dois pontos conquistados em três jogos.

Classificação:

1º Anderlecht - 5
2º Ajax - 5
3º Dinamo Zagreb - 3
4º FC Timisoara – 2

Grupo B

O Lille continua na ponta da tabela, superando adversários fortes como Valencia e Genoa no grupo. Inclusive o segundo se atreveu a enfrentar o Lille fora de casa, e foi sapecado por 3 a 0. Os franceses marcaram no primeiro tempo com Obraniak, aos 38 minutos. Vittek e Hazard, no segundo tempo, completaram a goleada que deixa o time com 7 pontos em 9 disputados.

No outro jogo, o “mistão” do Valencia foi surpreendido pelo Slavia Praga, e em casa, só empatou por 1 a 1. Naumov marcou o primeiro gol dos visitantes aos 27 minutos, aproveitando o desentrosamento dos reservas valencianistas. No segundo tempo, Unai Emery lançou alguns titulares, e conseguiu a reação com David Navarro, escorando cobrança de falta. Ainda sobrou tempo para Ragued, do Slavia, e David Villa, do Valencia – que começou no banco – serem expulsos.

Classificação:

1º Lille - 7
2º Valencia - 5
3º Genoa - 3
4º Slavia Praga – 1

Grupo C

O confronto dos gigantes do grupo, Celtic e Hamburgo, não ficou devendo. No fim das contas, melhor para os alemães, que fora de casa, venceram pelo placar mínimo. O único gol foi marcado pelo sueco Marcus Berg, aos 18 do segundo tempo. O Hamburgo assumiu, desta forma, a liderança do grupo. A fase é tão boa que os alemães também lideram o campeonato local, ao lado do Bayer Leverkusen. Os escoceses, até aqui, são uma das maiores decepções da Liga Europa: conquistou 1 ponto em 9 disputados. Faz uma péssima campanha à lá Rangers na Liga dos Campeões. Que fase do futebol escocês, que também, pra variar, não terá a seleção nacional na Copa.

O Rapid Viena, que até então era o líder isolado, foi surpreendentemente goleado pelo Hapoel Tel-Aviv, fora de casa, por 5 a 1. Os austríacos, apesar de serem visitantes, eram francos favoritos. Mas o Hapoel começou dando as caras aos 30 minutos, em gol de Dober, contra. Dois minutos depois, Hofmann empatou. No segundo tempo, o jogo foi completamente do Hapoel. Menteshashvilli marcou o segundo num chutaço de fora da área. Em jogada individual, Shechter aumentou. E o capitão Vermouth e Lala fizeram os últimos gols que deram a goleada.

Classificação:

1º Hamburgo - 6
2º Hapoel Tel-Aviv - 6
3º Rapid Viena - 4
4º Celtic – 1

Grupo D

No grupo que se caracteriza por não ter muitos gols, nesta rodada não foi diferente. O Hertha Berlim, em franca decadência – é atualmente o lanterna do Campeonato Alemão – continua sem vencer. Pior: perdeu em casa, para o Heerenveen, por 1 a 0. O gol dos holandeses foi da revelação argentina Losada, aos 36 do primeiro tempo. Na etapa final, Janmaat foi expulso para o Heerenveen, e obrigou o time a se fechar na defesa. A sorte foi que, no último minuto, Ebert igualou o número de jogadores dos times quando foi expulso pelo Hertha.

No caminho inverso do Hertha, aparece o Sporting, com 100% de aproveitamento. A terceira vitória foi contra o Ventspils, da Letônia, por 2 a 1, mesmo sem jogar bem. Miguel Veloso marcou para o Sporting logo aos seis minutos, num belíssimo gol olímpico. A vantagem foi mantida até aos 20 do segundo tempo, quando em cobrança de pênalti, Laizans empatou. Faltando cinco minutos para o fim, o meia da seleção portuguesa, João Moutinho, completou a sofrida vitória, em outro belíssimo gol, num chute forte de fora da área.

Classificação:

1º Sporting - 9
2º Heerenveen - 4
3º Ventspils - 2
4º Hertha Berlim – 1

Grupo E

O Basel recuperou a liderança do Grupo E, com uma importante vitória sobre o CSKA Sofia, fora de casa, por 2 a 0. Os gols foram marcados por Alexander Frei, um em cada tempo. Os suíços são uma das zebras do campeonato, superando os favoritos Roma e Fulham.

Falando em Fulham e Roma, hoje os times se enfrentaram em Londres, e empataram em 1 a 1. O jogo prometeu ser um dos melhores da rodada, mas ficou devendo no aspecto técnico. Mesmo assim, sobrou emoção: os donos da casa marcaram primeiro com Hangeland, aos 24 do primeiro tempo, aproveitando cobrança de escanteio. Na etapa final, Kelly cometeu pênalti em Riise e foi expulso pelo Fulham. Na cobrança, Menez (que substituiu o astro Totti na escalação inicial) parou em Schwarzer. O gol salvador veio no último minuto da etapa complementar, marcado por Andreolli, num lindo chute dentro da área, dando um pontinho para a Roma, que no momento está fora da zona de classificação.

Classificação:

1º Basel - 6
2º Fulham - 5
3º Roma - 4
4º CSKA Sofia – 1

Grupo F

Jogando em casa, os favoritíssimos Galatasaray e Panathinaikos venceram em seus respectivos jogos no Grupo F. Começando pelo Galatasaray, que goleou o Dinamo Bucareste por 4 a 1. Kewell e Nonda abriram 2 a 0 ainda no primeiro tempo. Nonda marcou o segundo dele no início da etapa final. O brasileiro Elano, cobrando pênalti, ampliou. Com o jogo na mão, os turcos relaxaram, e permitiram o gol de honra dos romenos, marcado por N’Doye.

O Panathinaikos não teve tanta facilidade, mas venceu o Sturm Graz, da Áustria, por 1 a 0. O gol foi de pênalti, marcado pelo artilheiro Salpiggidis aos 15 minutos da etapa complementar. Vale destacar que o pênalti foi sofrido pelo próprio Salpiggidis. O Panatha está a um ponto do líder Galatasaray, mas se isolou na vice-liderança.

Classificação:

1º Galatasaray - 7
2º Panathinaikos - 6
3º Dinamo Bucareste - 3
4º Sturm Graz – 1

Grupo G

Um dos três times com 100% de aproveitamento até o momento na Liga Europa é o surpreendente Salzburg. Em um grupo que conta com times grandes, como Villarreal e Lazio, quem mandam são os austríacos. A mais nova vitória foi obtida contra o Levski Sofia, em casa, por 1 a 0. E dessa vez o artilheiro Janko passou em branco: Svento fez o gol decisivo.

O jogo dos favoritos Lazio e Villarreal, seguramente foi um dos melhores da rodada. Os italianos sofreram para vencer os espanhóis por 2 a 1. Zárate conseguiu tirar o equilíbrio da partida aos 20 minutos, abrindo o placar para a Lazio. Aos 40 do primeiro tempo, o uruguaio Eguren empatou de cabeça. E com Matuzalém expulso no segundo tempo, parecia impossível a Lazio sair com os três pontos do estádio Olímpico. Parecia. Porque Rocchi, aos 47 do segundo tempo, fez o gol decisivo.

Classificação:

1º Salzburg - 9
2º Lazio - 6
3º Villarreal - 3
4º Levski Sofia – 0

Grupo H

A monotonia do Grupo H foi razoavelmente quebrada nesta 3ª rodada. O antigo líder do grupo e atual 1º colocado do Campeonato Holandês, o Twente, perdeu fora de casa para o Sheriff, da Moldávia, por 2 a 0. A primeira vitória do Sheriff foi construída aos 41 minutos, com Balma. No último minuto do segundo tempo, mesmo levando pressão, França marcou o gol decisivo.

No outro jogo do grupo, o Fenerbahçe aproveitou a fama de “visitante indigesto”, e foi até a Romênia para vencer o Steaua Bucareste pelo placar mínimo. O gol da vitória foi marcado pelo turco Kazim-Richards, aos 14 do segundo tempo. Foi a segunda vitória dos turcos, recuperando-se da derrota em casa para o Twente na rodada anterior.

Classificação:

1º Fenerbahçe - 6
2º Sheriff - 4
3º Twente - 4
4º Steaua – 1

Grupo I

No jogo de menor holofote do grupo, o BATE Borisov conseguiu sua primeira vitória na competição, vencendo em casa o AEK Athens de virada por 2 a 1. Os gregos abriram o placar com Ismael Blanco, cobrando pênalti. No segundo tempo, Pavlov empatou e manteve vivas as esperanças do BATE. Pra melhorar, dois minutos depois, Majstorovic foi expulso pelo AEK. Aí ficou melhor: Alumona, aos cinco minutos do fim, marcou o gol da primeira vitória do BATE na competição. O AEK ainda teve Arce expulso – foi a terceira expulsão do time grego em três jogos disputados na Europe League.

O outro jogo, entre Benfica e Everton, tinha tudo pra ser muito equilibrado. Mas ficou só na teoria. Os portugueses foram melhores do início ao fim, e golearam por nada mais, nada menos que 5 a 0. Mas o time só marcou um dos cinco gols no primeiro tempo, através do argentino Saviola, completando cruzamento de primeira. Na etapa final, uma avalanche: com três minutos do segundo tempo, Cardozo já havia marcado dois gols que deixou o Benfica com 3 a 0 de vantagem. O brasileiro e capitão do time, Luisão, aumentou de cabeça. Saviola ainda marcou mais um aos 38, só para fechar o caixão do decepcionante Everton, que perdeu sua invencibilidade na competição. O Benfica, com cinco gols de jogadores sul-americanos, assumiu a liderança. Além dos que marcaram gols, destaque para o argentino Di Maria, que incomodou demais a defesa adversária, e foi autor de duas assistências para gol.

Classificação:

1º Benfica - 6
2º Everton - 6
3º BATE Borisov - 3
4º AEK – 3

Grupo J

O Shakhtar continua impossível. A campanha no Grupo J é sensacional: 3 jogos, 3 vitórias, 12 gols marcados e só 2 sofridos. Hoje, goleou o bom time do Toulouse por 4 a 0. Pelo lado do time francês, o técnico Alain Casanova deixou jogadores importantes como Sissoko, Paulo Machado e até mesmo o artilheiro Gignac no banco de reservas. O castigo veio praticamente todo no primeiro tempo: Fernandinho, cobrando pênalti, marcou o primeiro do Shakhtar. Luiz Adriano marcou outro gol brazuca do time ucraniano na rodada, driblando o goleiro antes de concluir. Aos 24, e o tcheco Hübschman aumentou aos 38. No segundo tempo, Luiz Adriano marcou mais um aos 11 minutos, de letra, e completou a goleada que deixa os ucranianos praticamente na próxima fase.

O vacilo do Toulouse foi aproveitado pelo Club Brugge, novo vice-líder do grupo. Os belgas venceram com tranquilidade o Partizan, em casa, por 2 a 0. Perisic, que havia marcado o gol salvador do empate contra o Toulouse na rodada passada, marcou os dois gols hoje, um em cada tempo: aos 4 do primeiro e aos 13 do segundo.

Classificação:

1º Shakhtar Donetsk - 9
2º Club Brugge - 4
3º Toulouse - 4
4º Partizan – 0

Grupo K

Este grupo se assemelha muito a D e H pelo fato de não contar com muitos gols nas suas rodadas. Hoje foram apenas três em dois jogos. Um foi marcado por um brasileiro: Jonathan Reis, que já fez seu terceiro gol na competição. Ele já havia perdido um pênalti sofrido por ele mesmo aos 33 do primeiro tempo, mas aos 27 da etapa final, marcou o gol da vitória do PSV sobre o FC Kobenhavn, da Dinamarca, aproveitando assistência do húngaro Dzsudzsák.

Os outros dois foram do Sparta Praga, que derrotou o CFR Cluj por 2 a 0. Em 32 minutos, os tchecos decidiram o jogo com gols de Kucka, de cabeça (sem trocadilhos), e Hubnik. Os romenos pouco fizeram, e não mereceram um improvável empate.

Classificação:

1º PSV - 7
2º Sparta Praga – 4
3º CFR Cluj - 3
4º Kobenhavn – 3

Grupo L

O Werder Bremen vacilou, chegou a estar ganhando do Austria Viena fora de casa por 2 a 0, mas entregou o jogo, empatando em 2 a 2. Pizarro foi o grande destaque dos alemães, marcando os dois gols do time. Detalhe: os gols do atacante peruano foram os 19 do primeiro e do segundo tempo. Mas o time austríaco buscou forças para reagir: Sulimani diminuiu aos 27 minutos, após boa trama na intermediária e um belo chute rasante no canto do goleiro Wiese. E faltando três minutos para o fim do tempo regulamentar, Schumacher deixou tudo igual, de cabeça.

Completando o grupo, o Athletic Bilbao se isolou na vice-liderança com uma vitória de virada sobre o Nacional, em casa, por 2 a 1. Os visitantes surpreenderam, e no contra-ataque, marcaram com Ruben Micael aos 43 do primeiro tempo. Os bascos foram pra cima, e na base do abafa, conseguiram a virada. O capitão Exteberría marcou aos 25 do segundo tempo, e o artilheiro Llorente, quinze minutos depois, decretou a vitória do Bilbao.

Classificação:

1º Werder Bremen - 7
2º Athletic Bilbao - 6
3º Austria Viena - 2
4º Nacional – 1