sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Especial: Premier League – Inglaterra (2ª parte)

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Por Gabriel Seixas

Um time que não tem badalação alguma, mas que tem potencial para ultrapassar o modesto 12º lugar que ocupa é o Stoke. O time fez contratações modestas, mas que vem dando, ou no caso de outros jogadores, podem dar resultado. Nesse início de temporada, o time vem sofrendo com gols sofridos nos últimos minutos, mas em contrapartida, vem jogando de igual pra igual contra os grandes. Perdeu do Chelsea por 2 a 1, mas chegou a estar ganhando. E quando foi derrotado pelo Manchester United por 2 a 0, pecou pelo esquema tático abusivamente defensivo. Individualmente, a esperança é o recém-contratado Sanli Tuncay, que por enquanto, ocupa apenas o banco de reservas. Tuncay veio do Middlesbrough, e de lá também veio o zagueiro Robert Huth, que já é titular no Stoke. O atacante Dave Kitson, emprestado na temporada passada, voltou e já marcou até gol. Não acredito que brigará contra o rebaixamento. Mas também não vai brigar por competições europeias. Ou seja: nem pra lá, nem pra cá.

Puxando a fileira das equipes com sete pontos, o Bolton é só decepção. O elenco nem é tão fraco assim, mas não consegue embalar na atual temporada. O time não tem um jogador que desequilibre. Poderia ser Elmander, mas desde que foi contratado, não conseguiu ser o artilheiro que foi no Toulouse, e que é na seleção sueca. O meio-campo é mais defensivo, pegada, característico do futebol inglês. Com, no mínimo, três volantes, fica difícil surpreender o adversário. E vai ser difícil esse time surpreender na EPL.

Logo atrás vem o Birmingham, outro recém-promovido a divisão principal da Inglaterra. Dos três que subiram, sem sombra de dúvida, este é o melhor tecnicamente. E foi o que mais investiu para permanecer na elite. Trouxe o escocês Barry Ferguson, que era cotado para defender outros clubes muito superiores ao Birmingham, até mesmo da Inglaterra. O atacante Christian Benitez, da seleção equatoriana, também chegou. Mas ainda disputa espaço no time titular. Porém, o principal jogador da equipe já está no elenco desde 2007: outro meia escocês, James McFadden. Estatura baixa, tem habilidade, e competência nos passes e bolas paradas. Muito pouco para um time que sonha em permanecer na elite. Mas como tem outros piores, deve permanecer.

Quem também vive situação delicada é o Blackburn. Com os mesmos sete pontos de Bolton e Birmingham, é um dos times mais limitados da elite. Com a saída do artilheiro Roque Santa Cruz, que levava o time nas costas, o Rovers ficou sem nenhuma referência no ataque. Até tem, mas Franco Di Santo, emprestado pelo Chelsea, ainda não desencantou. E Nikola Kalinic, principal revelação do futebol croata dos últimos anos, não teve oportunidades. Michel Salgado, contratado para a lateral-direita, é apenas reserva. A situação é tão desesperadora que o zagueiro Christopher Samba já jogou algumas vezes como centroavante. Vai brigar pra não cair.

Fechando os times com sete pontos, aparece o Wolves, o último time que reestreia na Premier League. O time apostou em manter a base que fez boa campanha na Championship, e por enquanto, vai se dando muito mal. Poucas contratações, e nenhuma delas com alguma badalação. A maior foi o defensor Ronald Zubar, do Marseille. O artilheiro do time na temporada passada, o jovem Ebanks-Blake, ainda não desencantou na elite. Rebaixamento à vista.

O último time fora da zona do rebaixamento é o decepcionante Fulham, em 17º com apenas seis pontos. Muito pouco para um time que disputa a Liga Europa nesta temporada. Até por isso Roy Hodgson, técnico do time, esteja poupando jogadores na competição internacional, priorizando o Campeonato Inglês. Por incrível que pareça, com o time reserva, o Fulham vem se dando bem na Liga Europa. E com os titulares na Premier, beira a zona de rebaixamento. Mas é um tanto injusto, pois o time faz boas partidas. Deve crescer as custas de seu “quarteto fantástico”: Damien Duff e Clint Dempsey são os responsáveis por municiar os atacantes Andrew Johnson e Zamora. Todos fazem uma temporada razoável, o que não foi suficiente até agora para o time ter conseguido mais que duas vitórias em seis jogos. No banco de reservas, o húngaro Gera é outra boa opção, sendo constantemente aproveitado no time principal. Há de se destacar o capitão e ídolo da torcida, Murphy. No fim das contas, não é um time ruim, e definitivamente, não vai brigar para não cair. Pegou um início de campeonato difícil, e a recuperação é apenas questão de tempo.

Mais decepcionante que o Fulham, só o West Ham. O time que ganhou notoriedade enquanto Tévez defendeu o clube, só ganhou uma partida na atual temporada. É outro time que tem potencial para chegar mais longe, só que ainda não se acertou. Teve como principal aquisição o meia Alessandro Diamanti, que já se tornou titular absoluto e peça fundamental da equipe, ao lado do artilheiro Carlton Cole, vez ou outra convocado para a seleção inglesa. Radoslav Kovac, que fez boa temporada em 08/09, foi adquirido em definitivo. Ao lado dos Hammers, está o Hull, com os mesmos quatro pontos conquistados. A diferença é que os Tigers fizeram sete partidas, contra seis do West Ham. Um time que tem qualidade no setor ofensivo, mas deixa muito a desejar na defesa. Trouxe por empréstimo o jovem Altidore, do Villarreal, e o argelino Ghilas, destaque do Celta de Vigo. Ao lado do também recém-contratado Stephen Hunt, devem fazer algum “fuzuê”, mas nada que faça o time não brigar para não cair.

Por fim, o Portsmouth, que faz uma campanha lamentável. Sete jogos, e sete derrotas. O Pompey teve uma pré-temporada conturbada, com a compra do clube pelo árabe Al-Fahim finalizada apenas nos primeiros jogos do time na EPL. O então técnico interino, Paul Hart, foi se mantendo, e não saiu mais. Não parece ser o nome que vai tirar o Portsmouth da lama. Além disso, vários jogadores fundamentais na campanha da temporada passada deixaram o time, como Glen Johnson, Kranjcar e Crouch. Chegaram muitos reforços, e nem metade deles até agora vingou. Os únicos que demonstraram ter algum potencial foram o lateral vanden Borre, emprestado pelo Genoa, e Jamie O’Hara, meio-campo emprestado pelo Tottenham. Piquionne, que chegou para ser o artilheiro do time, não marcou nenhum gol em jogos oficiais e já é preterido por Aruna Dindane. O único ídolo que permanece no clube é o goleiro quase quarentão James, que defende a seleção inglesa. De resto, o time é completamente indefinido. É claro que o Pompey já merecia pelo menos uma vitória nestes sete jogos. A falta de sorte também prejudicou por várias vezes a equipe, que quando vencer a primeira, talvez tenha mais fôlego para sair do seu calvário. Até porque, a cada rodada, o Portsmouth parece cada vez mais fadado ao rebaixamento.

Especial: Premier League – Inglaterra (1ª parte)

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Por Gabriel Seixas

O Esporte É Vida inaugura, aqui, uma série de especiais sobre os principais campeonatos em atividade. O primeiro a ganhar destaque é o Campeonato Inglês, que sem sombra de dúvida, é um dos principais – se não o maior – da Europa. Estamos até o momento na sétima rodada, de 38 no total. Confira as projeções dos 20 clubes participantes, como estão, e onde possivelmente chegarão até o final da temporada.

Pra variar, o super favorito Manchester United lidera a Premier. E não é pra menos: o atual bicampeão inglês sofreu com a janela de transferências, principalmente após as saídas de Cristiano Ronaldo e Tévez. Mas parece estar se virando com o que tem, e, diga-se de passagem, não é pouca coisa. Quem carrega o status de ser o principal jogador do time é Wayne Rooney, artilheiro isolado dos Red Devils na temporada com seis gols. Mas o atacante da seleção inglesa ainda sente a falta do atacante ideal para jogar no ataque ao seu lado. Poderia ser Berbatov, contratado a peso de ouro (e que ouro) na temporada passada, mas o búlgaro ainda não justificou os milhões gastos pela sua contratação, e ainda não vingou. Poderia ser Michael Owen, contratado nesta temporada. Mas o inglês, também por enquanto, não se adaptou a função de centroavante, e parece voltar a enfrentar problemas de lesões, constantes em sua carreira. Tão importante quanto Rooney é o experiente Ryan Giggs, que carrega o meio de campo do United. O galês, já com seus 35 anos, é o ponto de equilíbrio do time, e vêm decidindo vários jogos. Sir. Alex Ferguson ainda conta com vários jogadores de potencial para a meiuca, como Carrick, Hargreaves, Fletcher, Valencia e Nani. A defesa continua a mesma, cada vez mais sólida. Com a contusão do goleiro van der Sar, o jovem Bem Foster assumiu a titularidade, e não parece sentir o peso da camisa. É o time a ser batido na Inglaterra.

Com os mesmos 18 pontos do Manchester United, aparece o Chelsea, que vive uma situação curiosa na temporada. Dos nove jogos que disputou oficialmente, venceu oito. Mas apesar dos resultados positivos, ainda não é o time que empolga o torcedor. Sofre com vários problemas ofensivos: Didier Drogba parece ser o único nome confiável, e constantemente tem a companhia de Anelka na frente, e apesar das críticas, o francês vem jogando bem e fazendo gols importantes. Quem não empolga é o reserva imediato, Salomon Kalou. Mas ele tem total confiança do técnico dos Blues, Carlo Ancelotti. No meio-campo, Lampard e Ballack continuam em ótima forma, destoando várias vezes do resto do time. Essien é outro bom nome, um dos jogadores mais importantes taticamente falando da equipe. Nas laterais, apenas Ashley Cole continua firme na esquerda. Bosingwa não faz boa temporada jogando na ala direita, e seu reserva, Belletti, já começa a ser aproveitado no meio-campo. Paulo Ferreira está encostado, e também não é utilizado. De resto, é o mesmo time. O elenco é muito bom, e tem bola para jogar muito mais. Os resultados estão aparecendo, e os erros estão sendo acobertados. O time precisa ficar atento no restante das partidas, porque os adversários que vêm atrás não costumam desperdiçar pontos.

Uma fileira de times aparece com 15 pontos. Quem lidera a fila, por enquanto, é o Liverpool, outro que constantemente aparece na parte de cima da tabela. E não é pra menos. Steven Gerrard e Fernando Torres são jogadores fora de série, e não importa o jogo, sempre estão em boa forma. Fazendo companhia à Torres no ataque, aparece o holandês Kuyt, outra peça fundamental no esquema do técnico Rafa Benítez. Na lateral-direita, uma das principais contratações do time, Glen Johnson, vem correspondendo. Aliás, na opinião da pessoa que vos fala, só não é o melhor lateral-direito da atualidade porque Maicon e Daniel Alves são insuperáveis no momento. Na zaga e no meio-campo, alguns problemas. O primeiro se dá por conta da contusão de Daniel Agger, que é o companheiro habitual de Carragher na zaga. E, pra piorar, o xerifão inglês vive má fase, prejudicando o Liverpool em vários momentos. No meio-campo, a ausência de Xabi Alonso parece mais preocupante do que o esperado. O meio-campo formado por Lucas, Mascherano, Gerrard e Benayoun ainda não vingou porque o primeiro e o último não conseguem uma sequência de bons jogos. Aquilani, contratado para jogar na posição, ainda não teve oportunidades. Mas é um time que tem tudo pra crescer dentro da competição.

O intruso na parte de cima da tabela é o Tottenham, que apesar de ser um time tradicional na Inglaterra, deste não se esperava tanto nesse início de temporada. A base foi mantida, e reforços modestos, mas importantes, acabaram chegando. Já é característica do Spurs ter desfalques em vários setores da defesa, sobretudo com a dupla de zaga Woodgate e King, fisicamente muito frágil. Pra suprir esse problema, chegou o versátil Bassong, um dos poucos que se destacou na ridícula campanha do Newcastle na temporada passada. No meio-campo, o croata Kranjcar também reforçou o time, e será muito importante nos próximos jogos, pois é o nome cotado para substituir Modric, o principal jogador do time, que está contundido. No ataque, o grandalhão Peter Crouch está de volta ao clube que o revelou, mas não vai ter vida fácil para conseguir espaço no time titular. Jermain Defoe é o cara do ataque, o artilheiro do Spurs na temporada. Robbie Keane foi criticado durante o início da Premier, e quando parecia ter que amargar o banco de reservas, marcou quatro gols contra o Burnley. No meio-campo, Wilson Palacios e Aaron Lennon são os queridinhos do técnico Harry Redknapp. Taticamente, são os principais jogadores da equipe. E tecnicamente também tem bola para levar o Tottenham, no mínimo, a Liga Europa. O início alucinante de campeonato permite ao time sonhar com algo mais.

Com um jogo a menos, o milionário Manchester City também soma 15 pontos. Para apagar a frustrante temporada passada, onde o time foi apontado como candidato ao título e não chegou nem a Liga Europa, várias contratações de peso. Para o gol, chegou Shay Given, goleiro de qualidade inquestionável. Na defesa, apenas um remanescente manteve a titularidade: Micah Richards, da seleção inglesa. O novo capitão do time, Kolo Touré, foi contratado junto ao rival Arsenal. E os não menos importantes Bridge e Lescott também chegaram, completando a defesa, que ainda tem Sylvinho e Zabaleta como opções na reserva. No meio-campo, Gareth Barry chegou e já assumiu a titularidade absoluta, ofuscando até Nigel de Jong, que em alguns jogos, teve de se contentar com a reserva. Wright-Phillips e Ireland continuam firmes e fortes, convivendo com a sombra de Martin Petrov, winger esquerdo que finalmente voltou a jogar bem. No ataque, pelo menos cinco boas opções para apenas duas vagas: Tévez e Adebayor roubam a cena neste início de temporada. Péssimo para Robinho, que ainda não vingou nesta temporada, e está fortemente cotado para ser negociado com outro clube na próxima janela de transferências. Bellamy, que já estava no elenco, aparecia como o 5º nome para o ataque, mas ganhou confiança e aparece até mesmo entre os titulares. Mark Hughes ainda tem a opção de Santa Cruz, que a princípio pareceu uma contratação desnecessária nesta temporada, afinal, outros jogadores foram trazidos para essa mesma posição. Com esse elenco, dá pra brigar pelo título. Mas 2008/2009 mostrou que é necessário muito mais do que um bom plantel.

Com 12 pontos, mais três times. Dentre eles, o Arsenal, que mesmo com um jogo a menos, já dá indícios de que novamente não vai brigar pelo caneco. Uma pena, pois se trata de um time jovem e com um potencial absurdo, sobretudo do meio pra frente. Não se trata de uma novidade o time ser carregado pelo espanhol Cesc Fabregas, um dos melhores jogadores do mundo na atualidade. Mesmo com a saída de Adebayor, o setor ofensivo continua com opções variadas, e de boa qualidade: Eduardo da Silva, o brazuca naturalizado croata, é o queridinho da galera. Não menos importante é o russo Andrey Arshavin, que chegou na temporada passada, jogou muito e está mantendo o nível neste início de Premier. Como não se esquecer de Robin van Persie, o artilheiro do time. Ou até mesmo dos reservas Bendtner, este que começa a jogar bem no time profissional e não apenas na seleção dinamarquesa, e Theo Walcott, principal revelação do futebol inglês nos últimos anos. O meio-campo sofre com problemas: Diaby, titular em diversas partidas, não agrada. Song também sofre com a inexperiência. Pelo menos o time conta agora com o retorno de Rosicky, que de fato, voltou em grande estilo. Na defesa, Vermaelen foi contratado e já faz a figura de Kolo Touré não ser tão lembrada assim pelo lado dos Gunners. Mas Sagna e Clichy, jogadores de alto nível, são as maiores frustrações nas alas direita e esquerda, respectivamente, comprometendo em vários momentos o setor defensivo. Pra piorar, o goleiro titular, Almunia, e o reserva, Fabianski, estão contundidos. Mannone assumiu provisoriamente o gol, e por enquanto, não vem tendo problemas. Infelizmente, os Gunners permanecem sendo aquele time que joga bonito, unânime, mas que não briga por títulos. Arsene Wénger merecia sorte melhor.

Ao lado do Arsenal, aparece o Aston Villa, que é uma figura curiosa no Campeonato Inglês: sempre apresenta um elenco modesto, parecendo que não vai chegar muito longe, mas sempre dificulta para os grandes e chega em alguma competição internacional. Este ano tem tudo para ser o mesmo: venceu o Liverpool com autoridade, fora de casa por 3 a 1, e só perdeu duas partidas em seis jogos disputados. O time tem qualidade: os atacantes, Carew e Agbonlahor, já jogaram por suas seleções, e o time ainda conta com o experiente Heskey no banco. No meio-campo, a principal contratação do time, Downing, ainda não vingou. Mas ele não é o único a decepcionar: o zagueiro Dunne mal chegou e já é contestado pela torcida. Na contramão aparecem os meias Ashley Young e Milner, que entra ano, sai ano, continuam jogando bem. É um time modesto, e que deve surpreender.

Por fim, outro time que soma 12 pontos é o Sunderland. Não é um time tradicional, mas desfruta de uma boa quantia de dinheiro, e apesar de não ter contratado tanto quanto era esperado, vem correspondendo. O ataque dos Black Cats impressiona qualquer adversário: Jones, de Trinidad & Tobago, certamente teria vaga em clubes maiores. O seu companheiro de ataque, Darren Bent, apesar de ter sido o artilheiro do Tottenham na temporada passada, foi desprezado e colocado a venda. Azar dos Spurs, até porque ele está jogando muito no Sunderland e já é peça fundamental no time. No meio-campo, Lorik Çana, contratado junto ao Marseille, é outro que conquistou seu espaço e parece não sair mais do onze inicial. Outros jogadores, como o zagueiro Anton Ferdinand e o meia Steven Malbranque, não convivem com holofotes, mas até aqui tem sido importantes na boa campanha do time. Não deve ultrapassar a metade da tabela. Que se dêem satisfeitos por um oitavo lugar.

Na nona posição, com nove pontos aparece o Everton, que na opinião deste que vos fala, é um time que certamente crescerá na Premier League e vai figurar na parte de cima da tabela. Os Toffees tem um elenco invejável, que melhorou muito da temporada passada pra cá. Não que o de 08/09 fosse ruim, pelo contrário. Mas agora David Moyes conta com outros jogadores de nível invejável, como por exemplo, John Heitinga. O lateral-direito foi trazido a “preço de banana”, e já tomou conta da posição. O zagueiro Distin, do Portsmouth, e um dos jogadores que disputou todas as partidas da EPL na temporada passada, também chegou. E com a contusão séria de Jagielka, já virou titular. No meio-campo, o russo Bilyaletdinov é outro que está mostrando serviço. O russo se caracteriza por ser o dono das bolas paradas do time, e já deu diversas assistências a partir desse recurso. Como Arteta está contundido, ele está sendo aproveitado ainda mais. Porém, ainda é reserva, pois o quarteto Fellaini, Osman, Cahill e Pienaar é praticamente intocável. No ataque, três ótimas opções para duas vagas: Louis Saha é unanimidade entre os adeptos. Yakubu ainda não convenceu na atual temporada, e aos trancos e barrancos, vêm mantendo a posição. Que ele fique de olho, pois o brasileiro Jô, quando é acionado, corresponde. É um time que promete bastante. Se for bem dirigido, dará vôos altos na Premier League.

Em décimo lugar, aparece o Wigan, com os mesmos nove pontos do Everton. Não é o time dos sonhos, mas já provou que vai dificultar para os times grandes. Que diga o Chelsea, que perdeu a sua invencibilidade na última rodada, perdendo para o próprio Wigan. Alguns bons valores individuais devem deixar o time longe da zona do rebaixamento nesta temporada, como por exemplo, o artilheiro Hugo Rodallega. Foi muita competência da parte dos dirigentes trazer este bom atacante colombiano na temporada passada. O versátil Paul Scharner, zagueiro ou volante da seleção austríaca, é outro nome de destaque. Fiquem de olho também no lateral hondurenho Maynor Figueroa, que desfruta de algum potencial. Outro time que será importante no contexto do campeonato apenas para tirar ponto dos grandes.

Quem está chamando a atenção no início dessa temporada é o Burnley, time que fecha esta primeira parte do especial sobre a Premier League. Apesar da vitória histórica sobre o Manchester United, nesta temporada por 1 a 0, não se iludam: vai brigar pra não cair. Os Clarets tem como principal esperança o atacante David Nugent, emprestado pelo Portsmouth até o final da temporada. É um atacante limitado, que marca alguns gols e perde outros inacreditáveis. Ou seja: estes 9 pontos conquistados pelo time em 7 partidas são, de fato, ilusórios. Vai ficar na parte de baixo da tabela.

Rio 2016: Os Jogos Olímpicos serão aqui!

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Por Gabriel Seixas e Leonardo Martins

A expectativa de vermos o primeiro país da América do Sul a sediar uma Olimpíada era grande. O Rio de Janeiro tinha adversários fortes na candidatura, como Chicago, Tóquio e Madri. Mas todos estes ficaram pra trás. As Olimpíadas serão no Brasil, pela primeira vez na história! Contamos com um fortíssimo “apoio popular” (que, para deixar claro, os que se dizem sensatos fatalmente temiam, ou temem, a realização dos jogos no nosso país), e isso, sem dúvida, foi determinante na escolha.

Copenhague, lugar do anuncio e da votação dentro de um Congresso do Comitê Olimpico Internacional (COI), teve um dia especial com o anúncio da sede, pois alguns dos mais importantes lideres mundiais estiveram defendendo as candidaturas de suas cidades. O presidente do Brasil, Lula, para defender a candidatura carioca. O Rei da Espanha, Juan Carlos, também compareceu para ajudar na candidatura de Madri. O premier japonês, Yukio Hatoyama, para contribuir com a de Tóquio. Mas a mais aguardada presença e que causou certo furor em Copenhague foi a do presidente dos EUA, Barack Obama, que foi ajudar a candidatura de Chicago, que era considerada uma das favoritas.

A realização da votação teve surpresas na primeira eliminação. Chicago, que não era tão unânime assim no apoio popular – houve até movimento contra a candidatura -, e teve de apelar de última hora pelo apoio do presidente Barack Obama, acabou sendo eliminada.

Quem também ficou pelo caminho, logo depois, foi Tóquio. O resultado não causou surpresas, afinal, os japoneses eram cotados para saírem logo na primeira eliminatória. Mais uma vez, a questão do apoio popular também pesou, e comparado a outras cidades, o projeto não era tão empolgante assim.

Então, a decisão ficou por conta de Rio de Janeiro, e Madri, que surpreendentemente, chegou a “final”. Era um adversário forte para o nosso país, afinal, os espanhóis tinham a população a favor da realização dos jogos, um projeto com mais da metade já pronto, mas tinham um fator contra: a realização das Olimpíadas de 2012 também no continente europeu, mais precisamente em Londres. A dobradinha europeia, então, não vingou. O anúncio final causou muita emoção para todas as pessoas que torciam a favor do Rio de Janeiro, sobretudo aquelas que lotaram a Praia de Copacabana.

De fato, a sensação que fica, é que dessa vez haja uma transformação tanto esportiva, quanto social no nosso país. Essa foi aposta do COI, e temos pouco menos de sete anos para corresponder às expectativas, o que é suficiente. Que dessa vez haja empenho para se fazer uma Olimpíada de verdade, e não repetir os lamentáveis desvios de dinheiro realizados no Pan-Americano de 2007. Organização é a palavra-chave. Para se resolver um problema, existem muitos outros por trás. Os jogos são feitos para a população, e ela deve ser a maior beneficiada com a realização deste.

Os Jogos Olimpicos de 2016 marcam uma década que o Brasil receberá os dois maiores eventos esportivos do mundo, já que dois anos antes, o nosso país também receberá a Copa do Mundo de Futebol.

De qualquer forma, parabéns a cidade do Rio de Janeiro, que apresentou uma candidatura fantástica e mereceu a vitória. Trata-se de um momento histórico para o esporte brasileiro, afinal, é motivo de orgulho sediar pela primeira vez uma Olimpíada. Tem tudo para ser inesquecível. Pelo menos positivamente, que é o que esperamos.

Uma geral sobre as apresentações e a votação

O dia em Copenhague começou com a apresentação da candidatura americana. Chicago mostrou que poderia receber os jogos devido ao poderio financeiro norte-americano. Mas o destaque da apresentação foi o discurso da primeira dama dos EUA, Michelle Obama, que lembrou com emoção de seu pai, portador de esclerose múltipla. Barack fez um discurso comum. A apresentação não convenceu muito aos espectadores.

Depois de Chicago veio Tóquio, que se baseou no fato dos jogos se realizarem integralmente em um raio de 8km. Uma apresentação muito técnica, porém fria e que não animou muito os membros do COI.

Por volta das 7h20 da manhã (horário de Brasília) começou a apresentação do Rio. A Candidatura carioca teve uma boa presença de gente famosa do meio político e esportivo. Foram a Dinamarca nomes consagrados como Pelé, o nadador Cesar Cielo, o escritor Paulo Coelho, o governador do Estado do Rio, Sérgio Cabral, o Prefeito da cidade, Eduardo Paes.

A apresentação, que mostrou todas as características do povo carioca e brasileiro, teve belíssimos filmes dirigidos pelo premiadíssimo Fernando Meirelles chamando a atenção para a união do povo brasileiro e para a facilidade do povo em acolher todos. Além disto, não poderia faltar as maravilhas naturais do Rio que foram exaltadas no vídeo.

Durante a apresentação discursaram, defendendo o Rio, o presidente de honra da FIFA e membro do COI

, João Havelange, o presidente do Comitê Olímpico Brasileiro, Carlos Arthur Nuzman, o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, e a medalhista de bronze nas últimas Olimpíadas, Isabel Swan, além dos já citados Sérgio Cabral e Eduardo Paes. Todos disseram em seus discursos que o Rio está preparado para receber os jogos. O Presidente Lula em seu discurso ressaltou que não só o Rio vai ganhar com a realização dos jogos, mas todo o continente sul-americano. “Essa Olimpíada será importante para os 400 milhões de habitantes que vivem no continente“, falou Lula. No aspecto técnico, a candidatura se baseou no fato de todos os esportes serem disputados dentro do município e que o legado do Pan será usado nos Jogos Olímpicos.

Ao final da apresentação, a delegação brasileira saiu confiante na vitória após a bela apresentação feita e muito emotiva. Mas ainda faltava Madri se apresentar. Madri contou com a presença do tenista e ex-número 1 do mundo, Rafael Nadal. Os espanhóis se basearam no fato de 80% de tudo que precisava para a realização dos jogos já estar pronta hoje.

Enfim chegou a hora da votação. Na primeira rodada, muito equilíbrio e para a surpresa de todos, Chicago foi eliminado. Na segunda, Tóquio foi eliminado. Sobraram para a final, Rio e Madri. Mas as belezas naturais falaram mais alto e o Rio ganhou com folgas.

Votações: Cidade (número de votos)

1ª Rodada: Madri (28), Rio (26), Tóquio (22) e Chicago (18) – Chicago fora

2ª Rodada: Rio (46), Madri (29) e Tóquio (20) – Tóquio fora

Final: Rio (66) e Madri (32)

Liga Europa agita o velho continente na quinta-feira

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Por Gabriel Seixas

Para saciar o gostinho de “quero mais” depois de uma rodada encerrada da Champions League, nada melhor que acompanhar outra competição tradicional e importante na Europa, a Liga Europa. Como de costume, rodada cheia, com 24 jogos e alguns destaques, com enfoque principal para mais uma goleada do atual campeão, o Shakhtar Donetsk, por 4 a 1 com direito a gols de brasileiros. Confira um resumo dos 12 grupos que encerraram a sua segunda de seis rodadas nesta fase de grupos.

Grupo A

O favorito do grupo, o Ajax, ainda não conseguiu vencer. Dessa vez o time chegou perto, contra o Anderlecht, e mesmo jogando com um a mais, permitiu o empate por 1 a 1. Rommedahl deixou os holandeses na frente aos 28 do segundo tempo. Com van Damme expulso pelos belgas, a situação parecia controlada. Mas o Anderlecht foi valente, e a cinco minutos do fim, empatou com Legear.

Enquanto o Ajax não embala, quem aproveita é o Dinamo Zagreb, que venceu a primeira. Fora de casa, os croatas atropelaram o FC Timisoara, por 3 a 0. Badelj, no primeiro tempo, marcou o primeiro gol. O brasileiro Sammir e Pedro Morales completaram a vitória.

Classificação:

1º Anderlecht - 4
2º Dinamo Zagreb - 3
3º Ajax - 2
4º FC Timisoara – 1

Grupo B

Um dos principais atrativos do grupo, o Valencia venceu a primeira na competição. O time protagonizou um ótimo jogo contra o Genoa, jogou melhor, e venceu por 3 a 2. Floccari colocou os italianos na frente, deixando-os em vantagem para o intervalo. Os espanhóis acordaram, e marcaram com David Silva e Zigic, este que volta a figurar no time principal do Valencia. Kharja, de pênalti, empatou para o Genoa. Mas a boa atuação do Valencia foi coroada com David Villa, que entrou no segundo tempo, e cobrou o pênalti da vitória.

Apesar da vitória do Valencia, quem lidera o grupo é o Lille, que goleou o Slavia Praga, fora de casa, por 5 a 1. O resultado surpreendente foi de virada. Belaid, cobrando pênalti, colocou os tchecos em vantagem. A reação veio apenas no segundo tempo: Suchy, contra, e Frau viraram com 26 minutos da etapa final. Nos últimos cinco minutos, mais três gols: Gervinho marcou dois deles, e no intervalo deles, Souquet fez outro para o Lille.

Classificação:

1º Lille - 4
2º Valencia - 4
3º Genoa - 3
4º Slavia Praga – 0

Grupo C

O Hamburgo se recuperou em grande estilo após a derrota para o Rapid Viena na rodada passada, goleando o Hapoel Tel-Aviv, em casa, por 4 a 2. Poderia ter sido mais fácil: Berg, com 12 minutos, deixou o HSV com uma vantagem de 2 a 0. Shechter diminuiu para o Hapoel, mas ainda no primeiro tempo, o holandês Elia aumentou para o Hamburgo. Yeboah diminuiu, recolocando os israelenses no jogo. Zé Roberto teve a chance de tranqüilizar o Hamburgo novamente, mas desperdiçou um pênalti. Ele se redimiu 12 minutos depois, marcando o quarto e derradeiro gol.

O surpreendente Rapid Viena manteve a liderança do grupo. O time jogou fora de casa contra o Celtic, e segurou um empate em 1 a 1. Logo aos quatro minutos, os austríacos deram as caras com um gol de Jelavic. Mas McDonald não demorou muito para empatar para o Celtic, após saída de bola errada dos austríacos. Os escoceses se complicaram bastante, ainda no início da competição.

Classificação:

1º Rapid Viena - 4
2º Hamburgo - 3
3º Hapoel Tel-Aviv - 3
4º Celtic – 1

Grupo D

Poucos gols na rodada do Grupo D: apenas um em duas partidas. Diga-se de passagem, valeu por vários: o gol foi de Adrien Silva, num chute de fora da área de perna esquerda. Ele ainda foi expulso na vitória do Sporting por 1 a 0 sobre o Hertha Berlim. O jogo foi muito ruim, as duas equipes ficaram devendo futebol.

Quem também ficaram devendo futebol foram Ventspils e Heerenveen, que empataram em 0 a 0. Os times seguem no calvário, ainda sem vitórias. Ao menos os letões somam dois pontos, e estão momentaneamente na zona de classificação para a próxima fase.

Classificação:

1º Sporting - 6
2º Ventspils - 2
3º Heerenveen - 1
4º Hertha Berlim – 1

Grupo E

Roma e Fulham, os favoritos do grupo, venceram a primeira na competição. Os ingleses, novamente com time misto, derrotaram o Basel em casa por 1 a 0. O capitão Murphy fez o gol da vitória, e só não foi mais porque o goleiro Constanzo salvou os suíços.

No outro jogo, a Roma venceu fácil o CSKA Sofia, em casa, por 2 a 0. Sem Totti, poupado, Okaka e Perrotta, em 20 minutos, deram a vitória aos romanos, que continuam fora da zona de classificação do grupo. E só não foi mais porque os italianos foram displicentes em muitos momentos, satisfeitos com o placar.

Classificação:

1º Fulham - 4
2º Basel - 3
3º Roma - 3
4º CSKA Sofia – 1

Grupo F

O equilibrado Grupo F teve como único vencedor o Panathinaikos, que superou o Dinamo Bucareste, fora de casa, por 1 a 0. Karagounis, a dez minutos do fim, fez o gol decisivo – por sinal, num lindo chute rasteiro de fora da área. Niculescu ainda perdeu um pênalti para os romenos.

A decepção ficou por conta do Galatasaray, que só empatou em casa com o Sturm Graz por 1 a 1. Beichler, no último minuto do primeiro tempo, marcou para o Graz. O artilheiro Baros empatou no segundo tempo, mas a equipe de Elano não teve competência para virar.

Classificação:

1º Galatasaray - 4
2º Panathinaikos - 3
3º Dinamo Bucareste - 3
4º Sturm Graz – 1

Grupo G

Se recuperando da derrota em casa para o Salzburg, a Lazio goleou o Levski Sofia, fora de casa, por 4 a 0. Em fase não muito boa na temporada, os italianos marcaram ainda no primeiro tempo com o brasileiro Matuzalém e Zárate. Na etapa final, o francês Meghni, chamado no início da carreira de “novo Zidane”, e Rocchi, driblando o goleiro antes de concluir, completaram a goleada.

Já o Salzburg mostrou que não veio a competição à passeio, e derrotou outro favorito no seu grupo: o Villarreal. Em casa, os austríacos venceram por 2 a 0. O arilheiro Janko, completando uma cobrança de falta de muito longe, abriu o placar. Tchoyi, no segundo tempo, completou a surpreendente vitória com autoridade.

Classificação:

1º Salzburg - 6
2º Lazio - 3
3º Villarreal - 3
4º Levski Sofia – 0

Grupo H

Outro grupo com pouquíssimos gols foi este, que teve apenas um brasileiro decidindo a parada. Foi o meio-campista Alex, que marcou aos oito do segundo tempo o gol da vitória do Fenerbahçe sobre o Sheriff, da Moldávia.

Já o Steaua segurou o Twente, líder do grupo, em jogo fora de casa. Os romenos empataram em 0 a 0, num jogo de pouquíssimas emoções.

Classificação:


1º Twente - 4
2º Fenerbahçe - 3
3º Steaua - 2
4º Sheriff – 1

Grupo I

Uma das poucas zebras da rodada, o AEK derrotou em casa o Benfica por 1 a 0, recuperando-se da goleada sofrida na primeira rodada. Os portugueses jogavam melhor, e até colocaram bola na trave, mas os gregos foram mais eficientes e marcaram com Majstorovic.

Quem aproveitou foi o Everton, que ganhou o segundo jogo seguido. A vítima foi o BATE Borisov, este que perdeu em casa por 2 a 1. Sem mais da metade do time titular, os ingleses começaram perdendo, com um golaço de Liktarovich, aos 16 minutos. No segundo tempo, o belga Fellaini empatou, e aos 32 do segundo tempo, Tim Cahill fez o gol da vitória dos Toffees.

Classificação:

1º Everton - 6
2º Benfica - 3
3º AEK - 3
4º BATE Borisov – 0

Grupo J

Quem roubou a cena, pra variar, foi o atual campeão Shakhtar Donetsk. Em casa (por sinal, no seu belíssimo estádio novo), os ucranianos não tomaram conhecimento do Partizan, e golearam novamente por 4 a 1. Lomig, contra, e o brasileiro Luiz Adriano deixaram o Shakhtar em vantagem no primeiro tempo. Outro brasileiro, Jádson, tocando por cima do goleiro, e Rakitskiy construíram a goleada, que só não foi mais bonita porque Ljalic descontou para os sérvios, a dois minutos do fim.

O Toulouse, da França, não confirmou o favoritismo e só empatou com o Club Brugge, em casa, por 2 a 2. Akpala, no início do segundo tempo, marcou um golaço para o Brugge. Dois minutos depois, Sissoko respondeu e empatou o jogo. Aos 38 minutos, o artilheiro Gignac fez o seu primeiro gol na competição, e o da virada do Toulouse na partida. Parecia o gol decisivo, mas Perisic, aos 48 do segundo tempo, empatou o jogo, para frustração dos franceses e êxtase dos belgas.

Classificação:

1º Shakhtar Donetsk - 6
2º Toulouse - 4
3º Club Brugge - 1
4º Partizan - 0

Grupo K

Em um jogo sem muitos holofotes, o Kobenhavn venceu o Sparta Praga, em casa, pelo placar mínimo. O gol da vitória foi de N’Doye, aos 25 do primeiro tempo. O resultado faz o time conquistar seus primeiros pontos na Liga Europa.

No outro jogo, o PSV se recuperou do decepcionante empate na estréia e venceu, pelo placar mínimo, o CFR Cluj em casa. O bom meio-campo Bakkal, logo com oito minutos, fez de cabeça, o primeiro e único gol do jogo.

Classificação:

1º PSV - 4
2º CFR Cluj - 3
3º Kobenhavn - 3
4º Sparta Praga – 1

Grupo L

Em um dos jogos mais aguardados da rodada, o Werder Bremen venceu muito bem o Athletic Bilbao por 3 a 1, e assumiu a liderança isolada do grupo. Hunt, aos 18 minutos, fez um bonito gol de primeira. Pouco mais de 40 da primeira etapa, o brasileiro Naldo ampliou para o Werder. No minuto final do segundo tempo, Llorente fez o gol dos bascos. No minuto seguinte, Frings, de pênalti, só confirmou a vitória dos Papagaios alemães.

No outro jogo, Austria Viena e Nacional empataram em 1 a 1. Micael colocou os portugueses em vantagem, depois que Acimovic perdeu pênalti para os austríacos. No segundo tempo, o brasileiro Schumacher evitou nova derrota do Viena, empatando o jogo.

Classificação:

1º Werder Bremen - 6
2º Athletic Bilbao - 3
3º Nacional - 1
4º Austria Viena - 1

Sul-Americana: Cariocas representarão o Brasil nas quartas-de-final

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Por Gabriel Seixas

A tese de que a Sul-Americana é uma competição à parte em relação ao Campeonato Brasileiro ficou ainda mais evidenciada neste meio de semana. Enquanto os cariocas vivem situação delicada no Brasileirão, dois deles são os únicos representantes do nosso país na fase seguinte (quartas-de-final) da Sul-Americana: Botafogo e Fluminense. Todos os outros três que ainda estavam na disputa, Vitória, Internacional e Goiás, foram eliminados.

Então vamos começar pelos brasileiros que deram adeus à competição: o Vitória não conseguiu reverter a goleada sofrida pelo River Plate no jogo de ida, e no Barradão, só empatou em 1 a 1. O time só marcou seu gol aos 41 minutos do segundo tempo, com Elkeson. Sem chances de passar de fase, o time ainda sofreu o empate, com gol marcado por Córdoba – que marcou, em dois jogos, três gols no time baiano.

O Internacional permanece com seu jejum recente de vitórias. O time somou seu quinto jogo sem vencer, e pior: acumulou mais uma derrota, desta vez para a Universidad de Chile, por 1 a 0. Como o jogo de ida foi 1 a 1, o colorado precisava marcar gols, mas acabou mesmo levando, mais precisamente de Olivera.

O único time brazuca que se despediu da competição com vitória foi o Goiás. Os esmeraldinos haviam perdido por 2 a 0 para o Cerro Porteño, fora de casa, no primeiro jogo. Jogando em Goiânia, o time venceu por 3 a 1, e deixou a Sul-Americana por ter sofrido um gol em casa. O time começou bem, com gol de Felipe. Mas sentiu o baque da expulsão do volante Everton Hora, antes do intervalo. Acabou sofrendo o empate, com Recalde. Felipe, aos 26, e Léo Lima, aos 34, deram esperanças aos torcedores, já que só faltava mais um gol para a classificação. Mas ficou por aí.

Pra salvar a rodada, Fluminense e Botafogo avançaram de fase. Os tricolores receberam o Alianza Atlético, do Peru, e suaram para golear por 4 a 1. Valverde, de pênalti, marcou para os peruanos. Antes do intervalo, o mesmo jogador se envolveu em briga com Luiz Alberto, e os dois deixaram o campo mais cedo. Antes disso, Conca já havia empatado pro Flu. No segundo tempo, Alan virou o jogo, recolocando os tricolores na fase seguinte da competição. Com as expulsões de Mori e Farfán, o Flu nem suou muito para marcar mais dois gols, por intermédio de Adeílson, que finalmente desencantou.

O Botafogo viveu um dia totalmente inverso ao do Goiás. Perdeu do Emelec por 2 a 1, mas passou de fase. André Lima, logo aos seis minutos, deu alegria a torcida que compareceu em pouquíssimo número ao Engenhão, abrindo o placar. No segundo tempo, os irmãos Quiñonez ainda viraram o jogo, mas não foi suficiente para o Emelec, do Equador, que ainda precisava de mais dois gols para passar de fase.

Nos outros jogos, o San Lorenzo novamente venceu o Cienciano, dessa vez por 2 a 0, fora de casa, e passou de fase. González e Rovira fizeram os gols. O Lanús não conseguiu reverter a goleada sofrida pela LDU por 4 a 0 na ida, e só empatou com os equatorianos em 1 a 1. O artilheiro Bieler abriu o placar pra LDU, e Salcedo empatou, mas o Lanús tinha apenas 14 minutos para marcar quatro gols e passar de fase.

Por fim, o jogo mais emocionante da rodada, protagonizado por Unión Espanhola, do Chile, e Vélez Sarsfield, da Argentina. Os argentinos haviam vencido na ida por 3 a 2, mas foram surpreendidos quando Canales deixou o Unión com uma vantagem de 2 a 0 para o intervalo. Se eles tinham Canales, o Vélez tinha Caruso. Ele entrou em ação no segundo tempo, marcando dois gols que devolveram a classificação ao Vélez.

Confira os jogos das quartas-de-final:

Cerro Porteño-PAR x Botafogo

Universidad de Chile x Fluminense

Vélez Sarsfield-ARG x LDU de Quito

River Plate-URU x San Lorenzo-ARG