sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Galo vacila em casa

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Por Leonardo Martins

O Atlético-MG mostra sinais de enfraquecimento dentro do Campeonato. Na noite de ontem, no Mineirão, a equipe alvinegra fez 2 a 0 diante do Avaí, mas cedeu o empate no fim. Um resultado frustrante para a torcida alvinegra que compareceu ao Estádio.

O Galo contou com a estréia do colombiano Rentería, mas o jogador teve a ingrata missão de substituir o artilheiro Diego Tardelli. Pelo lado catarinense, Silas manteve a equipe que arrancou sensacionalmente no Campeonato Brasileiro.

No 1° tempo, o jogo foi sonolento e fraco, mas o Galo foi melhor. Porém, quem teve a 1ª chance foi o Avaí. Werley cortou mal cruzamento e Edson teve que consertar o erro ao fazer a defesa. Depois só deu Galo, Renteria e Marcos Rocha exigiram boa defesa de Eduardo Martini.

Depois desse inicio, o Avaí encaixou uma marcação eficiente, cabendo ao Galo chutar de longe, mas o pé estava descalibrado, principalmente Èder Luis e Carlos Alberto. O destaque do 1° tempo foi o goleiro Eduardo Martini. Quando a marcação falhava, lá estava ele para salvar, como nos dois chutes do estreante da noite.

O Galo voltou arrasador no segundo tempo e não teve Eduardo Martini que evitara o gol. Aos 2, Éder Luis avançou em contra-ataque rápido, driblou o goleiro e chutou para o gol vazio. Novamente, o Galo usou a velocidade para ampliar o placar, cinco minutos mais tarde. Renan Oliveira avançou e driblou Eduardo, mas viu Marcos Rocha aparecendo do seu lado e resolveu presentear o lateral com o gol. 2 a 0 e festa atleticana no Mineirão.

Aos 9, foi a vez de Edson trabalhar após cobrança de falta. Na sequência, Renan Oliveira fez jogada semelhante ao do gol, mas Éder Luis acertou a trave e desperdiçou a chance de matar o jogo. Na base do “Quem não faz, leva”, o Avaí diminuiu o marcador aos 17. Eltinho arriscou bom chute e acertou sem chance para fazer o 1° dos catarinenses.

O Avaí, a partir daí, passou a dominar o jogo e o Galo começou a administrar perigosamente o jogo. Parou de atacar, prova disto é a troca de Renteria por Wellington Saci. O resultado disto foi doloroso para os mineiros. O gol de empate. Aos 45, Odair foi lançado, trombou com o goleiro Edson e a bola entrou mansamente no gol. e se foi a chance atleticana de voltar ao G-4.

O Galo vai a Porto Alegre enfrentar o Grêmio e o Avaí recebe o Flamengo em Florianópolis.

Outro jogo

Náutico 2x0 Goiás
Leandro Eusébio(contra) e Anderson Lessa

Classificação após 20 rodadas

1° Palmeiras – 37pts
2° São Paulo – 36pts
3° Goiás – 35pts
4° Internacional – 33pts (10V)**
5° Atlético-MG – 33pts (9V)*
6° Corinthians – 31pts (9V)
7° Barueri – 31pts (8V e 11SG)
8° Avaí – 31pts (8V e 6SG)
9° Grêmio – 28pts (8V e 10SG)
10° Vitória – 28pts (8V e -1SG)
11° Santos – 28pts (7V)*
12° Flamengo – 27pts
13° Cruzeiro – 24pts (-8SG)
14° Atlético-PR – 24pts (-9SG)
15° Coritiba – 22pts
16° Santo André – 21pts (-7SG)
17° Náutico – 21pts (-13SG)
18° Botafogo – 20pts
19° Fluminense – 15pts
20° Sport – 13pts

Próxima rodada

Amanhã – 18h30
Palmeiras x Internacional
Santo André x Coritiba
Sport x Vitória

Domingo – 16h
Fluminense x Barueri
Grêmio x Atlético-MG
Atlético-PR x São Paulo
Corinthians x Botafogo

18h30
Avaí x Flamengo
Cruzeiro x Náutico
Goiás x Santos

* Jogo a menos

Cruzeiro inicia returno com vitória; Flamengo perde mais uma e dá sinais de crise

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Por Gabriel Seixas

O futebol carioca vive um momento delicado na Primeira Divisão. Já não bastassem Botafogo e Fluminense na zona do rebaixamento, é a vez do Flamengo cair ladeira abaixo na tabela do campeonato. A situação ficou complicada com a segunda derrota consecutiva do time, dessa vez no Maracanã para o Cruzeiro, por 2 a 1. Emerson abriu o placar para o rubro-negro, que saiu para o intervalo em vantagem. Mas Diego Renan e Fabrício, no segundo tempo, viraram o jogo para o time de Minas, que aumentou sua série invicta para 3 jogos e parece ter finalmente acordado no Brasileirão. O time agora ocupa a 13ª colocação com 24 pontos, enquanto o Flamengo soma 27 pontos, e está uma posição acima.

Garotada de um lado, improvisações do outro

Andrade tinha diversos problemas para montar o time pro jogo de hoje. Os laterais titulares, Juan e Léo Moura, já viraram desfalques constantes. Kléberson é outro desfalque sério, e não volta até o início da próxima temporada. Petkovic, que não atuou na rodada passada, novamente não teve condições de atuar. Já o zagueiro Wellinton e o meia Everton estavam suspensos, somando seis titulares fora do confronto. O jeito foi apelar para a garotada. Fabrício, Everton Silva, Lenon e Jorbison, todos formados na base, atuaram desde o início do jogo.

Do lado de lá, Adílson Batista inovou. Para suprir a ausência de Jonathan, suspenso, o treinador escalou o zagueiro Gil, recém-contratado do Atlético Goianiense como terceiro zagueiro, soltando ora Fabrício, ora Marquinhos Paraná pela ala direita. Wellington Paulista também não atuou, e deu lugar a Thiago Ribeiro, contestado pela torcida mineira.

Emerson por pouco não foi embora... e por pouco não decidiu o jogo

O primeiro tempo chuvoso não chamou a atenção de quem foi ao Maracanã, afinal, nenhum dos times tinha a partida sob controle. O Flamengo incomodava mais, principalmente com Emerson, que viveu uma semana de despedida da Gávea, mas acabou permanecendo no clube. Mas a primeira jogada de real perigo veio com Adriano, recém-convocado para a seleção brasileira. Na única jogada em que demonstrou lucidez, ele deu belo passe para Everton Silva na direita, mas o goleiro Fábio antecipou a jogada e defendeu.

O Cruzeiro encontrava dificuldades para sair pro jogo, sobretudo por causa da falta de um meia armador – que hoje foi Gilberto, já que Wagner foi negociado. Assim, o time dependia de erros individuais do adversário. Foi o que aconteceu. Bruno e Lenon fizeram bobeira na defesa e a bola parou no pé de Kleber, que recebeu de Marquinhos Paraná e bateu forte, mas Bruno defendeu no reflexo.

Daí começou o show particular de Emerson. Aos 27 minutos, ele tentou por cobertura e acertou a trave de Fábio. Poucos minutos depois, o camisa 11 recebeu bom cruzamento do garoto Jorbison e cabeceou no contrapé do goleiro cruzeirense, abrindo o placar. Aliás, os dois eram as poucas figuras que fizeram bonito no time rubro-negro. Jogadores como Everton Silva, pressionado pela torcida, Fierro – que está tendo oportunidades, mas não está sabendo aproveitá-las -, e Adriano não desempenharam um bom papel até o fim da partida. Pelo lado cruzeirense, um time taticamente desordenado, que tinha as figuras de Gilberto e Kleber apagadas, e os Thiagos, Heleno e Ribeiro, fazendo péssima partida.

Adílson mexeu, e resolveu o jogo; Sobraram vaias para o rubro-negro

Na volta do intervalo, Adílson decidiu fazer o simples, e colocou o lateral de ofício Jancarlos na vaga de Thiago Heleno, mudando o esquema tático para o 4-4-2. E o time começou a dar resultado. O perseguido Everton Silva, que parecia sentir a pressão da torcida, perdeu a bola para o cruzeirense Diego Renan, que avançou e chutou entre as pernas de Bruno, igualando o marcador.

Faltava futebol, e sobrava vaias para o time rubro-negro. Então, Andrade recorreu novamente aos garotos. Camacho substituiu o criticado Fierro, e o garoto Rafael Galhardo, de 17 anos, estreou pelo time profissional no lugar do cansado Jorbison. Mas foi Adílson que fez a alteração que mudou o ímpeto cruzeirense. Thiago Ribeiro deixou o time para a entrada de Soares, aumentando o poder ofensivo dos mineiros. Deu resultado. Soares dividiu com Bruno e a bola sobrou para Fabrício, que bateu e Bruno aceitou. A partir daí, foi Bruno o principal alvo da torcida rubro-negra até o fim da partida.

Emerson sentiu um estiramento na coxa após uma arrancada e teve de ser substituído. Mesmo com Denis Marques, eventual substituto no banco, Andrade optou pelo argentino Maxi, outro que está marcado com a torcida. Do outro lado, Adílson lançou o garoto Dudu na vaga de Gilberto, deixando o time mais solto e esperto nos contra-ataques.

Mas foi Bruno o centro das atenções do segundo gol até o fim da partida. O goleiro rubro-negro parecia pouco preocupado com o resultado adverso, e irritava a torcida com sua demora na reposição de bola – que foi entendido como forma de provocação à nação rubro-negra.

Méritos para o Cruzeiro, que jogou melhor e mereceu o resultado. E para Adílson Batista, que dessa vez, decidiu o placar a favor de seu time. O trauma da Libertadores parece ter finalmente sumido, mas a montagem do time sem os jogadores que foram embora ainda parece indefinida, sobretudo do meio pra frente. Leandro Lima foi contratado para ser a solução do meio-campo cruzeirense, que ainda está à espera de Guerrón. No ataque, falta o parceiro ideal para Kleber. Dá para sonhar com vôos mais altos neste campeonato.

Enquanto isso, o Flamengo continua a seis pontos do G-4, e agora tem o Avaí pela frente, em Santa Catarina. O adversário somou seu décimo jogo sem perder, e na situação que está, chega como favorito para o confronto. Mas o Fla tem jogadores que desequilibram, como Adriano e Emerson – que devido a contusão de hoje, pode desfalcar o time no fim de semana. Muitas indecisões neste campeonato tão embolado e cheio de emoções.