quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Avaí surpreende Palmeiras no Palestra Itália. O São Paulo agradece!

Share |

Por Gabriel Seixas

Por mais que seja decepcionante defender a condição de líder apenas empatando com o Avaí em casa, o Palmeiras tem que agradecer por sair com um ponto ganho do Palestra Itália. O time começou perdendo por 2 a 0, e quando diminuiu o placar, tomou pressão dos catarinenses e por pouco não entregou o jogo. Porém, o Verdão foi valente e igualou o placar em 2 a 2. Vagner Love, que ainda foi expulso nos minutos finais, e Robert fizeram os gols do Palmeiras. Marcão, contra, e Emerson fizeram os gols do Avaí, que curiosamente, deixou o campo frustrado, mesmo empatando fora de casa contra o líder absoluto. São coisas do futebol.

O técnico Muricy Ramalho teve problemas de sobra para escalar o líder Palmeiras. Além de Pierre e Mauricio Ramos, que já são ausências constantes, o lateral Armero, defendendo a seleção colombiana, o zagueiro Mauricio Nascimento, suspenso, e Diego Souza, representando a seleção brasileira – diga-se de passagem, este fez muita falta -, não atuaram. Com dúvidas em relação ao esquema tático, Muricy optou pelo 3-5-2, com Marcão na zaga e Jefferson na ala esquerda.

Do outro lado, Silas também tinha alguns problemas. O principal deles era a ausência do volante Ferdinando, suspenso. O criticado Marcus Winicius entrou em seu lugar, e só para constar, este fez uma péssima partida. Por conta de uma cláusula com o Palmeiras, Fabinho Capixaba também não pôde atuar na ala direita do Avaí. Por outro lado, o artilheiro William voltou ao time.

A surpresa avaiana começou a se manifestar logo nos primeiros minutos de jogo. Mais precisamente aos seis, quando os torcedores catarinenses se desesperaram com um gol incrível perdido. Foi o lateral Eltinho, que recebeu cruzamento de Marquinhos, e praticamente debaixo da trave, mandou pra fora.

Sorte do Avaí é que o gol perdido não fez falta. Pelo menos naquele momento da partida, porque aos oito minutos, Marquinhos cobrou escanteio e o palmeirense Marcão desviou contra o próprio gol, tirando as chances de defesa de Marcos. O atacante William, que dividiu no alto com Marcão, saiu comemorando, mas o gol foi mesmo do zagueiro alviverde, contra.

O Palmeiras, com dificuldades, criou uma chance de gol aos 18 minutos. Vagner Love arriscou um chute cruzado, que tirou tinta da trave de Eduardo Martini. Mas como o jogo era azul e branco, o Avaí ampliou aos 31. Sempre ele, Marquinhos, cruzou para o zagueiro Emerson, que sem marcação, completou para o gol, ampliando a surpreendente vantagem.

Sete minutos depois, o Palmeiras achou um gol crucial para recolocar o time no jogo. Marcão aproveitou cobrança de escanteio, e desviou para Vagner Love, que chutou forte no meio do gol, e diminuiu o placar. Vale frisar que o Palmeiras não fazia tanto por merecer um gol na partida, mesmo porque tinha dificuldades para criar alguma jogada. Figueroa, pela direita, era pouco acionado. Cleiton Xavier, sozinho na armação, rendeu muito abaixo do esperado (ou simplesmente, não rendeu). Sem contar as péssimas atuações individuais de Jumar, Edmilson, Marcão e até mesmo Souza, que em outros jogos ruins destoa do resto do time, mas dessa vez também não criou muita coisa, e quando tentou, não acertou nada. Foi o retrato do time no primeiro tempo.

Na segunda etapa, Muricy resolveu mudar o esquema tático. Viu que o 3-5-2 não funcionou, e então, colocou o meia Willians no lugar do lateral Jefferson, passando Marcão para fazer a função de lateral-esquerdo e deixando a equipe com dois armadores. Ele ainda trocou Obina, outro que fez muito pouco, para colocar Robert, que foi cotado para ser titular, mas teve de se contentar em jogar 45 minutos. E que 45 minutos!

O Palmeiras foi mais perigoso, mas não soube aproveitar as boas chances que criou. A melhor delas foi aos 27 minutos, quando Cleiton Xavier, em uma das poucas vezes que apareceu, arriscou pro gol e mandou perto da meta de Eduardo Martini, que por sua vez, abusou da cera para segurar a vitória do seu time.

O Avaí não deixava por menos, e também criava oportunidades, principalmente quando a bola caía nos pés de Marquinhos, o principal jogador da partida. Silas trocou Muriqui pelo armador Assis, e este protagonizou um lance que poderia ter selado a vitória do Avaí no Palestra. Aos 34, ele entrou sozinho na área, e na cara de Marcos, chutou pro gol. Sorte que Edmilson, embaixo da trave, evitou o vexame.

Muricy foi pro tudo ou nada. Sacou Souza e colocou o atacante Ortigoza, que já poderia ter sido acionado no intervalo. No primeiro bom lance do paraguaio, ele cruzou para Robert, que empatou o jogo para delírio da angustiada torcida palmeirense, que curiosamente, comemorou exaustivamente o empate.

O que certamente nenhum palmeirense comemorou foi a expulsão de Vagner Love, nos minutos finais. O ‘artilheiro do amor’ acertou um carrinho violento em Cristian, e foi pra rua direto. Ele é só mais um de vários titulares que desfalcam o time no confronto contra o Náutico, em Recife, na próxima rodada. Pierre, Mauricio Ramos, Obina, Armero, Diego Souza e Edmilson também estão fora. Vida dura à vista para manter a liderança. Nada mal que a distância para o vice-líder São Paulo, que era de cinco pontos, foi mantida.

Enquanto isso, o Avaí acumula seu terceiro jogo sem vitória, mas o modesto objetivo de se distanciar da zona de rebaixamento parece alcançado. São dez pontos a frente do Santo André, 17º colocado e primeiro time do Z-4. A oito pontos da zona da Libertadores, o time não parece em busca de conquistar uma vaga na competição continental, mesmo porque outros times tem muito mais chances. O Avaí agora enfrenta o Botafogo, fora de casa, em pleno dia das crianças (!) na segunda-feira (!), mesmo dia que o Palmeiras visita o Timbu.

Flu permanece seu calvário

Share |

Por Leonardo Martins


Em mais um jogo da 28ª Rodada do Campeonato Brasileiro, o lanterna Fluminense recebeu o desmotivado Corinthians no Maracanã. O Tricolor permanece seu calvário em último lugar após o empate em um gol.

Querendo sair da lanterna, o Flu começou a partida pressionando. Aos 10 segundos, Conca errou boa chance. Mas a pressão não demorou a dar certo. Aos 3, Gum dividiu a bola com a zaga paulista e a bola sobrou para Alan concluir ao gol. 1 a 0 Fluminense.

O Timão reagiu aos 6 com Elias, mas sem direção. Mesmo sem se esforçar tanto, o Corinthians levava perigo como na cabeçada de Paulo André que Rafael defendeu. O Flu ainda assustou aos 12 na cobrança de falta, mas faltava criatividade aos tricolores. Resultado disto, o gol de empate do alvinegro. Aos 23, Jucilei cruzou, Jorge Henrique ajeitou de peito e Dentinho concluiu de cabeça. O empate mudaria o panorama do jogo.

A calma tricolor acabou com o gol de Dentiinho, os passes errados e a má marcação apareceram. O Corinthians, mesmo em um ritmo lento, era melhor em campo e quase marcaram com Jucilei, Marcelo Mattos e Dentinho. Cuca ainda na primeira etapa, trocou a equipe tricolor, Adeilson por Tartá, mas pouco resolveu.

No segundo tempo, era ataque corintiano e resposta tricolor. Dentinho e Defederico desperdiçaram chances para a equipe paulista. Tartá e Fábio Neves também para a equipe mandante. Os Corintianos continuavam tentando aproveitar falhas da zaga tricolor, como Jucilei que recebeu “presentão” de Diguinho, mas não concluiu bem.

Nem as modificações de Cuca e Mano fizeram efeito e as equipes não saíram do empate. Olha que Edu e Roni, que entraram durante o segundo tempo, também perderam boas chances. Pior para o Fluminense que está a 7 pontos de sair da zona vermelha, o que pode se tornar 9 caso o Bota vença o Galo nesta noite.

O Fluminense vai a Santo André enfrentar a equipe local em um confronto direto pelo descenso. O Corinthians recebe o Grêmio no Pacaembu. Os dois jogos acontecem no sábado.

Barradão lotado vê muitos gols no empate entre Vitória e Flamengo

Share |

Por Gabriel Seixas

O duelo entre os rubro-negros baiano e carioca no estádio Barradão não poderia ter sido melhor. Até poderia, se o segundo tempo tivesse mantido o alto nível do primeiro, onde o Flamengo ficou duas vezes na frente do placar, mas o Vitória, sempre correndo atrás dos três pontos, foi para o intervalo com uma vantagem de 3 a 2. Nos acréscimos, o Flamengo conseguiu levar ao menos um ponto para o Rio de Janeiro, marcando o gol de empate que deixou o jogo igualado em 3 a 3. Ramon, duas vezes e Roger fizeram os gols do Vitória. Denis Marques, Petkovic e Zé Roberto marcaram para o Fla, que não sofria um gol há seis jogos, e em 45 minutos, acabou levando três. Os cariocas permanecem em 6º, com 42 pontos – a cinco pontos do G-4 -, enquanto o Vitória está em 8º, podendo terminar a rodada em 9º caso o Avaí vença o Palmeiras amanhã. É bom destacar que tanto Flamengo, quanto Vitória tem um objetivo em comum: uma vaga para a Libertadores 2010.

Ambos os times vieram com desfalques para o confronto. O Vitória estava desfalcado do seu atacante Neto Berola, titularíssimo do ataque ao lado do artilheiro Roger. O volante Carlos Alberto também ficou de fora. Por outro lado, a dupla de zaga, Anderson Martins e Wallace, e Ramon voltaram para reforçar o time comandado por Vagner Mancini. E todos foram importantes, sobretudo Ramon, o maior responsável pela reação do time nos dois gols sofridos pelo Flamengo.

Os desfalques no time carioca pesaram mais. Ou melhor, O desfalque. Adriano, artilheiro e principal jogador da equipe, já está concentrado com a seleção brasileira e não atuou. Andrade decidiu ser cauteloso, e escalou o volante Willians em seu lugar, deslocando Zé Roberto para o ataque – este que, nessa função, fez um partidaço contra o Fluminense na rodada anterior.

Vitória e Flamengo prometiam um grande jogo desde o início, e nos primeiros 45 minutos, não decepcionaram. O Fla tinha facilidade em explorar contra-ataques, sobretudo pelo lado esquerdo, explorando a fragilidade do lateral-direito baiano Apodi no setor defensivo. Na primeira grande chance, aos 6 minutos, Zé Roberto entrou livre pela esquerda, driblou Uéliton e concluiu, mas Gléguer fez grande defesa.

No segundo bom lance de Zé Roberto, o gol saiu. Novamente nas costas de Apodi, ele encaixou outro contra-ataque, entrou na área e cruzou rasteiro para Denis Marques. O atacante concluiu, e contou com um desvio da bola no zagueiro Wallace para tirar as chances de defesa de Gléguer.

Precisando reverter o marcador, o Vitória começou a apostar naquela que seria a jogada mais utilizada pelos times em toda a partida: a bola parada. Aos 16 minutos, Ramon cobrou falta direta pra área com veneno, e Ronaldo Angelim, meio sem jeito, desviou contra o próprio gol, pra escanteio. Ramon foi pra cobrança do córner, e lançou na cabeça de Roger, que subiu mais que Airton para empatar. Bruno ainda tocou na bola, mas não evitou o empate.

Foram precisos apenas três minutos para o Fla restabelecer a vantagem. No flanco esquerdo, Petkovic tinha a oportunidade de cobrança de falta pra área. Mas o sérvio cobrou direto para o gol, e como a bola passou por todo mundo, só morreu no fundo das redes.

Mas os baianos não deixaram o Flamengo curtir a vantagem. Quando o ponteiro ainda marcava 21 minutos, Ramon acertou uma linda cobrança de falta por cima da barreira, no canto direito de Bruno, que nem se mexeu. Golaço! E placar novamente igualado no Barradão, para delírio da torcida – se é que se pode dizer assim, pois os flamenguistas compareceram em ótimo número ao estádio.

Ramon teve uma boa chance para virar o jogo em outra cobrança de falta, desta vez pelo lado direito, mas praticamente da mesma distância. A bola ultrapassou novamente a barreira, mas saiu por cima. Dez minutos mais tarde, aos 35, o Flamengo perdeu um gol inacreditável. Petkovic cruzou do flanco esquerdo, pra variar, e Denis Marques, apenas com o goleiro Gléguer a sua frente, foi enganado pelo quique da bola e chutou pra fora a oportunidade de deixar os cariocas em vantagem no primeiro tempo.

E como quem não faz leva, o Vitória marcou o gol da virada aos 40. Minutos antes do gol, o lateral-esquerdo Everton, do Fla, teve de sair de campo pois estava sangrando. E foi por aquele lado que Gláucio fez um carnaval na defesa flamenguista, e cruzou para Ramon, que concluiu de chapa pro gol. E o placar do 1º tempo só não terminou 3 a 3 porque Gléguer fez outra boa defesa, numa espécie de repetição do segundo gol flamenguista, com Petkovic cobrando falta lateral direto pro gol, pelo mesmo lado.

Quem esperava um segundo tempo eletrizante tal qual foi o primeiro começou animado, mas logo esfriou e viu um jogo passivo, nem pra lá e nem pra cá. Aos seis minutos, Roger recebeu na meia-lua e tentou um chute pro gol, mas a bola desviou na zaga. Em típico lance de sorte de artilheiro, a bola voltou para Roger, que arriscou novamente, mas Bruno encaixou a bola.

Com Juan na vaga do volante Willians, passando Everton para o meio-campo, o Fla também teve boa chance. Adivinha como? Através de bola parada, sempre. E sempre Petkovic, que de muito longe, acertou um belo chute por cima da barreira, no cantinho. Gléguer se esticou todo para evitar o empate.

A partir daí, o jogo esfriou de vez, e só mudava de panorama quando algum dos times substituía jogadores. Numa das alterações, a poucos minutos do fim, Andrade lançou Bruno Mezenga no lugar do vaiado – sim, novamente – Denis Marques. E foi Mezenga que começou a jogada do terceiro gol. Com 45 minutos do segundo tempo, ele deu um belo lançamento em profundidade, pelo alto, para Juan na esquerda. O lateral cruzou de primeira para Zé Roberto, que só teve o trabalho de tocar pras redes. Gléguer se esticou, mas dessa vez, não deu. 3 a 3 no Barradão.

O resultado foi justo pelo que foi o jogo, principalmente o primeiro tempo. Ambos os times tiveram suas oportunidades de sair com a vitória, mas o empate, de fato, foi mais coerente.

Curtinhas:

- Na Ilha do Retiro, o Santos conseguiu uma importante vitória sobre o Sport, fora de casa, por 1 a 0. Em busca da cada vez mais distante vaga para a Libertadores, o time praiano marcou com Felipe Azevedo, que fez seu primeiro gol com a camisa do Peixe. E o time só saiu com os três pontos graças ao goleiro Felipe, que fez defesas inacreditáveis, segurando a vitória. Os rubro-negros continuam no Z-4, e dão pinta de que ficarão por lá até o término do campeonato. Apenas 24 pontos conquistados em 28 jogos.

- Na Arena Barueri, Barueri e Santo André fizeram um bom jogo, que infelizmente, não saiu do zero. Os goleiros trabalharam bastante, e as bolas na trave para cada time marcaram o jogo. O Barueri continua distante do G-4, enquanto o Santo André tem grandes chances de terminar a rodada na zona do rebaixamento. Para que isso não aconteça, precisa torcer para que, nesta quinta, o Botafogo não vença o Atlético-MG em casa.

- Outro jogo que não saiu do zero foi Atlético-PR e Grêmio, em Curitiba. Nada mal para os times, afinal, o Furacão continua longe da zona do rebaixamento, enquanto os gremistas viram a distância para o G-4 não aumentar tanto assim. Mas, é claro, ficou o gostinho para ambos de que “poderia ter sido melhor”.

- A rodada foi boa mesmo para o Internacional, que momentaneamente, assumiu o 3º lugar com uma vitória sobre o Náutico, por 3 a 1, na estreia do técnico Mário Sérgio. Os argentinos Guiñazu e D’Alessandro construíram a jogada do primeiro gol colorado, marcado por Alecsandro. O novo artilheiro do Timbu, Bruno Mineiro, empatou o jogo. Porém, D’Alessandro, cobrando falta ainda no primeiro tempo, e novamente Alecsandro, na etapa final, confirmaram o favoritismo do Inter, que não só pode sair do 3º lugar, como pode sair do G-4, afinal, os concorrentes Goiás e Atlético-MG só jogam nesta quinta. Os pernambucanos continuam na temida zona do rebaixamento, em 18º com 26 pontos.