segunda-feira, 12 de outubro de 2009

No sufoco, Cruzeiro ganha e mantém o sonho da Libertadores

Share |

Por Leonardo Martins


No clássico mineiro da 29ª rodada do Campeonato Brasileiro, no Mineirão, Cruzeiro e Galo se enfrentaram buscando a vitória. Em uma partida em que o Galo dominou o jogo inteiro, os azuis foram mais objetivos e ganharam por 1 a 0, mantendo o sonho de voltar a Libertadores.

As dúvidas das duas equipes, Éder Luis do lado atleticano, e Gilberto, do lado cruzeirense, se recuperaram e entraram em campo. O Galo ainda contou com a ausência de Diego Tardelli, que está com a Seleção. O artilheiro fez muita falta na tarde de hoje.

Quando a partida começou, o lado azul dominou o alvinegro e pressionou o gol de Carini. Aos 6, Henrique cruzou e Thiago Ribeiro se antecipou ao camisa 1 alvinegro, mas a cabeçada foi para fora. Aos 8, Fabrício chutou para a fácil defesa do uruguaio. Mas a pressão deu certo aos 12. Thiago Ribeiro cruzou e Wellington Paulista apareceu para marcar. Festa azul no Mineirão.

A partir daí, só deu Atlético, mas o artilheiro Tardelli fez falta e Éder Luis estava fora de ritmo. Além disto, Evandro estava longe de suas melhoras atuações e atrapalhava a armação da equipe alvinegra. O jogo ficou sem emoção. O autor do gol, Wellington Paulista, se machucou e em seu lugar entrou Guerrón. O equatoriano chegou e exigiu boa defesa de Carini com os pés.
O Atlético exigiu uma única defesa de Fábio na etapa final. Aos 46, Carlos Alberto entrou pela ponta direita e chutou, a bola entraria no ângulo, mas o goleiro Fábio salvou o time azul.

No intervalo começaria o sufoco do Galo, pois Gilberto sentiu a lesão e foi substituído por Elicarlos. Com esta alteração, o time azul recuou e chamou o time atleticano para a pressão. A Pressão foi só no domínio da posse de bola, já que o time atleticano pouco atacou objetivamente. Aos 8, Correa cobrou falta e Fábio salvou novamente a equipe azul.

Quanto mais o Galo ia para o ataque, o Cruzeiro recuava mais a sua equipe. Celso Roth colocou 2 atacantes e 1 meia, Pedro Oldoni, Alessandro e Ricardinho nos lugares de Renteria, Evandro e Márcio Araújo. Enquanto isso, Adilson Batista colocou Leandro Lima no lugar de Thiago Ribeiro, recuando mais a equipe.


No desespero, o Galo foi para o ataque desorganizado e o Cruzeiro se segurava com tudo para garantir os 3 pontos e foi isto que aconteceu. O Cruzeiro volta a sonhar, agora de maneira mais incisiva, com a volta a Libertadores e o Galo perdeu a chance de assumir a segunda colocação.

O Cruzeiro volta a jogar contra o Botafogo no Mineirão e o Galo tem confronto direto contra o São Paulo na capital paulista.

Brasil perde longa invencibilidade na Bolívia

Share |

Por Leonardo Martins


O Brasil tem um trauma de altitude. Mais uma vez, a seleção perdeu em La Paz, desta vez por 2 a 1 neste domingo. O jogo foi válido pela penúltima rodada das Eliminatórias Sul-Americanas.

O Brasil poupou 3 titulares, Kaká, Gilberto Silva e Luis Fabiano, que ficaram em Campo Grande, lugar da partida de quarta-feira contra a Venezuela. A principal novidade foi a dupla de armadores formada por Diego Souza e Daniel Alves. Nilmar e Adriano formaram o ataque na altitude boliviana.

A seleção brasileira começou o jogo em ritmo lento, enquanto a Bolívia partiu para cima. Logo aos 3 minutos, o atacante Arce, ex-Corinthians e hoje no Sport Recife, recebeu cara a cara com Julio César e obrigou o goleiro a fazer grande defesa.

Na sequência, Olivares teve sua primeira chance de cabeça, mas a bola saiu raspando a trave direita. O mesmo Olivares, entretanto, não perdeu sua segunda oportunidade, aos nove minutos. Após escanteio da esquerda, Julio César tentou sair do gol e ficou no meio do caminho. Olivares, livre no meio da área, testou para a rede.

Após o susto inicial, a seleção aos poucos se estruturou e criou chances para empatar. Nilmar, com muita movimentação, serviu como garçom nos melhores lances do Brasil. No primeiro, o camisa 11 deixou Diego Souza na cara do gol, mas o palmeirense bateu para fora.

Aos 23 minutos, Nilmar tabelou com Adriano, foi ao fundo pelo lado esquerdo e cruzou. Adriano entrou de peixinho, mas não conseguiu alcançar a bola.

Quando estava dominando as ações, a seleção brasileira sofreu o segundo gol. Aos 30, Marcelo Moreno bateu falta com muita categoria e correu para o abraço. Julio César nem sequer pulou para tentar a defesa.

A seleção brasileira não baixou a guarda e assustou novamente com Daniel Alves. O jogador do Barcelona soltou uma bomba de fora da área e carimbou a trave direita do goleiro Árias. No rebote, Adriano, da meia-lua, pegou mal na bola e perdeu a chance de diminuir a desvantagem brasileira.

O Imperador, por sinal, caiu em cima do tornozelo esquerdo após uma disputa de bola pelo alto e saiu de campo de maca, sentindo muitas dores. Adriano, que sofreu um corte no local, ainda retornou e, mancando, aguentou até o fim do primeiro tempo.

Após o intervalo, além de lançar Diego Tardelli na vaga do Imperador, o técnico Dunga mandou a campo Alex no lugar de Diego Souza, que teve atuação apagada.

O segundo tempo começou morno. Nilmar, num chute de fora da área, aos 8 minutos, foi o responsável pelo primeiro lance de algum perigo. A bola, entretanto, foi para fora.

A partida seguiu em banho-maria por algum tempo, mas o Brasil não abdicou de buscar o ataque. O esforço foi premiado aos 25 minutos, quando Maicon fez boa jogada pela direita e cruzou na medida para Nilmar testar para a rede.

O gol animou a seleção, que aumentou um pouco o ritmo em busca do empate. Mas a Bolívia soube se segurar bem e não permitiu que os brasileiros criassem grandes oportunidades para empatar

Nesta quarta-feira, o Brasil encerra sua participação nas eliminatórias contra a Venezuela, às 19h (de Brasília), em Campo Grande. Depois disso, o Brasil faz amistoso em 14 de novembro contra a Inglaterra. Haverá dois outros amistosos da seleção até o início da Copa do Mundo de 2010, ainda sem adversário definido.