quarta-feira, 7 de julho de 2010

Furia finalmente na final

Share |

Por Leonardo Martins


Teremos um novo campeão do mundo neste domingo, ontem havia se classificado a Holanda, hoje foram os espanhóis que se classificaram a final do Mundial. Assim como na final da Euro em 2008, a Espanha venceu a Alemanha por 1 a 0 em Durban e garantiram a inédita classificação a Final de uma Copa do Mundo.

As duas equipes entraram com apenas uma alteração em suas equipes. Do lado Alemão foi forçada, Trochowski entrou no lugar de Muller, suspenso. Já do lado da Fúria, Vicente Del Bosque decidiu apostar na estrela de Pedro, que gosta de fazer gols em decisões, e barrou o inócuo (nesta Copa) Fernando Torres. No mais, promessa de jogo limpo e aberto.

E foi isto que se confirmou no jogo, claro que com a Espanha superior aos germânicos, tanto na posse de bola como na quantidade de chutes a gol. A “la Roja” fez seu melhor jogo do mundial, coincidência ou não, por causa da entrada de Pedro, que deu mais mobilidade ao sistema ofensivo. As chances apareceram para a Fúria, aos 5 Villa quase chutou e Neuer fez grande intervenção. Aos 13, foi a vez de Puyol aparecer livre de cabeça e testou por cima.

A Alemanha sentiu claramente a falta de Muller e não foi aquela equipe que encantou o mundo até as semifinais, ficou presa ao jogo espanhol e nos 45 minutos iniciais, só chegou com Trochowski em um chute defendido por Casillas e num pênalti reclamado por Ozil. Sem gols, a primeira etapa terminou com perspectiva de pressão espanhola na segunda etapa.

E esta pressão veio com uma seqüência impressionante de chutes da Fúria, mas a bola não quis entrar. Xabi Alonso, por duas vezes, e Villa tentaram, mas a Jabulani foi teimosa e não entrou. Na base do toque de bola, a equipe vermelha chegou a mais uma boa jogada, mas Villa não alcançou a bola de cabeça.

Os germânicos acordaram com Klose em chute que passou por cima, mas logo a “La Roja” respondeu com Sérgio Ramos que aproveitou cruzamento de Xabi Alonso. Nova chance germânica, Kroos, que entrou no lugar de Trochowski, apareceu na diagonal e mandou a bomba, obrigando Casillas a fazer grande defesa.

Mas eis que surgiu Puyol e sua cabeleira marcante. O capitão do Barcelona, um dos líderes da equipe espanhola, aproveitou bela cobrança de escanteio de Xavi e mandou a bola de cabeça longe do alcance de Neuer. Festa em Durban da Espanha e o sonho da inédita final mais perto.

A Espanha ainda poderia ter chegado ao segundo gol, mas Pedro preferiu enfeitar o lance em vez de fazer o passe a Torres, que acabara de substituir o artilheiro Villa. Mas não fez falta, e o resto é alegria e tristeza. Alegria de uma seleção que alcança um feito inédito. Tristeza de uma seleção que jogou bonito, que encantou o mundo, mas que, desta vez, não estará na final. Espanha ou Holanda, Holanda ou Espanha. O grupo dos campeões mundiais terá um novo integrante no domingo.
Uma coisa que temos que lembrar sobre o jogo: “E não é que o Polvo palpiteiro acertou mais um jogo da Alemanha”, o polvo do aquário de Obernhausen na Alemanha que ficou conhecido ao acertar os jogos da Alemanha. Ele tinha apostado em vitória espanhola e acertou na mosca. Ficamos no aguardo do palpite para o jogo final, será que ele acerta o grande campeão?

Os dois últimos jogos do Mundial estão definidos. No sábado, em Porto Elizabeth, jogam Uruguai e Alemanha pelo 3° lugar. A grande decisão da Copa acontece domingo no Soccer City entre Holanda e Espanha.