domingo, 25 de abril de 2010

Giro pelos estaduais - 25/04/10

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Por Leonardo Martins e Gabriel Seixas


Campeonato Mineiro

No Mineiro, a torcida do Galo invadiu o Vale do Aço e não se arrependeu deste sacrifício, pois viu um excelente jogo, que foi valido pela partida de ida da final, e uma ótima atuação do time de Luxemburgo. A vitória atleticana por 3 a 2 diz como foi o jogo.

O Ipatinga começou assustando o gol de Aranha com chutes de Leanderson e Danilo Dias e chegou a marcar. Aos 10, Francismar cobrou escanteio e Fabiano desviou contra o próprio gol, mas o juiz deu o gol para o atacante Joabe. O time alvinegro reagiu e dominou o jogo, começando a errar gols atrás de gols, mas aos 28, Correa foi derrubado na área por Douglas e o juiz marcou pênalti. Na cobrança, Tardelli bateu bem e fez o gol de empate.

No segundo tempo, o Atlético foi melhor e continuou errando muitos gols. Mas aos seis, nova trama do ataque atleticano e Diego Tardelli achou Muriqui, que driblou o zagueiro e bateu no canto. 2 a 1 de virada. O Tigre acusou o golpe, mas em jogada parecida com a do 1º gol, os interioranos marcaram. Luizinho cobrou falta que acabou desviando em Zé Luis e entrou, o juiz deu o gol ao lateral ipatinguense. 2 a 2. O Galo acabou chegando a vitória aos 39, Júnior cruzou e Muriqui desviou para o gol. 3 a 2 e ótima vantagem adquirida para o jogo de volta, que poderá perder por um gol de diferença.

Campeonato Catarinense

Outra equipe que deu excelente passo rumo ao título estadual foi o Avaí. Jogando fora de casa, o Azurra venceu o Joinville por 3 a 1 e joga com uma excelente vantagem no jogo de volta em Floripa. Davi e Rudnei abriram dois gols de vantagem para o Avaí, Ricardinho diminuiu para o tricolor, mas Roberto fez o terceiro da equipe da Capital.

Campeonato Goiano

Em Goiás, o título já pode ser considerado do Atlético com a vitória de goleada sobre o azarão Santa Helena por 4 a 0. Para perder o título, o Atlético tem que perder por 5 gols de diferença. Elias, por duas vezes, Juninho e Marcão fizeram os gols que colocaram o rubro-negro com as duas mãos na taça.

Campeonato Pernambucano

No Pernambucano, ainda estamos nas semifinais. Nos jogos de ida, o Sport, praticamente já é finalista com a vitória em Caruaru por 3 a 0, no jogo de volta, o tetracampeão pode perder por dois gols de diferença. Já na outra semifinal, Santa Cruz e Náutico fizeram um bom clássico, mas o gol não saiu, melhor para o Timbu que decide em casa a vaga, mas o Santa joga por um empate com gols.

Campeonato Cearense

Em busca do tetracampeonato estadual, o Fortaleza superou o Ceará por 1 a 0 no Clássico Rei, e está muito próximo de garantir mais um título regional. Como não há critério de saldo de gols na decisão do torneio, se o Ceará vencer o Fortaleza no próximo domingo, independente do placar, leva a decisão para os pênaltis. O desempenho das equipes foi frustrante, mas ao menos a torcida do Leão do Pici pôde comemorar um gol, marcado aos 33 minutos do segundo tempo através de Paulo Isidoro. O Fortaleza joga por um empate na segunda partida da decisão do Cearense.

Campeonato Baiano

Pra variar, a decisão do Baianão está novamente a cargo de Bahia e Vitória. E no clássico Ba-Vi, quem se deu melhor foi o Vitória. Jogando como visitante, em Pituaçu, um gol de Júnior aos 34 minutos do segundo tempo garantiu a vitória dos rubro-negros por 1 a 0. As coincidências do Vitória com o Fortaleza no Ceará não param por aí: além de terem vencido o primeiro jogo por 1 a 0 diante do maior rival, o Vitória também busca o tetracampeonato regional.

Campeonato Amazonense

No Campeonato Amazonense, a final do 2º turno será decidida entre Penarol e São Raimundo. Nos jogos das semifinais neste domingo, os dois times jogaram por empate contra Nacional e Princesa dos Solimões, respectivamente (por terem melhor campanha), e com o regulamento debaixo do braço, seguraram a igualdade no marcador: o São Raimundo empatou com o Princesa em 2 a 2, mas tomou sustos, ao contrário do Penarol, que empatou com o Nacional em 1 a 1, mas esteve melhor em campo – inclusive saiu na frente. A final entre Penarol e São Raimundo será disputada no próximo domingo, provavelmente em Itacoatiara. O Penarol, mandante do jogo, se dá ao luxo de jogar por um empate. Quem vencer o 2º turno enfrenta o Fast/Ulbra, campeão do turno, na final do estadual.

Grêmio vence e coloca a mão na taça

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Por Leonardo Martins


O Grêmio saiu na frente na decisão gaúcha, jogando no Beira-Rio, o tricolor venceu o arqui-rival Inter por 2 a 0 e abriu ótima vantagem para o jogo de volta, disputado no próximo domingo no Olímpico.

Era o Grenal 380 e muita emoção veio no jogo. As duas equipes foram com os mesmos esquemas táticos e improvisações na lateral esquerda de jovens zagueiros. Juan, do lado colorado, e Neuton, do gremista. Com essas equipes semelhantes, o equilíbrio deu a tona na partida.

Como o Inter jogava em casa, era natural começar no ataque e foi isto que aconteceu. Walter e D’Alessandro perderam ótimas chances. Mas o Grêmio que perdeu a melhor chance da primeira etapa, Borges apareceu livre na cara de Pato Abbondanzieri, mas chutou para longe.
Hugo, de Cabeça, e Jonas após drible sensacional em dois zagueiros e chute defendido por Pato, faziam o Grêmio ser melhor no jogo. Mas aí foi a vez do Colorado ser melhor no jogo. Walter chutou para a ótima defesa de Victor que mandou para escanteio. Na cobrança, Sorondo quase fez de cabeça e Edílson salvou em cima da linha. Andrezinho lambeu o travessão e Sandro cobrou falta com força, duas outras chances boas desperdiçadas pelos Colorados.

O segundo tempo também teve muita emoção e com o time visitante melhor. Leandro quase fez o gol ao escorar cruzamento de Neuton. Jonas acertou a trave do goleiro colorado, após driblar Nei. Os tricolores continuaram na pressão com Jonas que acertou o pé da trave e William Magrão que errou na volta do rebote. O Inter finalmente foi para o ataque com Walter que exigiu duas ótimas defesas de Victor.

Tanta pressão gremista que foi recompensada com o gol. Aos 22, após cobrança de escanteio, Rodrigo subiu mais que a zaga colorada e testou para o gol. Festa da minoria gremista no Estádio. 1 a 0.

Os mandantes foram para o ataque mas quem fez o segundo foi o Grêmio. Outra jogada aérea, aos 42, e Fábio Rochemback cruzou para o artilheiro Borges completar de cabeça e colocar o tricolor perto do título gaúcho de 2010. O Grêmio pode até perder por um gol de diferença que ganhará o caneco em casa.

45 minutos de um time campeão

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Por Gabriel Seixas


- Não foi uma atuação de gala dos Meninos da Vila, e nem era de se esperar. Muito se falou do Santos durante a semana, e pouco se lembrou que o Santo André também era finalista. E o Ramalhão teve seus méritos, sobretudo nos primeiros 45 minutos, quando saiu ganhando por 1 a 0, neutralizando as principais válvulas de escape do Santos. Na volta para o segundo tempo, mesmo sem Neymar, contundido, o Peixe mostrou porque é o melhor time do campeonato: virou pra 3 a 1, e ainda sofreu um gol no fim, mas nada que não leve a crer que o Santos será o campeão paulista deste ano. E com justiça.

- A atitude do Santo André nos primeiros 45 minutos foi surpreendente. O time imprimiu uma forte marcação, sobretudo pelo lado direito, com Cicinho e Gil, e soube conter as descidas de Leo e Neymar por aquele lado. Na frente, o time mesclava a cadência de Bruno César, aquele camisa 10 clássico que o futebol brasileiro sente falta, e a velocidade de Rodriguinho, vice-artilheiro do estadual.

- O jogo foi bastante aberto, com muitas chances de gol criadas pelos dois times. Surpreendentemente, o Santo André tinha as maiores (e melhores) ações da partida: logo aos dois minutos, Toninho aproveitou cobrança de escanteio, e mesmo sem goleiro, cabeceou pra fora. No minuto seguinte, foi a vez de Rodriguinho fazer boa jogada e bater na grande área, mas o goleiro Felipe espalmou pra escanteio.

- Faltou ao Santos manter a pegada dos primeiros 10 minutos, onde o time pressionava a saída de bola do Santo André, e conseguiu chegar com Wesley, ainda no primeiro minuto, numa jogada trabalhada à lá Meninos da Vila. Neymar roubou bola, tocou pra Robinho, que passou em profundidade pra Wesley. O meia bateu forte, mas a bola saiu por cima.

- Mas o Ramalhão continuava melhor. Branquinho teve boa chance aos 20, mas Felipe espalmou. Aos 35, através de bola parada, o Santo André merecidamente abriu o placar. Bruno César cobrou falta da entrada da área, no canto do goleiro Felipe. Atrapalhado pela grande quantidade de jogadores à sua frente, o goleiro santista não alcançou a bola, que morreu no fundo das redes.

- A melhor chance do Santos empatar na etapa inicial foi com Robinho, em jogada trabalhada com Leo (a única pelo lado esquerdo em todo o primeiro tempo), mas o rei das pedaladas bateu pra fora. O Santo André fazia por merecer o resultado positivo, era melhor tanto taticamente, quanto tecnicamente.

- Dorival Júnior, além de provavelmente ter dado uma bronca no time no vestiário, teve de substituir Neymar, que machucou o olho e teve que sair de campo. André foi acionado. O artilheiro da equipe no Paulistão começou no banco de reservas, pois Dorival optou por uma formação mais cautelosa, com Pará na lateral-direita e Wesley (costumeiramente lateral) no meio, deixando apenas Robinho e Neymar na frente.

- Além da mudança tática, o time santista também mudou a postura. André teve boa chance logo no primeiro minuto, mas o goleiro Júlio César encaixou a bola. Aos três, André fez o pivô e Marquinhos bateu de fora da área, e a bola passou perto. De tanto insistir, o gol de empate veio aos 12 minutos. Leo cobrou escanteio curto para Ganso, que dominou dentro da área e cruzou do flanco esquerdo. A bola passou por todo mundo, menos pelo artilheiro André, que cabeceou pro fundo do gol.

- Melhor em campo, o Santos ampliou aos 17, com um jogador que ainda não havia se encontrado em campo: Wesley. Além de ter dado espaços para o Santo André atacar pelo lado esquerdo na etapa inicial, ele também recebeu seu terceiro cartão amarelo, e não joga a segunda partida da final no domingo que vem. Mas quando Robinho puxou contra-ataque e lançou Wesley na direita, o meia santista não perdoou: chutou cruzado e virou o jogo.

- Em vantagem no marcador, o Santos passou a ter tranquilidade (o que faltou no primeiro tempo), e naturalmente, marcou o terceiro gol. Com ele, o nome do jogo: Wesley. Ele recebeu enfiada de bola de Pará, e de novo pelo lado direito, chutou cruzado, pro fundo das redes de Júlio César. A dancinha no gol (e a única no jogo) já mostrava que o Peixe estava mais confiante. E a empolgação só aumentou aos 29 minutos, quando o zagueiro Toninho, do Santo André, foi expulso.

- Nem parecia o mesmo jogo analisando as duas etapas. O Santo André só se soltou aos 30 minutos, quando rezava para não sofrer uma goleada. Rodriguinho recebeu passe de Bruno César, e dentro da área, sozinho, chutou em cima de Felipe. Ao menos, quatro minutos depois, o artilheiro do ABC se redimiu. Rômulo fez grande jogada pela esquerda e cruzou pra Gil. O bom volante do Ramalhão bateu forte, a bola bateu na trave, e na sobra, ela bateu na canela de Rodriguinho e entrou. Gol de artilheiro.

- Parece uma missão quase impossível o Santo André vencer por 2 a 0 na volta, de novo no estádio do Pacaembu. Ao menos se manter a postura dos primeiros 45 minutos do jogo de hoje. O Santos está com a faca e o queijo na mão para levar o estadual, podendo até perder por um gol de diferença no próximo domingo. Do jeito que está, vai ser difícil perder. Promessa de um grande jogo: de um lado, uma garotada encantadora e muito próxima do título, e do outro, uma grata revelação da competição com bons jogadores – e desesperados para vencer.