terça-feira, 25 de novembro de 2014

O tetra incontestável

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Como é de praxe, nas últimas conquistas importantes dos times de Minas, eu tenho feito textos exaltando a campanha deles nas conquistas. Fiz isto no título do Galo na Libertadores e no título brasileiro do Cruzeiro do ano passado. Como a Raposa renovou o seu título na Série A, volto a fazer este ano. O Tetracampeonato azul do Brasileirão mostra a sua força nos pontos corridos e, também, um planejamento que está dando certo.

O Cruzeiro tem, praticamente, o mesmo time do tricampeonato do ano passado e o mesmo elenco, com poucas variações. No time titular, troca-se apenas o centroavante Marcelo Moreno, que voltou ao clube e mostrou porque é ídolo da China Azul. O boliviano com alma cruzeirense se sente em casa na capital mineira e, com seus 14 gols, foi peça fundamental no título azul, tanto na artilharia como abrindo espaços para os meias marcarem.

O maestro, mais uma vez, foi Everton Ribeiro, com menos brilhantismo que no titulo do ano passado, mas o camisa 17 ainda é considerado por muitos (e por mim, também) o melhor jogador do Brasil, muito dividindo com o atleticano Diego Tardelli. Suas assistências e seus dribles curtos e rápidos foram determinantes para o tetra brasileiro. O destaque desse time é Ricardo Goulart, o desengonçado meia é o motor dessa equipe, e continua mostrando seu faro de artilheiro, na ponta da artilharia da competição com 15 gols, tornando o time azul, o melhor ataque do campeonato com 64 gols. Não é atoa que o técnico Dunga chamou os dois destaques deste time para a Seleção Brasileira.

O Capitão Fábio é outra figura de destaque com suas defesas e a segurança que ele passa a defesa foram importantes para a conquista do título pelo segundo ano. O menino com futebol de gente grande, Lucas Silva, titular pelo segundo ano seguido, dita o ritmo do meio campo e jogou muito, despertando o interesse do gigante mundial, Real Madrid. Titulares ano passado, Nilton e Bruno Rodrigo, foram para a reserva, mais por questões físicas, mas quando entram dão conta do recado, sendo bem substituídos por Leo e Henrique.

O Técnico também tem méritos nesse título, Marcelo Oliveira, se coloca no hall dos grandes técnicos do país, e soube administrar o grupo com a tranqüilidade que lhe é característica. Um dos maiores méritos do treinador foi saber colocar os jogadores certos nas horas certas, o famoso rodar o grupo, principalmente, nestes últimos jogos em que o time se mostrou cansado por disputar duas competições e ir bem nas duas.

Se vai ganhar a Copa do Brasil e conquistar a segunda tríplice coroa, só amanhã que saberemos, mas este tetracampeonato, o segundo título seguido, já coloca este time na história do futebol brasileiro. Próximo passo deste elenco: a conquista do tricampeonato da América na Libertadores 2015.