sexta-feira, 16 de julho de 2010

Palmeiras vence e sobe na tabela

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Por Leonardo Martins


Em um dia de festa para o Palmeiras, pela manhã, foi apresentado o técnico Felipão e a noite, ele já comandava, das cabines, o time no clássico contra o Santos em um frio Pacaembu. O efeito do treinador foi visto em campo e o time verde venceu o jogo por 3 a 1 e subiu na classificação.

O Porco armou a equipe sem o maestro Cleiton Xavier, que foi vendido a Ucrânia, mas com Kleber no comando de ataque junto com Ewerthon. O Santos repetiu a mesma formação que fez sucesso no primeiro semestre, apostando em Neymar e André no ataque, mas com Ganso no banco.

O jogo começou com as duas equipes se estudando e poucos ataques. O primeiro lance de perigo já foi o gol palmeirense, aos 12, Ewerthon arriscou de longe e acertou um belo chute no ângulo. Um golaço para a alegria de Felipão, que acompanhava o jogo.

O Verde recuou e apostou em contra-ataques, o Santos ficava preso a marcação palmeirense e não criava chances. Aos 25, André cabeceou para fora e aos 32, Madson chutou prensado e foi só isto que o Santos apresentou na primeira etapa. O Porco quase fez o segundo, Ewerthon aproveitou dividida de Lincoln com Rafael, mas chutou longe.

Na etapa complementar, Dorival Júnior colocou Ganso na vaga de Madson, tentando melhorar a produção do Santos. Entretanto, foi o Palmeiras quem assustou, aos três minutos. Ewerthon recebeu passe de frente para Rafael, mas chutou em cima do goleiro. A resposta veio aos seis, com Maranhão batendo de longe. Deola fez bela defesa (assista ao lance no vídeo ao lado).

Murtosa e Felipão trataram de fechar ainda mais o Palmeiras com a entrada do estreante volante Tinga no lugar de Lincoln. Imediatamente, Dorival trocou tudo o que poderia, buscando aumentar o poder ofensivo, com Zé Eduardo na vaga de Alan Patrick e Marcel em substituição a Neymar. Que fez cara feia, deixando clara sua insatisfação com a substituição.

A estrela de Scolari brilhou aos 21. Tinga, que acabara de entrar, disparou pela direita e chutou rasteiro. Edu Dracena tentou cortar e acabou jogando a bola para dentro da própria meta, aumentando para 2 a 0 a vantagem.

Com o placar ainda mais desfavorável, e a chuva cada vez mais forte, o Santos teve problemas para reagir. Ganso nitidamente evitou jogadas mais bruscas, ainda com receio após a cirurgia. Com o meia produzindo pouco, Marcel foi o encarregado de descontar. Aos 38, Léo tirou de cabeça, o centroavante dominou na coxa e chutou forte, acertando o ângulo direito. A bola ainda tocou no travessão antes de entrar.

Nos minutos finais, o Santos foi com tudo para cima e quase empatou, aos 43. Após cruzamento para a área, Deola saiu mal, a bola desviou em Vitor e tocou no travessão. Sorte Felipão mostrou que ainda tem! E o time palmeirense encosta no G-4.

Classificação após a 8ª rodada

1° Corinthians – 18pts (7SG)
2° Ceará – 17pts (6SG)
3° Fluminense – 16pts
4° Santos – 12pts (4SG)
5° Cruzeiro e Flamengo – 12pts (2SG e 10GM)
7° Palmeiras – 12pts (2SG e 8GM)
8° Guarani – 12pts (-2SG)
9° São Paulo – 11pts (2SG)
10° Avaí – 11pts (0SG)
11° Goiás – 11pts (-1SG)
12° Internacional – 10pts
13° Atlético-MG – 9pts (3V)
14° Botafogo – 9pts (2V e 1SG)
15° Grêmio – 9pts (2V, -1SG e 11GM)
16° Vitória – 9pts (2V, -1SG e 8GM)
17° Prudente – 9pts (2V e -3SG)
18° Atlético-PR – 7pts
19° Vasco – 6pts
20° Atlético-GO – 4pts

Próxima rodada

17/07 – sábado

18h30
Vitória x São Paulo
Vasco x Atlético-PR

18/07 – domingo

16h
Corinthians x Atlético-MG
Atlético-GO x Flamengo
Avaí x Palmeiras
Internacional x Ceará

18h30
Santos x Fluminense
Cruzeiro x Goiás
Botafogo x Guarani
Prudente x Grêmio

Fluminense cede empate ao Prudente nos minutos finais

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Por Gabriel Seixas

- O palco estava montado para o Fluminense assumir a liderança do Brasileirão. Diante de um Maracanã lotado, o tricolor sobrava em relação ao Grêmio Prudente, estava em vantagem no placar, mas pecou pela estratégia final. Com apenas 1 a 0 de vantagem, Muricy optou por recuar o time, que já dava sinais de desgaste e não marcava e atacava sob pressão como nos primeiros 45 minutos. Resultado: mesmo sem qualquer inspiração, o Prudente equilibrou o jogo, e numa jogada individual esporádica de Wesley nos minutos finais, empatou a partida.

- Foi o típico lance que já estava mais do que maduro. Muricy classificou o ocorrido como ‘acidente’, mas o fato é que o Flu deixou a desejar, dentre outros aspectos, em objetividade e agressividade, e mesmo com um mês inteiro para se preparar, acabou sentindo o desgaste de 45 minutos muito puxados e cedeu o empate. Com 16 pontos, os cariocas seguem em 3º, e o Santos na Vila Belmiro não parece ser dos adversários mais interessantes para que o Fluminense volte a sonhar com a vitória - e principalmente com a liderança.

- Sem os principais reforços, Belletti e possivelmente Deco, o Fluminense foi a campo no 4-2-3-1, o esquema tático do momento (aqueça-se para um texto relacionado a isso amanhã). Diogo e Diguinho ficaram presos na marcação, dando liberdade para Marquinho e Alan pelas pontas – além de Conca no meio - municiarem Fred, que apesar do gol, não teve boa atuação. Conca, que deu a assistência, também tem condições de render muito mais. Apesar de praticamente abdicar do setor ofensivo esquerdo, o Flu dominou o primeiro tempo, explorando o outro lado com Mariano e Conca.

- O Prudente de Toninho Cecílio foi com a “simples” proposta de segurar a partida. Não à toa o time sempre tinha pelo menos oito jogadores no sistema defensivo, já que atuava com três volantes – Rodrigo Mancha, Carlos Eduardo e João Vítor. Deyvid Sacconi, que fez sua estreia pelo clube, não foi tão bem na armação ao lado de William. A noite infeliz parecia ainda pior com as contusões do goleiro Márcio e de Sacconi, ambos substituídos.

- Entretanto, toda essa cautela parecia insuficiente para segurar o ímpeto do Fluminense. Os cariocas foram bastante competentes ao abrirem o placar logo aos 11 minutos, com Fred, após cobrança de falta de Conca. Do jeito que a partida se desenhava, cabiam mais gols ainda no primeiro tempo. A postura continuou ofensiva, mas as chances de gol eram cada vez mais raras. O Prudente não deixou pra menos, e não fez nada que tirasse a tranquilidade de Fernando Henrique na etapa inicial.

- Quando o Flu cansou na etapa final, Muricy ficou sem opções no banco. Até por isso fez apenas uma substituição, colocando Rodriguinho na vaga de Alan, que durante a pré-temporada ganhou a titularidade com méritos. Faltou gás a equipe, que de maneira desnecessária, chamou o Prudente para seu campo. Resultado: mesmo jogando de forma burocrática, os visitantes empataram com Wesley, na única boa jogada do time em toda a partida (e que curiosamente foi individual).

- Na base do abafa, Rodriguinho e Fred ainda perderam boas chances de garantir a vitória. O que parecia uma missão aparentemente tranquila – vencer o Prudente em casa e assumir a liderança da Série A – se transformou em um pesadelo. Apesar da diferença de 4 pontos para o 4º colocado, Santos (justamente o próximo adversário), uma derrota abre espaço para a aproximação de vários times. O Prudente está na zona de rebaixamento, em 17º, mas está a três pontos do 4º colocado, Santos, por exemplo. Prova do quão equilibrado está (e é) este Campeonato Brasileiro.

Curtinha:

- Em Sete Lagoas, já que o Mineirão está fechado para obras, o Atlético-MG venceu o xará Atlético-GO por 3 a 2 e deixou a zona de rebaixamento. O artilheiro Diego Tardelli foi o destaque do Galo, marcando dois gols, enquanto Ricardo Bueno marcou o outro gol. Para o Dragão goianiense, lanterna da Série A, Marcão e Rodrigo Tiuí descontaram.