segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Especial Flamengo: Campeão Brasileiro 2009

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Por Gabriel Seixas

O campeonato mais emocionante da história dos pontos corridos teve um campeão a sua altura. O Flamengo, depois de 17 anos, se dá ao luxo de festejar o título do Campeonato Brasileiro, que é o 6º na sua vasta galeria de troféus. Ainda que o time rubro-negro não tenha sido superior do início ao fim, foi merecedor do título pela impressionante ascensão na reta final. Pode parecer difícil achar méritos na campanha de um time que liderou por apenas duas rodadas, mas não é. A efetivação de Andrade no comando, o talento de jogadores como Petkovic e Adriano, a chegada de Álvaro e Maldonado para fortalecer o elenco no 2º turno, o apoio da torcida, dentre outros vários fatores, levaram o Fla ao topo do Brasileirão. O caminho até lá não foi fácil. E o Esporte É Vida preparou um resumo especial para você, contando a trajetória do time rumo ao hexacampeonato.

A euforia do tricampeonato carioca fez o Flamengo chegar com esperanças para a disputa do Campeonato Brasileiro. O jogo de estreia, contra o Cruzeiro, não foi dos melhores: derrota por 2 a 0 no Mineirão, que poderia ser considerada normal. Mas o fato de desperdiçar um pênalti e jogar com um jogador a mais pesou para a contestação da atuação do time.

Mas a torcida não perdoou mesmo foi o tropeço contra o Avaí, na 2ª rodada, em casa, por 0 a 0. Mais tarde, os catarinenses se tornariam a sensação do campeonato. E o próprio Avaí foi um dos poucos times que não perdeu para o Flamengo durante a competição. A primeira vitória do Fla no Brasileirão veio apenas na 3ª rodada, um 2 a 1 sobre o Santo André (2 gols de Josiel, que mais tarde deixara o clube).

Com apenas dois gols marcados em três jogos disputados, o Flamengo teria pela frente o Atlético-PR, no Maracanã. Mas dessa vez, com uma novidade: a estreia de Adriano no ataque. E o Imperador não deu bobeira: marcou um dos gols da vitória por 2 a 1 sobre o Furacão.

Duas vitórias seguidas indicavam uma possível estabilidade do Fla na parte de cima da tabela, certo? Errado. Bastaram dois jogos para a crise retornar a Gávea. Derrotas humilhantes por 4 a 2 para o Sport e 5 a 0 para o Coritiba (ambos os times foram rebaixados no final) balançaram de vez as estruturas do time carioca. Ao menos, a crise foi minimizada na 7ª rodada com a vitória por 4 a 0 sobre o time misto do Internacional (Adriano foi autor de três gols, no jogo que também marcou a reestreia discreta de Petkovic).

A goleada trouxe um novo ânimo ao time, que passou mais três jogos invicto – empates com Fluminense e São Paulo e triunfo sobre o Vitória. Mas como vida de time grande não é fácil, bastou uma derrota em casa para o até então líder Palmeiras para a paciência do torcedor esgotar-se novamente.

A derrota para o Palmeiras mexeu muito mais com o time do que se poderia imaginar. A situação ficou insustentável com os empates frente a Botafogo e Barueri nas rodadas seguintes. E foi após o jogo contra a equipe do interior paulista que o técnico Cuca foi demitido do comando.

E as mudanças no clube não se restringiram apenas a demissão do treinador. Dois dias após o empate contra o Barueri, três dirigentes também deixaram seus cargos: Michel Assef (representante jurídico), Plínio Serpa Pinto (diretor de futebol) e Kleber Leite (vice-presidente de futebol), todos por divergências com o presidente em exercício até então, Delair Dumbrosck.

Andrade assumiu o Flamengo na 14ª rodada, como interino. A estreia não poderia ter sido melhor: 2 a 1 sobre o Santos, fora de casa, depois de 4 jogos sem vitória. E bastou mais um triunfo, desta vez por 3 a 1 sobre o Atlético-MG, para Andrade ser efetivado no comando. Foi uma decisão arriscada, mas que no final das contas, valeu (e muito) a pena.

No seu primeiro jogo como efetivado, um empate decepcionante em 1 a 1 com o Náutico, em casa. Naquele jogo, Andrade já dava sinais de que contaria com Petkovic para a disputa do campeonato. O sérvio entrou no segundo tempo, no lugar do zagueiro Fabrício, e teve boa atuação.

Nos últimos 3 jogos do 1º turno, duas derrotas – sendo uma por 4 a 1 para o Grêmio, no Rio Grande do Sul. O time fechava a “primeira jornada” num modesto 10º lugar, a seis pontos do G-4. Uma temporada desastrosa a vista?

O 2º turno fez o favor de tratar que não. O que se viu foi uma campanha impecável do Flamengo, com 12 vitórias em 19 jogos, e apenas três derrotas. Foi o melhor time do 2º turno, com 40 pontos somados. Mas o início não foi nada animador: duas derrotas nos dois primeiros jogos, sendo uma vexatória por 3 a 0 para o Avaí.

A partir daí, foi uma avalanche. Na vitória contra o Santo André por 3 a 0, na 22ª rodada, o volante Maldonado fez sua estreia pelo clube. Vale salientar que, tanto o chileno, quanto o zagueiro Álvaro – que chegou no mesmo período de Maldonado – tiveram participações fundamentais na reação do time, assumindo a titularidade com muita personalidade.


Foram 9 jogos invictos a partir daí (se contar o jogo contra o Santo André citado anteriormente, dez). Alguns desses jogos a torcida dificilmente vai esquecer: o triunfo sobre o São Paulo, no Maracanã por 2 a 1, que não foi nada fácil. A vitória sobre o Palmeiras por 2 a 0, fora de casa, numa atuação memorável de Petkovic – autor dos dois gols, sendo um olímpico. Até mesmo a vitória contra o Botafogo por 1 a 0, com gol de Adriano e pênalti que Bruno pegou.

Nem a derrota para o Barueri (outro time que não perdeu do Flamengo na competição) abalou as estruturas. Foram mais três vitórias seguidas: contra o Santos, por 1 a 0 – com contornos de dramaticidade, Bruno foi fundamental defendendo dois pênaltis. A vitória sobre o Atlético-MG por 3 a 1, em pleno Mineirão, onde Petkovic marcou mais um gol olímpico, tornando-se o jogador que mais marcou gols em cobranças de escanteio no mundo. O Mengão ainda bateu o Náutico por 2 a 1, também longe de seus domínios.

Na 36ª rodada, o Flamengo tinha a oportunidade de, pela primeira vez no campeonato, assumir a liderança do Brasileirão. Com a derrota do até então líder São Paulo, por 3 a 2 para o Botafogo, bastava o Flamengo vencer o Goiás no Maracanã. A expectativa era grande: foram mais de 83 mil pagantes que saíram do estádio frustrados com um empate em 0 a 0.

Faltando duas rodadas para o encerramento do campeonato, o Flamengo tinha pela frente o Corinthians, na 37ª rodada, e Grêmio, na última rodada como adversários. E todos esses já não tinham pretensão alguma. Então a missão ficou ainda mais facilitada: o Fla bateu o Corinthians por 2 a 0, e contou com uma ajuda do Goiás – que foi algoz na rodada anterior – para vencer o São Paulo por 4 a 2. Depois de 37 rodadas, o Flamengo assumia pela primeira vez a liderança do campeonato, e com status de favorito ao título. A vaga para a Libertadores, que lá na 21ª rodada era improvável, já era realidade.

Na semana do jogo final contra o Grêmio, muita polêmica antes mesmo da bola rolar. Especulava-se que o time gaúcho poderia “facilitar” a vitória dos flamenguistas, pois o Internacional, maior rival do Grêmio, também estava na briga pelo título – ou seja, o Grêmio se via em possibilidades reais de ajudar o maior rival. A torcida gremista foi na onda, e chegou até mesmo a criar a campanha “Entrega Grêmio!”.

Sem nove titulares, o Grêmio foi a campo apostando na garotada. E certamente surpreendeu a todos que acreditavam que o time faria corpo mole: abriu o placar no primeiro tempo, com o atacante Roberson. O Maracanã ficou sem reação. Até a torcida do Grêmio, em pequeno número, obviamente, se revoltou. O Internacional, no minuto seguinte, abria o placar contra o Santo André no outro jogo, e pulava pra liderança.

A vantagem gremista durou oito minutos. O Maracanã, com mais de 85 mil pessoas, explodiu com o gol de empate do zagueiro David. E, no segundo tempo, a festa ficou completa: Petkovic, que já estava cotado para ser substituído, cobrou escanteio na cabeça do zagueiro Ronaldo Angelim, o “Magro de Aço”, que mandou pras redes. O hexacampeonato, 24 minutos depois, foi oficializado.

Pela primeira vez, em sete edições do Campeonato Brasileiro na fórmula de pontos corridos, um time carioca sagrou-se campeão. E ainda quebrou a hegemonia dos paulistas, que levaram os últimos cinco canecos. Não há dúvidas de que o Flamengo, foi sim, o melhor time do campeonato. Os dois principais jogadores do torneio, Petkovic e Adriano (este último que também foi artilheiro do Brasileirão), e outros jogadores, como Léo Moura, Álvaro e Willians, que poderiam entrar facilmente na seleção do campeonato.

Um título que marca a superação de vários jogadores. Petkovic, o craque do campeonato, que reencontrou o clube com desconfiança de todos, pela idade avançada – 37 anos. Adriano, artilheiro do Brasileirão, que pensou em largar o futebol, e hoje vive um momento indescritível. E o zagueiro Ronaldo Angelim, herói do título, que correu o risco de ter sua perna amputada e largar o futebol. Ingredientes que deixaram o título com um sabor ainda mais especial.

Os 17 anos de espera finalmente chegaram ao fim. Parabéns ao Flamengo, a comissão técnica, a torcida (que foi fundamental), e principalmente ao futebol carioca, que conseguiu a “dobradinha” – Flamengo campeão na Série A e Vasco campeão na Série B.

Se encerrou o melhor Brasileirão dos últimos tempos

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Por Leonardo Martins


O melhor Campeonato Brasileiro dos últimos tempos terminou hoje e muita emoção aconteceu nos últimos 8 jogos que fecharam a última etapa. Não faltou festa, confusões e choros nos jogos que decidiram algo. A rodada coroou o Flamengo com o hexacampeonato e o fim do predomínio paulista após 5 títulos de equipes paulistas. O Blog Esporte é Vida trás um especial sobre esta última rodada.

Flamengo 2x1 Grêmio

Começamos no Rio, onde 85 mil pessoas compareceram ao maior do mundo, o Maracanã, para ver o Flamengo ser Campeão, mas do outro lado tinha uma equipe disposta a calar a boca dos críticos, já que o Grêmio foi acusado de que poderia entregar o jogo para prejudicar o Rival Inter na disputa do título. Mas no fim, o hexa rubro-negro veio.

A partida no Rio começou com muito nervosismo por parte do Fla, o Grêmio endureceu o jogo e Túlio quase marcou. A resposta veio com Adriano, mas a zaga desviou. Aos 20, o susto veio a tona e pensamentos de Maracanazzo apareceu. Douglas Costa cobrou escanteio e Roberson desviou para o gol. 1 a 0.

Pouco depois, o Inter abriu o placar em Porto Alegre e só a virada daria o título no Maracá. O gol tranqüilizou o time carioca que foi em busca dos gols que lhe dariam o título. O empate veio aos 29 minutos, bola cruzada na área, Adriano dividiu com o zagueiro gremista e a bola sobrou para David chutar e fazer uma explosão no estádio.

A torcida se inflamou enquanto os gols do Inter apareciam e a necessidade de vitória era mais presente. Zé Roberto perdeu chance clara aos 35. Nos acréscimos, Adriano cobrou falta e Marcelo Grohe defendeu. Na saída para o intervalo, o técnico Andrade pediu mais garra aos jogadores flamenguistas.

Quando o segundo tempo começou, a pressão flamenguista aumentou, mas Douglas Costa ainda assustou Bruno em um chute de longe. Mas logo o Fla dominou as ações, Adriano aproveitou escanteio de Pet, mas mandou para fora. Airton exigiu boa defesa de Grohe.

Grohe, mostrando que o Grêmio não estava querendo entregar o jogo fácil, fazia milagres. Leo Moura e Willians tentaram, mas o goleiro defendia tudo. Numa chance, Adriano teve tudo para fazer o gol do título, mas Grohe defendeu.

Se os atacantes não resolviam, coube a um zagueiro fazer o gol do título. Aos 23, Petkovic cobrou escanteio e Ronaldo Angelim cabeceou para o gol, virando o jogo e finalmente colocando o título no caminho do Fla.

Mas o jogo continuou tenso, com os gaúchos querendo estragar a festa flamenguista, Maylson errou gol claro. Na seqüência, Adriano exigiu outra defesa de Marcelo Grohe. Nos últimos minutos, o Flamengo controlou a bola até o fim do jogo. O título flamenguista estava consumado e todos no Maracanã se emocionaram com esse título.

Foi o sexto título brasileiro do Flamengo que se iguala ao São Paulo como o maior ganhador de títulos do Campeonato Brasileiro.

Internacional 4x1 Santo André

Em Porto Alegre, o Inter sentiu o gostinho do título enquanto vencia o seu jogo e seu rival Grêmio segurava o Flamengo no Maracanã, mas o tricolor não segurou e o título ficou no Rio. Ficou como consolação a vaga na Libertadores após 3 anos de ausência e o vice-campeonato brasileiro. Já para o Santo André, a pequena estadia na elite acabou e a equipe do ABC volta a B.

O jogo foi de uma equipe só, o Inter. A equipe colorada buscou o gol e ele veio quase ao mesmo instante que o gol do Grêmio no Maracá. Aos 21, Kleber cruzou e Alecsandro testou para o gol. 1 a 0 e o título indo para o Sul.

Os colorados queriam fazer sua parte logo. Nem o empate do Fla diminuiu o ritmo colorado. A equipe do Santo André, já conformada com o rebaixamento, não oferecia resistência. O segundo saiu novamente dos pés de Kleber, o lateral cruzou para Taison, Neneca deu rebote e Índio aproveitou. 2 a 0 e o Inter dependia do rival grêmio para garantir o tetra.

A esperança colorada morreu quando Ronaldo Angelim virou o jogo no Maracanã para o Flamengo. Mesmo com esta decepção o Inter fez mais dois gols no fim de jogo. Aos 22, Andrezinho cobrou falta com perfeição e fez o terceiro. Giuliano, de cabeça, aos 38 fez o quarto. O Ramalhão fez o de honra com Nunes cobrando pênalti. Final de jogo, 4 a 1 e o vice-campeonato garantido. O Santo André volta a B.

São Paulo 4x0 Sport

O Tricolor garantiu mais uma vaga a Libertadores ao golear o rebaixado e lanterna Sport no Morumbi. Será a sexta participação seguida do Tricolor paulista na Libertadores. O São Paulo garantiu a terceira colocação.

O Tricolor, que tinha poucas chances de título, jogou pela Libertadores, a torcida tomou um susto quando o único que poderia tirar a vaga, o Cruzeiro, abriu o placar diante do Santos. Com isso, bastava um golzinho dos pernambucanos que a vaga estaria fugindo. Mas o São Paulo encontrou dificuldades para furar a retranca imposta pelo Sport.

O jogo ficou equilibrado, mas a maior qualidade dos mandantes falou mais alto e o gol veio. Após bela tabela entre Dagoberto e Washington, o artilheiro completou para o gol. 1 a 0 e a vaga estava sendo assegurada. A essa altura, o Sport já havia perdido Moacir expulso de campo.

Na segunda etapa, o São Paulo só administrou a partida e marcou mais gols. Aos 7, o capitão Rogério Ceni bateu falta com perfeição e fez o segundo. Aos 20, Washington matou no peito e mandou de primeira, um golaço no terceiro do Tricolor. Para fechar o ano, Washington fez o terceiro gol dele na partida e o 4º no Morumbi. No final, deu até para zoar os palmeirenses que perderam a vaga na Libertadores para o Cruzeiro, e a disputa desta vaga virá em seguida.

Santos 1x2 Cruzeiro

O dono da última vaga a Libertadores é o Cruzeiro. Atual vice-campeão da competição sul-americana, a Raposa praticamente só jogou um turno, pois no 1º o clube de Minas abdicou-se do Brasileiro devido a disputa das finais da Libertadores. No segundo turno, como um bom mineiro, os celestes foram chegando de mansinho e, contando com tropeço de outros, e conseguiram a vaga com a vitória na Vila.

Como só a vitória interessava aos azuis, o time foi em busca do gol e ele veio no início de jogo. Aos 4 minutos, Jonathan avançou e tocou para Wellington Paulista mandar no ângulo de Felipe. Agora o time dependia do Botafogo para conseguir seu objetivo.

Depois do gol, os azuis de Minas dominaram o jogo, voltaram a criar chances de gols, principalmente com Wellington Paulista, mas Felipe estava atento e defendia os chutes. Já o Santos, sem pretensões no Campeonato, não oferecia resistências e perigos a equipe azul.

No segundo tempo, os santistas começaram a jogar e o Cruzeiro, com uma tática arriscada, chamou a equipe mandante para atacar. Resultado pressão santista e o gol foi questão de tempo. Mas antes festa azul com o gol do Botafogo no Engenhão, o milagre da vaga estava sendo concretizado.

O Santos marcou aos 25, Neymar aproveitou falha da zaga cruzeirense e marcou. Tristeza da torcida azul. Adilson Batista, em uma última tentativa de conseguir a vitória, colocou o gladiador Kleber em campo e foi muito feliz. Aos 30, após confusão na área, a bola sobrou para o camisa 30 marcar. A vaga estava voltando para as mãos celestes.

Nem o segundo gol dos cariocas diminuiu a tensão na Vila. Um pouco antes do gol de Kleber, Jonathan havia sido expulso. Os últimos minutos foram de muita tensão para o time, pois o Santos continuou a pressão, mas a zaga segurou bem e o apito final selou a ótima recuperação do time neste segundo turno com a vaga na fase preliminar da Libertadores contra o Real Potosí da Bolívia.

Botafogo 2x1 Palmeiras

Um dos jogos mais aguardados da rodada aconteceu no Engenhão, onde o jogo mexeu nas duas partes da tabela. O Palmeiras, postulante ao título, enfrentou o Botafogo, que queria fugir do Z-4. No fim, só o Botafogo conseguiu seu objetivo que foi de fugir do rebaixamento. Enquanto o Palmeiras amargou a perda da vaga na Libertadores.

O jogo era altamente tenso. O Palmeiras foi para cima dos cariocas, já sabendo da vitória do Cruzeiro e Diego Souza obrigou Jefferson a uma boa defesa. O gol do Grêmio foi altamente comemorado por ambas torcidas, mas o gol do Inter frustrou os palmeirenses.

O Bota se salvava com a vitória parcial do Fluminense sobre o Coxa, mas não queria depender de seu rival e perdeu duas ótimas chances. Uma com Lúcio Flávio que cabeceou para fora e outra com Reinaldo, que exigiu milagre de Marcos. No intervalo, o gol do Coritiba colocava os alvinegros na Série B.

No segundo tempo, o clima de tensão pairou no Engenhão. Um gol do bota salvava a equipe do rebaixamento e tirava os verdes da Libertadores, já que o Cruzeiro vencia o Santos. Este gol veio aos 11 minutos, Lúcio Flávio cruzou e Wellington cabeceou para o gol.

O gol aumentou o desespero verde, que logo se descuidou e tomou o segundo. Aos 20, Jobson completou cruzamento de Renato e deu alívio a torcida botafoguense. Ao Palmeiras restava secar o Cruzeiro e deu certo, já que Neymar empatou o jogo para o Santos. Mas a vaga voltou a ficar distante do porco quando os celestes marcaram o segundo.

Nem o gol de Robert no finalzinho mudou a situação das duas equipes. Botafogo na elite e paulistas fora da Libertadores. A derrota de ontem foi o fim de uma grande decepção para os palmeirenses, já que eles lideraram o campeonato por um turno inteiro, 19 rodadas, e no fim deixaram escapar a vaga na próxima Libertadores.

Coritiba 1x1 Fluminense

No jogo que definiu o último rebaixado, Coxa e Flu realizaram um jogo tenso e que culminou no rebaixamento dos paranaenses graças a vitória do Botafogo. O Flu conseguiu o que poucos imaginavam, escapar do rebaixamento.

O jogo foi equilibrado com as duas equipes buscando o gol e criando boas chances de gols. O Flu teve um gol não dado, já que o zagueiro do Coxa tirou a bola de Fred de dentro do gol. Mas o Tricolor não desistiu e marcou o gol. Aos 26, Marquinho bateu falta rasteira no canto de Vanderlei. Com esse resultado e o empate do Bota, o Coxa-branca estava sendo rebaixado.

A tensão aumentou no estádio e o Coritiba foi com tudo para cima do Flu. Conseguiu o gol de empate aos 38. Marcelinho Paraíba cobrou falta na cabeça de Pereira que testou firme e provocou certo alivio. Empate em Curitiba e empate no Rio significava que as duas equipes tivessem livres do Rebaixamento.

O jogo permaneceu em banho-maria até que surge a informação dos gols do Botafogo. A partir daí, os donos da casa, rebaixados com o empate, foram para o tudo ou nada e realizaram uma pressão absurda no campo. Com a vitória do Botafogo, quem perdesse em Curitiba estava rebaixado.

O Flu jogava pelo empate e estava jogando na defesa, se segurando a todo custo para não levar o gol do rebaixamento. No final de jogo, a alegria e o alívio do milagre tricolor contrastou com a tristeza e o choro dos torcedores paranaenses.

A nota triste deste jogo foi a invasão de vândalos no campo de jogo, revoltados com o rebaixamento coxa-branca, estes vândalos invadiram o gramado e promoveram um quebra-quebra sem tamanho. Os torcedores agrediram o juiz da partida, jogadores do Flu e policiais. O Estádio Couto Pereira pode ser interditado pelo STJD.

Outras partidas

- No Barradão, Vitória e Goiás encerraram sua participação com um empate movimentado em dois gols. Felipe fez dois gols para os goianos enquanto Roger e Leandro Domingues. As duas equipes estão na Sul-Americana.

- Sem emoção. A melhor definição para o empate em 0 a 0 entre Barueri e Atlético-PR, neste domingo, no Eduardo José Farah, em Presidente Prudente. Não fosse a classificação do time paulista para a Sul-Americana, em 11º lugar, teria sido um mero amistoso. O Furacão precisava da vitória para disputar a competição continental em 2010, mas terminou o Brasileirão na 14ª colocação

Classificação final da Série A

1º Flamengo – 67pts (Campeão)
2º Internacional – 65pts (19V)
3º São Paulo – 65pts (18V)
4º Cruzeiro – 62pts (18V)
Palmeiras – 62pts (17V)
6º Avaí – 57pts
7º Atlético-MG – 56pts
8º Grêmio – 55pts (21SG)
9º Goiás – 55pts (-1SG)
10º Corinthians – 52pts
11º Barueri – 49pts (7SG)
12º Santos – 49pts (0SG)
13º Vitória – 48pts (-6SG)
14º Atlético-PR – 48pts (-7SG)
15º Botafogo – 47pts
16º Fluminense – 46pts
17º Coritiba – 45pts
18º Santo André – 41pts
19º Náutico – 38pts
20º Sport – 31pts

Vaga na Libertadores
Vaga na Sul-Americana
Rebaixados a Série B